The Stranger Beside [Terminada]

Salvadora

—Por que me acha confiável? -Sakura perguntou. Sasuke sorriu encolhendo os ombros.

—Em baixo do seu nome estava escrito que era assistente social. -Disse Sasuke ainda com um sorriso. Sakura sorriu e ambos riram da pergunta "boba" que ela fez.

—Justo. -Disse a Haruno. O rapaz se perdia vez ou outra na tonalidade de verdes dos olhos de Sakura.

—Sasuke, pesquisei por toda a Konoha a existência de algum parente cujos quais você pudesse passar este período de um ano até resolvermos na justiça o seu caso. Infelizmente, não há nenhum cossanguíneo. Seus pais possuíam algum amigo? Algum amigo que você se sinta a vontade? Alguém que já foi, legal com você? -Sasuke encarou para a mesa.

—Sabe? Que possa nos ajudar nos trâmites, testemunhar ao seu favor. -Ela perguntara isso para ampliar suas possibilidades de busca por um bom tutor.

—Iee. -Disse o rapaz convicto. Alguns segundos se passaram em que Sakura ficara analisando o rapaz a sua frente. Ele parecia exausto, melancólico.

—Sakura...

—Hm?

—Você é uma amiga? -Sakura encarava os olhos negros do rapaz. Sasuke era tão lindo na opinião de Sakura, que chegava a ser fofo que um rapaz maior que ela estivesse lhe perguntando isso com um rosto tão inocente. Sakura analisou-o como se pudesse ver a sua alma e isso surpreendeu o garoto por alguns segundos.

—Quer que sejamos amigos Sasuke? -Prosseguiu Sakura, geralmente as pessoas eram facilmente decifradas pelo rapaz. Mas Sakura era uma incógnita e isso o assustava.

—Eu quero. -Disse o rapaz forçado a desviar o olhar pelos olhos verdes que tanto lhe prendiam. Sakura lhe abriu um sorriso cortez, e por um minuto o rapaz se perdeu na vermelhidão dos lábios dela.

—Então nós somos amigos. -Disse Sakura de uma forma gentil. O rapaz não tinha nenhum suporte no momento. Custava ela oferecer o que podia? Um ombro amigo?

—Então a amiga que tenho a recorrer é Sakura Haruno. -Disse Sasuke respondendo a sua pergunta anterior e aquilo mastigou o coração de Sakura. Ela possuía compaixão por ele.

—Não posso ser uma espécie de tutora Sasuke. Sinto muito. -Ela lamentou. Os ombros dele se encolheram minimamente ele suspirou exausto.

—Estaria mentindo se disesse que eu não a entendo. -Foi a resposta dele. Sakura soltou o ar ainda encarando Sasuke sem esboçar a compaixão que sentia.

—Não há mais ninguém? -Ela perguntou.

—Iee. -O rapaz foi firme. Sakura passou as mãos pelos cabelos notando que seu comprimento estava um pouco abaixo de seus ombros.

—Eu venho lhe visitar todos os dias. Pode ser assim? -Sakura tentou negociar. Sasuke tinha uma constante expressão sôfrega, cansada. Como Ryan Goslin em Stay.

—Mesmo? -Seu olhar era penetrante.

—Hai! -Sorriu Sakura. Sem tirar os olhos dela, Sasuke lhe estendeu a mão.

—Promete? -Indagou o rapaz ainda com aquele olhar sofrido. Sakura arqueou uma sobrancelha com um sorriso gentil.

—Claro. -Assim que pegou a sua mão sentiu o quanto era maior que a sua.

—Sakura... Eu vou ficar preso aqui até que analisem o que? -Ele questionou exausto.

—Sanidade mental, capacidade de cuidar de si e administrar os próprios bens, alem da análise de todo o caso e as provas. O julgamento de sua mãe e os homens presos na noite do resgate. -Ela respondeu. Sasuke respirou com pesar. Passou as mãos pelos cabelos negros. Era injusto demais que alguém tão jovem tivesse que lidar com aquela triste realidade.