Aos poucos eu abro meus olhos, mas a luz forte do ambiente me cega, eu pisco algumas vezes, então finalmente consigo ver, ainda meio embaçado mas já é algo, meus ouvidos capitam sons de bip.
Minha mente está vazia. Não, vazia não, confusa.
Estou em uma sala branca, deitada em uma maca.Levo minhas mãos aos olhos e os esfrego.
Á um aparelho conectado no meu dedo indicador, abaixo meus braços e percebo que em um deles está uma seringa em minha veia: soro.
Inclino meu rosto para ambos o lados, estou sozinha, apenas eu.
A única pergunta agora é: porque eu estou no hospital?Se passa um longo momento, e eu não consigo me lembrar de nada, apenas lembro de mim mesma, quem eu sou, e como eu sou.
Não me lembro de parentes, muito menos amigos.
Finalmente a porta se abre, o doutor entra, com sua atenção voltada a ficha que ele tem em suas mãos.
Mas quando ele levanta seus olhos para mim, eles se arregalam de surpresa, mas logo é substituído por um olhar de orgulho acompanhado de um sorriso.
- Finalmente você acordou, eu sabia que você conseguiria, nunca deixaria que desligassem os aparelhos.
Minha mente não podia estar mais confusa com sua palavras.
Afinal oque ele quer dizer?
Leio seu nome no crachá pendurado no jaleco branco que ele usa: Dr. Tayson.Eu não o conheço.
- O que ouve doutor? Por quanto tempo eu dormi?
Minha voz sai falha por conta da minha garganta seca.
Seu olhar se torna melancólico agora, sinto meu coração palpitar rápido no meu peito.
- Eu sinto muito, você sofreu um acidente.
Meus olhos ficam perdidos pela sala.
Com o choque da revelação, imagens do acidente vêem em minha mente.
E um grito ensurdecedor do meu amante junto ao seu rosto deformado pelo desespero que grite o meu nome.
- JACK - Grito ao Dr. Tayson.O bip do aparelho segue o ritmo do meu coração acelerado. Lágrimas escorrem dos meus olhos apavorados
Exitante o doutor diz:- Eu sinto muito...
Ele abaixa a cabeça, e imediatamente eu entendo.
Ele se foi...Deu sua vida pela a minha.
Estou petrificada, não me mexo, apenas lágrimas rolam pelo meu rosto.
Acabou...
Ao acordar do meu coma e ver que estava sozinha naquele quarto, não pensei que estaria sozinha na vida, mas agora percebo que não só estava sozinha lá, como agora também estou sozinha na vida.
Eu te amo Jack.
Sempre amarei.
bip... bip...bip
piiiiii.......
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Histórias sem finais
De TodoComo o próprio título diz: histórias sem finais. Este livro basicamente contém trechos de possíveis histórias. Aproveitem!