Capítulo 4: Interesse *

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𝐼𝑠𝑎𝑏𝑒𝑙𝑙𝑒 𝑆𝑎𝑛𝑡𝑖𝑠𝑡𝑎 𝑁𝑜𝑣𝑎𝑖𝑠
𝑄𝑢𝑎𝑟𝑡𝑎-𝐹𝑒𝑖𝑟𝑎
13:12𝑝𝑚

Rio de Janeiro. Relógio marcando quase uma e meia da tarde. O mês é março. Subo a rua com o cabelo preso em um coque, sentindo o sol escaldante queimar a minha pele, a legging que uso agarra a minha pele igual uma segunda pele, a camiseta aperta embaixo do braço e estava começando a me deixar ofegante.

Estou sem carro já que minha mãe pegou a HB20 que eu estava usando, meu pai não pode me buscar hoje na escola e quem foi me buscar foi o Elias de moto, não reclamei quando paravamos em um semáforo e eu ficava quase três minutos fritando igual uma carne na brasa. Ele não me deixou em frente de casa porquê precisava terminar um corre rápido, eu agradeci mesmo assim e vim apê até em casa.

Ao ver Olívia no cruzamento da rua que eu passava com um pessoal da escola pedi a Deus que ela me ignorasse mais um dia, que não viesse fazer as pazes comigo embaixo desse Sol miserável, mas quando a vi desacelerar o passo e se despedir das meninas eu soube que ela iria vir até mim.

— Oi — Ela oferece um sorriso.

— Oi, Liv. Tudo bem?

— Tô bem sim, você tá vindo da escola? — Começa a andar do meu lado subindo a rua comigo.

— Tô sim e você?

— Mesmice de sempre — cruza os braços — Você tem falado com a Sarah? — olho pra ela de relance sem saber ao certo o que dizer — Tranquilo se estiver falando, sabe? não deveria ter te colocado nesse meio, reconheço.

— Jamais faria o que você pensou, Liv. — Ela concorda meio constrangida — Se fosse comigo eu iria querer saber, não iria deixar você pagando de otária não.

— Fui otária pra caralho né, Isa? Da nem pra colocar em palavras o grau que eu desci por esse vacilão, pra piorar ô— aponta para a sua bochecha, olho bem e reparo um ferimento mau coberto por corretivo — Mulher dele soube das cachorradas e veio me cobrar. — Balança a cabeça chateada, para de andar e eu faço o mesmo— Sendo que foi namorado dela que me fez acreditar que eles estavam separados, sustentou um rolo comigo e com a Sarah e ainda vem querer bater em mim.

— Tu quebrou a cara dela também né, Olívia? Não vem me dizer que fez a bem.

— Fiz a linha com a mulher Isa, eu ia lá apanhar no rosto de garota na rua e ficar parada? Errei nessa porra, claro que errei mas ele muito mais.

— E ela continuou com ele né? — Retorno a seguir na caminhada com ela.

— Claro, aquela lá larga o patrocínio. Difícil foi pra mim largar, tô chorando pra pagar as dívidas que aquele filho de uma puta fez.

— Qual é o papo, Olívia?

— Me prometeu um monte de coisa, Confiei no cara e passei uma penca de roupa de grife no cartão farta que ele ia me dá a grana e cadê? Tô só eu com mais de dois mil de dívida parcelado.

— Aí, Liv..— seguro a risada mas é difícil, ela me olha daquele jeitão e só piora as coisas — Na moral, se for colocar você e a Sarah em uma balança eu não sei qual das duas pesa mais, porquê olha — ergo os dois dedos uma do lado da outra — ficam lado a lado, uma mais burra que a outra.

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