Dez anos depois...O sol amanhecera intenso sob Londres aquele dia. O vento quente e o cheiro de lavanda anunciavam o início da primavera.
- Senhor Malfoy? você pode visita-la agora... - A enfermeira anúnciou.
- Draco se levantou com o buquê de tulipas em mãos e entrou no quarto 508.
- Bom dia querida! - O homem disse abrindo as cortinas - O dia está ótimo hoje! veja, trouxe flores... que tal deixá-las no vaso certo?! - Draco disse enquanto tirava as flores velhas de um cachepo de cerâmica.
O homem retirou seu paletó e pegou um livro na estante do quarto e então seguiu para a maca.
- Olá meu amor... - Draco beijou a testa pálida de uma mulher que um dia foi sua doce Hermione. - Vamos continuar nossa leitura? Prometo não enrolar tanto hoje! - O homem sorriu.
Após duas horas sua visita teve fim e a enfermeira pediu para que Draco a acompanhasse a sala do médico que cuidava de Hermione.
- Senhor Malfoy é bom ver o senhor, sente-se. - O médico disse cordial.
- Olá doutor Norman, é algo sobre Hermione? Seu quadro teve algum avanço? - Draco disse com olhos esperançosos.
- É sobre Hermione sim meu jovem... mas o que tenho para lhe dizer é delicado... - O doutor passou para draco um envelope branco.
- O que é isso? - Draco perguntou?
- É o termo de liberação para o desligamentos dos aparelhos de Hermione, foi assinado pelos pais dela... - O doutor disse cauteloso.
Draco ficou em silêncio por longos minutos segurando o papel com força.- Você só pode estar louco! - O loiro disse em um rompante.
- Senhor Malfoy, tente entender, já se passaram dez anos! - o médico disse tentando o acalmar.
- E que se passe vinte, trinta! Eu nunca permitiria que a matassem! - Draco disse furioso.
- Senhor Malfoy, infelizmente o senhor não tem nenhum direito legal sobre a senhorita Granger! Eu sinto muito... -
O homem disse indicando a saída.
Draco rasgou o envelope em suas mãos e saiu da sala chutando tudo o que estava pela frente, o garoto saiu desorientado do hospital trouxa até um beco onde desaparatou até o Largo Grimmauld n°12.- Harry! - O homem gritou.
Minutos depois um homem barbudo abriu a porta com uma garotinha nos braços.- Draco? O que faz aqui? - O homem pos a garotinha ruiva no chão que correu em direção as escadas.
- Irão desligar Harry... eles irão... - O homem disse aos prantos.
- Entre! - Harry ajudou Draco a entrar e o sentou no sofá.
- Padrinho? - Alvo chamou da porta do cômodo.
- Filho pegue um copo de água para o seu padrinho sim? - Harry pediu.
O garoto de pouco mais de oito anos correu assentindo a ordem do pai.- Conte-me direito isso Draco. - Harry pediu.
- Os pais de Hermione, assinaram os papeis de liberação, irão desligar os aparelhos amanhã... - Draco disse com a voz falha.
- Draco... tem de deixá-la ir... - Harry disse com a voz embargada.
- Eu não posso... Harry... o que será de mim sem Hermione? - Draco perguntou em desespero.
- Você aprenderá meu amigo, a cada dia você aprenderá... - Harry abraçou Draco e também chorou.
O dia era chuvoso e nublado, Harry, Gina dirigiam em direção ao hospital com Draco no banco de trás, havia chegado a hora de se despedir de Hermione.
- Os outros já estão nos esperando. - Gina disse enquanto estacionava.
Rony, Neville e Luna aguardavam na recepção.- Quarto 508 por favor... - Harry pediu a recepcionista.
O grupo se aproximou do quarto e deu passagem para que Draco entrasse primeiro.
O médico e a enfermeira que cuidou de Hermione nos dez anos em que ela esteve internada aguardavam em silêncio ao lado do leito.
- Daremos a vocês alguns instantes... - O médico disse se afastando.
Todos menos Draco seguiram para proximo da garota, Gina a beijou na testa e a abraçou, Harry e Rony choravam em silêncio enquanto Luna cantarolava baixo uma das músicas preferidas de Hermione.
- Vamos esperar por você lá fora... - Harry disse batendo no ombro do amigo.
Todos sairam fechando a porta, o silêncio perpetuou no quarto e o vazio se fez presente pela primeira vez desde que Draco entrará ali.
- Então é aqui que termina não é? - Draco perguntou - Todo esse tempo... todos esses anos... eu nunca, em nenhum só instante deixei de te amar... - Draco se ajoelhou aos pés da maca de Hermione. - Eu ficarei com você, até depois do fim. - Ele disse beijando as mãos de Hermione.
- Senhor Malfoy? - A enfermeira disse abrindo a porta.
Draco levantou e segurou firme a mão de Hermione.
Aos poucos foram desligando os aparelhos que mantiam Hermione "viva" ao final, restava apenas o corpo nos braços de um Draco destruído.
- Eu te amo... - Draco beijava o topo da cabeça de Hermione.
- Não chore... - Draco ouviu a voz que a muito tempo almejava escutar.
Hermione se postava de pé ao seu lado sorrindo com um lindo vestido azul e longos cabelos que batiam na cintura esvoaçantes e livres.
- Hermione? - Draco disse com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu sempre vou te amar Draco Malfoy! - O espírito reluzente tocou o rosto do garoto.
Draco fechou os olhos e abraçou ainda mais forte o corpo em seus braços.
- Seja feliz! eu sempre estarei aqui por você, até depois do fim...
Fim
VOCÊ ESTÁ LENDO
Marcados - Dramione
FanfictionA dor e a Paixão são capazes de mudar uma pessoa? Essa é a pergunta que Hermione se fará ao perceber o quão ligado seu destino está ao de Draco Malfoy! ♦️Alerta de Gatilho♦️ ⚠️ História contém violência psicológica e física dentro do universo propos...