Capítulo Único

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Notas Iniciais
Foi a primeira fic de Good Omens qe fiz 🖤
Escrevi pelo cel e n revisei, desculpa aí gente, não precisa tremer, não tá tão ruim, só meia boca, mas é legível, juro.
É qe eu queria tanto compartilhar desse casal com alguém e n consegui convencer nenhum migo a assistir ainda </3 e olha qe do to enchendo o saco afu.
Então aguardo vcs, seus cheirosos, lá embaixo ~

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Livros contam muitas histórias pouco precisas e sem nenhum fundamento com a história como realmente aconteceu.

 Por exemplo, é verídico e extremamente preciso dizer que 78,92436287% dos garotos do mundo inteiro, nascidos a partir do século XIX, já sonharam em ser piratas e brincaram com qualquer coisa que pudessem fazer como espada, desde vassouras da mãe até perna de móveis, e um trapo usurpado das mães como tapa olho (às vezes substituído pelo simples, porém eficaz, ato de fechar um olho – só para aqueles mais habilidosos). Seus vocabulários são elaborados com uma quantidade massiva de “aaaargh”’s, “marujo” e “para a prancha!”.

 Como forma de desencorajar as crianças de seguirem pelo caminho da pirataria e do roubo o professor inglês Augustus Anderson (quem morreu dois anos após sua ideia, afogado em vinho que roubou do mercado de seu vilarejo exatamente quando este chegava de navio pelo cais) teve a grande ideia de retratar a pirataria com mais imprecisão do que qualquer um poderia ter pensado, nos futuros livros de história a serem utilizados pelas escolas, pondo os piratas como homens feios e essencialmente maus, que roubavam e derrubavam outros navios pela simples diversão barata, vivendo vidas devassas e mortos precocemente por traição de seus irmãos.

 Um retrato mais ou menos preciso. No entanto, uma descrição mais semelhante a um demônio, não um demônio qualquer, mas um de olhos amarelos e maçãs do rosto proeminentes, teria sido 97,857937284% mais justo.

 A tentativa do professor Augustus Anderson não funcionou no quesito de desencorajar as crianças pela profissão da pirataria, de qualquer forma. Mas esta não é a história que contaremos aqui.

 A história que contaremos aqui é a real do século XVIII. Um século que tinha tudo para ser maravilhoso para ambos os lados da eternidade: intrigas, beleza, traições, banquetes, extremos de riqueza e poder com pobreza e revolta... No entanto, Crowley e Aziraphale concordavam em jamais, jamais tocar no assunto, e era mais do que a amizade deles que estava em jogo. Valia uma passagem só de ida para o outro lado; valia uma guerra. Era a maior traição que qualquer um dos dois poderia cometer acabar tocando no assunto.

 Só que, claro, jamais puseram tal acordo em palavras. Ou sequer escreveram. Eles só sabiam, nos âmagos de seus seres celestiais. Assim como uma criança de 7 anos sabe que não pode sair sozinho, mesmo se os pais jamais tiverem dito.

 Tudo começou em um dia límpido e ensolarado. Seria um belo dia para se estar pelas ruas fazendo qualquer coisa, menos no cais, onde os navios atracavam aos montes, agradecidos pelos últimos dias no mar de perfeita harmonia com a viagem a caminho da Inglaterra. O vento estava a favor e o mar parecia saber o caminho de todos os navegantes que acabassem cruzando o caminho de um certo navio específico. Como se... Inexplicável. O capitão do U.S. Catherine chegara a agradecer a Deus por aquele milagre.

 Um minuto e dezessete segundos após o U.S. Catherine fora atacado por piratas.

 Mas, de volta ao belo dia outonal, seria ótimo estar nas ruas fazendo qualquer coisa, sério, qualquer coisa, menos pelo cais, principalmente se você fosse um anjo que apreciasse a beleza e o cheiro de comida.

 Por ali desembarcavam marujos imundos, cheirando ao tempo confinado misturado com o de caixas e mais caixas de peixes sendo descarregados. Juntamente vinha o fétido odor de podre e tripas, conforme as mulheres dos pescadores auxiliavam e aproveitavam para arrancar entranhas e descartar os peixes podres.

O Plano de Deus Para a Pirataria & as Estrelas - Maridos InefáveisOnde histórias criam vida. Descubra agora