CAPÍTULO 3.

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Capítulo curtinho, do jeito que eu NÃO gosto

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Capítulo curtinho, do jeito que eu NÃO gosto. No final, tem um aviso. Boa leitura e até. ^^

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Maria desfilava, altiva, em direção ao altar, sem pressa, atraindo todos os olhares para si. Podia-se ouvir um alvoroço abafado de burburinhos, espalhando-se entre convidados. Estêvão ficou em uma espécie de imobilidade transitória. Petrificado. Teve que piscar duas vezes para ter certeza que a mulher que vinha em sua direção, majestosa e imponente, era de fato, sua ex-esposa, mãe de sua filha. A palidez em seu rosto se intensificava à medida que Maria se aproximava mais, enchendo o lugar com sua presença,  roubando todos os olhares, protagonizando um momento que não era seu. 

O brilho seco e frio, marcados em seu  olhar, deram lugar a uma emoção genuína e nostálgica ao ver Estrela no altar, um pouco afastada de Estêvão. Caminhou ainda mais lentamente, quando os olhos se fixaram na adolescente, que também sentiu uma carga inexplicável de emoção, algo rebulindo, vivo, querendo sair, se revelar. Em um impulso comedido, a jovem cedeu dois passos em direção a Maria, mas parou subitamente, no terceiro, quando a viu espalmar a mão à frente do corpo, pedindo que não avançasse. Estrela recuou confusa, perturbada, sentindo naquela estranha mulher, algo familiar, íntimo. Não soube explicar. As mãos deslizaram pelos braços, sentindo-se estranhamente arrepiada. Mexida.

Os olhos de Maria brilhavam mareados, comovidos. A cruel realidade de ter sido afastada da própria filha quando ainda era um bebê, e agora vê-la crescida, quase independente, alimentou ainda mais o sentimento de ódio, injustiça e traição. O curto espasmos de descontrole emocional se dissipou e ela toldou-se de altivez e autocontrole novamente, dando vazão ao seu plano, à sua busca.

Quando chegou mais perto, encarou Ana Rosa que conservava o mesmo olhar indagador, desde sua entrada. Ela deu-lhe uma olhadela intimidadora, de cima a baixo, e rompeu o silêncio prolongado.

— Quem é você e o que pretende com esse teatro? Por que interrompeu meu casamento?

Maria riu quase que cinicamente, um sorriso frio, esnobador. Todos, às suas costas, mantinham-se de pé, em um silêncio cheio de suspense, assistindo o clima que prometia ficar cada vez mais tenso.

— Tem certeza que deseja casar com esse homem? — Ela perguntou olhando bem no fundo das íris cor de âmbar, de Estêvão San Roman. O ódio purgando, flamejando em cada extremidade de seu olhar.

Ana Rosa engoliu à seco, diante do tom hostil, quase acusador, com o qual Maria insinuou. Balançou a cabeça, os olhos atentos, desconfiados, dando-se conta de que havia algo estranho, sério e demasiadamente comprometedor. O pai de Estrela não conseguia sair do transe, hipnotizado com a presença inóspita da ex-esposa.

— Ei, quem é essa louca, Estêvão? Fala alguma coisa!

Mas ele mal conseguiu sentir seu braço ser sacudido pelas mãos de sua noiva. Seus olhos não conseguiam se desvencilhar dos de Maria, de sua presença materializada, viva, bem presente.

— Estêvão, por favor, reage! — Insistiu Ana Rosa, mais uma vez.

Ele piscou sem conseguir desviar o olhar. Depois de uma curta pausa tentou, por fim, formular alguma frase, em vão:

— O quê...? Como você...?

— Consegui sair da cadeia? — Completou Maria, pronta para atacar. Ergueu uma sobrancelha para ele, rígida, o sangue bombeando, a postura firme, dona da atenção de todos.

De repente, ela esboçou um sorrisinho falso, e virou-se para o mar de convidados.

— Senhores e senhoras! — Introduziu ela, em um tom alcançável para todos. — Imagino que a grande maioria aqui presente, conheça muito bem, esse homem que está às minhas costas. O noivo! — Olhou deliberadamente por cima dos ombros.— Mas há algo que vocês desconhecem desse Senhor!

Os convidados se entreolharam, sem entender suas insinuações. Estêvão parecia querer reagir, voltar à lucidez. Sentiu a chegada dos filhos, amparando-o, um de cada lado, juntando-se à ele.

— Pai, quem é essa mulher? Vai deixar ela acabar com seu casamento? — Ele ouviu a voz contida, de Heitor, próximo ao seu ouvido.

— Quem é ela, pai? E o que pretende com tudo isso? —  Estrela também quis saber, muito intrigada, concentrada na mulher.

Ana Rosa também se achegou, mais não ouve tempo para reclamações. Quando se preparou para perguntar, Estêvão resolveu reagir:

— Maria! — vociferou ele, atraindo a atenção de Estrela, com a menção do nome.— Não sei o que você pretende. Mas está claro que...

— Cale-se, Estêvão San Roman! — Esbravejou ela, chegando mais perto,  impondo sua fala, sua voz. — Quem vai falar aqui, sou eu! Maria Fernandes! A mulher que você deixou 15 anos na cadeia, acusada de assassinato. Um crime que vocêêê cometeu!

O mix de vozes espantadas, na plateia de convidados, fez com que Maria se virasse e acrescentasse:

— É isso mesmo! — Afirmou. — Aqui estão as provas!

Ela ergueu o envelope para o alto, encarando o olhar cético e espantado, de Estêvão, que ficou mudo, recebendo todos os olhares para si.


Antes de mais nada, obrigada por terem estado nesse pouco tempo comigo. Foi muito gostoso ter algumas de vcs aqui. Só que, vou dar uma pausa na história. Focarei no meu livro original, quero concluir logo ele, está quase na reta final, e aí sim, darei continuidade à essa fanfic, tenho muitos planos para ela, quero trabalhar com calma, sem correria, sem pressa. Obrigada, e até mais. Desculpem qualquer coisa <3


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⏰ Última atualização: May 30, 2020 ⏰

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