21 de dezembro de 2015
São oito horas da manhã e o Harry continua em um sono profundo, sua mãe não saiu de seu lado um minuto, Robin até insistiu que ela fosse comer algo, mas nada.
Meu quarto tinha sido liberado hoje de manhã também, e claro que minha mãe foi a primeira a subir ver meu corpo, e eu a segui. Achei que ela fosse desmaiar quando entrou no quarto e viu meu corpo todo machucado e enfaixado, junto com os milhares de fios ligado. Ela se aproximou com tanto cuidado e medo, que parecia que se ela respirasse era capaz do corpo desmontar. Mãe calma, eu vou continuar sendo o filho mais bonito da família, mesmo eu ganhando cicatrizes novas. Ela sentou e ficou segurando minha mão com tanta delicadeza que parecia ser de vidro, e chorou murmurando coisas do tipo o quanto ela me amava, que ela não podia me perder, e o quanto ela queria que eu acordasse. Calma mãe, eu vou acordar.
Enquanto meu menino dormia, fiquei sentando pensando que talvez isso tudo ter acontecido, tenha um objetivo, eu possa ter uma segunda chance na vida, talvez eu possa decidir se quero continuar ou se não quero. Mas talvez essa oportunidade tenha sido dada a pessoa errada, pois é claro que eu quero voltar a viver, eu tenho uma lista de coisas pra fazer ainda, metade dela ao lado do menino de cachos, então porque eu? Porque eu estou vagando nesse hospital, me sentindo uma pessoa ruim por ver essas pessoas chorando, a culpa do acidente fora minha, mas é claro que eu não tinha intenção de colocar nossas vidas em risco, jamais. Talvez eu precisasse passar por isso pra aprender alguma lição? Ser uma pessoa melhor talvez? Não. Não tem nada que eu tenha feito de tão grave, pra te que parar pra analisar esses erros. Se eu tenho algum motivo pra estar aqui agora, e poder escolher entre ir e ficar, deus por favor me explique onde errei, porque eu quero mais que tudo voltar.
Resolvi sair um pouco do quarto onde Harry estava dormindo e fui andar pelo hospital, que normalmente não é cheio de vida, hoje encontra-se enfeites vermelho,verde e dourado enfeitando os corredores, até parecia dar um ar melhor o ambiente. Fui subindo para o sexto andar, passava por médicos e enfermeiras com cara de cansados, mas um sorriso estampando no rosto. Esse andar não era diferente de outros, enfeitados por árvores e bolas, porém nesses continha desenhos que provavelmente foram feito por crianças, fiquei olhando um por um, todos eram desenhos de papai noel, presentes e lista do que queriam, sorri olhando pra isso.
Em uma das portas do corredor dava pra notar um menino de no máximo 5 anos, conversando com uma mulher que eu suspeitei ser a enfermeira. Entrei no quarto e notei o menino sentando tomando alguns medicamentos na veia.- Masss tia, puurfavorr, só leia essa história mais uma vez - ele disse fazendo um biquinho, que convenceria qualquer um.
- Mas Nev a gente já leu cinco vezes meu anjo, vamos fazer outra coisa. - a mulher dizia com toda calma do mundo.
- Ta bom tia Cris. Eu quero fazer desenhos - ele disse satisfeito.
- Desenhos sobre o que, pequeno?
- Sobre o natal. - o sorriso iluminava seu rosto.
- Ótima ideia Nev. Eu vou pegar os papéis no armário e a gente senta ali na mesinha, ok? - ela já estava levantando indo atrás do papel. Fiquei olhando pro menino loiro sentando com um sorriso, esperando a 'tia' voltar, o que será que ele tem pra estar aqui, perto do dia de natal. Ela voltou e colocou as coisas na mesa, depois ajudando o menino sair da cama junto com o fio ligado em sua veia. Ele sentou em uma das cadeiras e com o braço direito que estava livre, começou a desenhar e mexer as perninhas em baixo da mesa.
