Capítulo 2

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Com 7 dias de moradia consegui um emprego em um jornal, New... Now... Era um jornal importante na cidade e mundialmente famoso, revisando notícias fúteis me deparei com o empurrão que precisava "Castelo Abandonado Será Demolido", era ele, o castelo vizinho que me dava arrepios, a data prevista era de um mês para a demolição que precisava ainda ser aprovada. Naquela noite quando voltava do trabalho havia um homem em frente a porta de minha casa, ele era sombrio e eu sentia que deveria me mudar imediatamente.

-Boa noite vizinho, tem visto os jornais?

-Está meio tarde para conversar, volte amanhã que falaremos disso -- eu não o tratei com grosseria, apenas estava cansado.

O homem me olhou e saiu, o jeito que ele me olhou foi diferente...Como o olhar do próprio diabo.

- Lamento William, mas o nosso tempo acabou por hoje. Semana que vem vejo você as 7:00?

-Claro Doutor, até a próxima. -- Digo saindo da sala e logo em seguida do prédio.

Londres, tão linda como sempre eu literalmente amo essa cidade desde o começo de minha existência. Como pode alguém não gostar dessa cidade que desfruta da intensidade do amor inigualável de um casal apaixonado, não existe trânsito parado e muito menos confusões ou até uma quantidade de sequestros absurdos. Como dito antes, trabalhei em um jornal e as notícias de sequestros em NY era cada vez maior.
Mas aliás do que eu não trabalhei nesses meus anos de existência, e como um vampiro será que eu deveria me preocupar ou deixar problemas de humanos para humanos?
Será que uma forma de nos punir pela imortalidade seria ela mesma? Imortalidade, a palavra mais desejada pelos humanos e menos amada por um vampiro, pelo menos para mim.
Meu sofrimento já deveria ter acabado á esse ponto, já fazem mais de cem anos que má encontro desta forma. Certamente se fosse um humano já teria morrido e apodrecido em baixo da terra, mas eu tenho que conviver com o peso de minhas atitudes diariamente.
Ao contrário do dito nos livros feitos por adolescentes com uma alta taxa de excitação presente em seu corpo, nossa pele não muda ao sair no sol, é apresentada uma pequena ardência suportável. Nós comemos comidas humanas mas não são das mais agradáveis, conseguimos controlar nossa sede por sangue quando conveniente a si próprio. Particularmente eu amo ler, mas isso não é uma característica da minha raça. Há alguns anos frequento psicólogos e psiquiatras pois não consigo mais conviver com o meu passado. Foram tantos anos vivendo de maneira impura que não consigo mais sequer parar de pensar no passado.
O anoitecer reinou em Londres e enquanto caminho para casa ouço uma mulher gritando, eu deveria ver o que está acontecendo mas a ideia de salvar os outros não faz o meu estilo. O grito aumenta a cada passo de meu caminho, até que me encontro em um beco pouco iluminado, agora posso claramente ver o motivo dos gritos, um homem tentava agarrar uma mulher.

-O que está olhando??? Sai daqui antes que arrume confusão. -- O homem grita ao me ver

Eu dou um passo para seguir meu caminho e a mulher emite um barulho estranho.
Droga de compaixão por humanos.
Me viro de volta e puxo o homem de cima da senhorita, ele tenta me atingir com um golpe na barriga mas é facilmente atingido por um soco meu, é o suficiente para o homem correr até perdemos-o de vista.

-Obrigada, eu estava saindo do trabalho e ele me seguiu. -- A moça agradece

Aw, ela estava tão agitada e seu coração batia tão forte. Eu poderia ouvi-lo do outro lado da cidade, faz dias que não me alimento e essa seria uma refeição prazerosa.

-Se me der licença preciso ir embora. --A mulher sai do local um pouco assutada.

Eu ainda posso ouvir seu coração, está rápido e congestionado por sua gordura corporal, eu gostaria tento de sentir seu sabor... Mas não posso, prosigo meu caminho chegando até meu lar, que não é um castelo e sim um apartamento no oitavo andar do prédio mais barulhento do mundo, ou seria por ouvir demasiado?

Cada dia fico com mais dificuldades de controlar minha fome, minha boca está seca e nada se pode fazer, preciso pensar em formas diferentes de me alimentar.

Olho em minha frente e vejo meu cachorro, ele está deitado e triste.

-É isso -- Digo e Freddy me olha com sua face peluda

-Ow não Freddy eu nunca faria isso com você meu amigo, fique tranquilo.

Saio de cassa rapidamente com o meu carro e vou para bem longe da cidade, onde provavelmente se encontram as fazendas e pastos. No meio da estrada encontro um carro que está capotado, ninguém por perto e um homem agoniza.

Paro o carro, e vou em sua direção. O homem não tinha mais do que 20 segundos de vida, seu coração estava parando, enquanto a mim morrendo de sede, então fiz o que tinha de fazer...
Sem que ele pudesse se mover cravei meus dentes em seu pescoço e pude sentir o gosto de seu sangue, ele era um homem saudável e forte se não fosse pelo acidente ele viveria até os 100 anos, eu sinto em seu sangue.

Após uma refeição graciosa, deixei um pouco de sangue para a polícia não desconfiar e assim vou embora. Meu cachorro nem mesmo se moveu, ele é um preguiçoso.

-Hey garoto venha comer.

E assim ele levantou andou até sua ração e comeu, voltou até mim e se sentou no sofá para me observar, brinquei um pouco com o mesmo aliás não sou nenhum monstro devorador de cachorros.

~Uma Semana depois~

-Aqui estamos novamente, desde quando vampiros vão ao psicólogo? Necessito de reconhecimento em minha história, quero ser um dos maiores, um dia temidos, mas francamente... Um psicólogo?

-O doutor já vai chamá-lo, por favor aguarde -- A secretária avisava, enquanto admirava sua beleza, não só física mas ela também cuidava de si mesma, seu coração batia como de uma criança de 4 anos totalmente saudável.

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⏰ Última atualização: Aug 24, 2020 ⏰

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Elizabeth Edwards (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora