Prólogo

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O que você quer ser quando crescer?A grande e importantíssima pergunta

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O que você quer ser quando crescer?
A grande e importantíssima pergunta. Essa pergunta nos ronda desde a infância, e mesmo depois de adultos, muitos ainda continuam a se perguntar.

Para alguns, essa pergunta era e é mais complicada e difícil de responder. Mas eu sempre consegui dar as minhas respostas, sempre fui convicto sobre meus sonhos e nunca duvidei da minha capacidade de conseguir.

As pessoas paravam e me perguntavam "Você tem certeza sobre isso?" e eu respondia "Sim, eu quero viver para isso."

Talvez eu não tenha pensado melhor no meu futuro, as minhas respostas sempre eram fácies demais. Eu viva dentro de um sonho, mas não vivia a realidade.

Seguir um sonho não é fácil igual aos filmes, onde você deseja uma coisa e no final do dia tem elas em mãos. Nunca é fácil, e se está sendo fácil demais para você, eu tenho certeza que está fazendo do modo errado.

Eis me aqui, Marian J. Wright, no declínio, no fundo do poço da minha carreira. Talvez seja o pior momento da minha vida como ator.

Sentado em uma cadeira dobrável de metal a espera de uma única chance para atuar em um peça de teatro, com um roteiro fraco e deprimente que se denominada "Deu a louca em Romeu". Resumindo, uma comédia romântica de Romeu é Julieta. Deprimente ao se comparar com o meu currículo e trabalhos anteriores.

Meu auge na carreira foi assim que terminei o colegial. Quando fui direcionado à uma novela de TV em uma emisorra bem famosa, onde atuei por dois longos anos. Depois disso, pequenas participações em filmes, comerciais, e servir como modelo em certas propagandas de redes comerciais.

Eu queria dizer pra mim mesmo. "Qual é cara, talvez não seja tão ruim assim. Lembre-se, pequenos lugares, grandes negócios." Mas eu estaria mentindo para mim mesmo. E se eu não conseguir um lugar aqui, muito provávelmente seria obrigado a trabalhar com o meu pai.

***

ESTOU NO CENTRO DO palco - pra ser mais preciso, uma sala minúscula e apertada - com os olhares observadores dos diretores sobre mim.

Uma câmera no centro para que pudessem captar todos os meus movimento, as minhas falas e minhas emoções. Eles queriam saber se eu era bom o suficiente para estar ali e fazer parte daquilo.

Romeu e Julieta, uma obra clássica. Mas aquela da qual eu, provavelmente, faria parte era diferente e com propostas inovadoras e imprudentes. 

Eu precisava muito de um trabalho, até mesmo a de um pobre Romeu apaixonado fazendo um papel de tolo.

Permaneço em pé, parado, com o script nas minhas mãos tremulas. Senhores sentados em cadeiras de metal dobrável me analisavam de cima para baixo, me observavam sem um pingo de expressividade, e não esbanjam qualquer reação sobre a minha atuação, apenas expressões rasas e vazias. 

— Isso foi ótimo. — O senhor de meia idade diz, com uma expressão vazia.

— Ligaremos para você. - A mulher aponta para a porta indicando a saída e que meu tempo para mostrar minhas qualificações já tinha acabado. — Até depois. — ela disse, rude, seco, ignorante, de forma que eu entendesse que talvez eu não os veria mais.

Talvez seja isso, o fim mais decepcionante da minha carreira.



Boa Leitura!

Eu te Amo SimonOnde histórias criam vida. Descubra agora