- Sabe tia Cris, eu quero fazer um desenho lindão assim ó - e abriu os abraços o máximo que podia - e entregar pra alguém aqui no hospital.
- A gente faz isso então, você faz o desenho lindão e eu te levo no andar de baixo, e você escolhe a quem entregar, yay? - ele apenas assentiu com a cabeça e continuou a desenhar.
Sai do quarto com um sorriso e fui ver se meu menino já tinha acordado, cheguei no quarto andar e fui direito pro fim do corredor em seu quarto, mas quando entrei ele estava vazio. Então pensei que Harry já teria ido embora, mas no canto na mesinha avistei um casaco que eu tinha certeza que pertencia a ele. Então pensei que talvez ele estivesse onde meu corpo estaria, no andar de cima. Sai do quarto e fui para o quinto andar em direção ao meu quarto e lá encontrei Harry, minha mãe e Niall.
Harry estava debruçado sobre a cama, segurando minha mão, se os barulhos de seu choro não fosse ouvido eu juraria que ele estava dormindo. Niall estava sentando fitando o nada, enquanto minha mãe afagava as costas de Harry, meu corpo nem sinal de vida, fiquei olhando aquela cena sem saber o que fazer e como fazer para voltar.
Meu coração dói de ver essa, ver meu Harry chorando, minha mãe, não era justo com eles. Passou o que parecia meia hora, minha mãe e Niall saíram do quarto, tentando levar Harry junto, mas ele se recusou e ficou sentando ao meu lado, quer dizer do meu corpo, sem falar nada. Mais minutos se passaram e uma batida na porta foi ouvida Harry então disse para entrar e logo a mulher Cris estava entrando junto de Nev.- Olá, meu nome é Cristina e esse aqui é Nev- ele acenou com a mão - ele veio lhe entregar algo. - Harry mudou a expressão vazia, para um quase sorriso curioso, o menininho loiro se aproximou e entregou uma sulfite com coisas desenhados a ele. Harry pegou o desenho e sorriu, sorriu de verdade.
- Olha só que desenho lindo pequeno Nev. - ele disse mexendo no cabelo do menino que corava - É pra mim esse desenho?
- Uhun - ele disse balançando a cabeça frequentemente - É um desenho de natal ó - então ele se aproximou do Harry e virou o desenho pra eles verem - aqui tem uma árvore bem grandona, ai eu fiz a estrelinhas e um montão de presente. - ele disse sorrindo e Harry sorriu junto.
- Nossa quanta coisa, eu adorei pequeno é muito lindo. Obrigado. - então deu um beijo no topo da cabeça dele.
- De nada - ele estava corando.
- Mas então me fala pequeno Nev, o que você pediu pro papai noel? - ele disse. Então o menino se aproximou novamente e cochichou na orelha do Harry. Na mesma hora que o menino se afastou os olhos do maior estava cheio de lágrimas.
- É, esta na hora de ir então né pequeno? Fala tchau pro... - Harry, meu nome é Harry. - Harry e vamos voltar pro quarto. O menino então abraçou Harry do jeito que podia pois afinal ainda estava com fio ligado no braço e disse que voltaria e saiu do quarto deixando Harry sozinho no quarto novamente. E assim ele ficou até alguém mandar ele sair de la e ir pra casa tomar banho. Com muita relutância ele saiu, mas antes segurou a minha mão e depositou um beijo dizendo que já voltava.
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N/A Eu queria fazer dois capítulos, mas não dá eu vou fazer mais um e juro ser o último he pretendo terminá-lo hoje.
Irei revisar esse depois.
- xxx

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Back for you ( Larry Stylinson)
FanfictionLouis e Harry estavam indo viajar para visitar a família no natal, mas acabam sofrendo um terrível acidente no qual um deles fica em coma durante dias. ( inspirado no livro " Se eu ficar")