Trust me

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 – É isso que chama de casa de praia, Taehyung? – perguntei assim que ele estacionou o carro diante de uma enorme casa.

 – Não é comigo que você deve ficar surpresa dessa vez. – saímos do carro e ele abriu o porta-malas. – Jungkook pagou pela própria casa.

 – Por que me sinto tão deslocada cada vez que você me conta alguma coisa?

 – Ei. – Taehyung fechou o porta-malas e me prensou contra o carro. – O que acha de eu começar a responder suas perguntas com outra pergunta?

Engoli em seco. Seu rosto estava muito perto, mas aquilo não parecia incomodar Taehyung. Ele tinha um sorriso irônico no rosto, estava se divertindo com a minha reação. Não o culpo, nunca tive muito contato com outros rapazes da minha idade e Taehyung parecia ter decidido que iria descobrir o que desencadeava reações específicas em mim.

 – Desculpe... – minha voz saiu baixa. – Sou curiosa demais.

 – Não fique assim , _________. – sua mão alcançou meu rosto. – Eu estava só brincando. – ele se afastou e pegou as sacolas que estavam no chão e logo em seguida, segurou minha mão. – Tour pela casa primeiro?

 – É claro.

Sorrimos um para o outro e entramos na casa. Realmente era uma casa enorme, elegante, bem iluminada e arrumada. Cada canto da casa parecia ter sido planejado por um designer de interiores diferente. Subimos para o segundo andar e Taehyung me guiou até um quarto de casal com uma janela que dava vista para o mar. Olhei para o mar maravilhada e Taehyung colocou as sacolas em cima de um espreguiçadeira azul. Me virei para ele e vi tinha um sorriso no seu rosto.

 – Gostou? – ele perguntou enquanto se escorava na batente da porta e cruzava os braços.

 – É lindo. – voltei a encarar o mar. – Nunca pensei que voltaria a ver o mar.

 – Por mais que a casa seja grande, Jungkook queria que tivesse apenas um quarto para ele e a Amanda. – ele explicou. – Pode ficar com o quarto, vou ficar com o sofá-cama na sala.

 – Eu posso ficar na sala, Taehyung. – ele se aproximou. – Não precisa se preocupar.

 – Seria bom que você ficasse aqui. – Taehyung segurou meu rosto nas mãos. – Eu me sentiria melhor se o fizesse.

 – Além de ser um grande observador, também é bajulador. – acabei rindo. – Tudo bem, obrigada.

Ele assentiu.

 – Quer aproveitar o mar hoje ou amanhã?

 – Acho que não posso ficar muito, Taehyung... Minha mãe vai ficar furiosa.

 – Eu pedi para que a Amanda avisasse o seu pai, parece que ele gostou dela. Não precisa se preocupar com o tempo que vai ficar aqui. Se preocupe em aproveitar, combinado?

 – Combinado. – sorri.

 – Ótimo. – ele beijou minha testa. – O que acha de irmos caminhar na praia?

Concordei animada e Taehyung segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. Saímos pela porta dos fundos, que dava direto para a praia. Pegamos os pares de chinelos que estavam na varanda e andamos na direção da areia. Meus pés afundaram assim que chegaram na areia. Tinha esquecido de como era a sensação de estar na praia.

Taehyung deu um leve aperto em minha mão e começou a me levar em direção ao mar. Sorri para ele enquanto caminhávamos pela praia, com a água gelada batendo contra nossos pés. O sentimento de estar ali com ele, naquele lugar e com aquela brisa, era magnífico. Eu não tinha palavras para descrever o quão calma eu conseguia estar ao seu lado naquele momento. Taehyung era o homem mais misterioso que conheci e nunca pensei que deixaria o sexo oposto se aproximar novamente. Quando alguém diz que todos os homens são iguais, Taehyung era, com toda a certeza, uma exceção. Homens passam a ser iguais aos outros quando cometem os mesmos erros, mas até lá, cada um é diferente. Eu não sabia nada sobre Taehyung, mas alguma coisa me dizia que ele não me faria passar pelas mesmas circunstâncias que eu já passei.

Laços do Crime || Imagine Taehyung Onde histórias criam vida. Descubra agora