Parte 3

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24 de dezembro de

Se passaram dois dias que eu meu corpo não deu nenhum sinal de vida e eu continuo vagando no hospital observando o sofrimentos das pessoas que amo, e principalmente do Harry que não saiu do lado do corpo um minuto, apenas quando precisava ir no banheiro ou comer alguma coisa. Porém uma coisa que animava o Harry durante esses dias era o menino Nev, ele vinha depois do almoço e passava a tarde aqui no quarto, fazendo desenhos, e o Harry as vezes até lia histórias de natal pra ele. Ontem eles estavam brincando um de bagunçar o cabelo do outro e o Nev disse que gostava dos cachos de Harry e pediu pra tia Cristina se ele podia ter cachos iguais o dele, ambos riram e eu não podia achar a cena mais fofa, outra das cenas que arranco grandes risadas do Harry foi o Nev ter perguntando se ele usava batom pois seus lábios eram rosas demais, Harry negou falando que era natural e o mais novo insistiu falando que batom era coisa de menina e que meninos não podia usar.
Agora já são 14:00 da tarde e de acordo com a data é véspera de Natal e meu aniversário. Harry está ao lado da cama como sempre, mas agora está sozinho, ele trouxe alguns balões azuis e vermelho e colocou em volta da cama, Niall e Liam veio aqui hoje de manhã e deixaram coisas como chocolates e flores, mesmo eu estando desacordado. Eu quero demais poder fazer alguma coisa, mas eu ainda estou preso e não sei como voltar. Eu já tomei minha decisão e eu tenho coisas pra fazer na terra ainda, eu não posso ir embora, eu me recuso a ir embora.
Harry continuava no quarto enquanto minutos se passaram até Nev entrar no quarto com a enfermeira Cristina, parece que ela só é responsável por ele.

- Olá tio Harry, eu cheguei. - ele disse entrando e olhou os balões - Poxa, quantos balões, pra que tudo isso? - perguntou com sua curiosidade de sempre.

- Oi pequeno, esses balões são pra esse outro pequeno aqui - aponto pro meu corpo na cama - é aniversário dele hoje.

- Nossa, mas ele vai passar o aniversário dele dormindo? - ele disse com sua maior inocência - eu amo o dia do meu aniversário, e gosto de ganhar presentes e comer bolo - o sorriso daquela criança era tão puro.

- Pois é Nev, acho que ele vai ficar dormindo. E quando é seu aniversário hein?

- Hmm.. - ele disse colocando o dedo indicador na bochecha e fazendo cara de pensamento - eu não sei tio Harry - então se virou para Cristina - tia que dia eu faço aniversário? -

- Dia 9 de junho Nev. - Nev então se virou pra Harry e confirmou - Dia 9 de junho tio Harry - e sorriu.

- Uhh certo pequeno eu vou anotar e quando foi dia 9 de junho, eu vou te dar um presente bem legal, ok ?

- Certo tio Harry.. Mas sabe, hoje é aniversário de Lou - ele disse o meu nome com certa incerteza - e talvez devêssemos acordá-lo , ele podia ficar bravo por perder um dia tão legal. - Harry demorou segundos para pensar em como explicar a Nev o porque não podia me acordar.

- Mas sabe o que é pequeno ? É que o Lou tem um sono muito profundo e talvez não vamos conseguir acorda ele agora. Mas enquanto ele dormi, podemos fazer desenhos certo?

- Sim tio Harry - ele disse saltitante- Eu quero fazer uma lista pro Papai Noel.

- Mas outra pequeno? A gente fez uma ontem.

- Eu sei, mas eu tenho que fazer mais pedidos.

Então eles pegaram folhas sulfite e lápis de cor, Nev com sua mão sem o soro, começou a escrever com sua caligrafia tortinha o que queria de natal, enquanto Harry tentava desenhar um boneco de neve. Eles ficaram em silêncio por minutos concentrados desenhando, e quando Harry foi perguntar qual era o desejo que Nev tinha feito ele escondeu o papel de Harry e disse que era segredo só o Papai Noel ia resolver. O mais velho resolveu não questionar mais e voltar a desenhar.
Ja era quase cinco horas da tarde quando a Cristina veio buscar Nev e levando pro quarto junto com os desenhos. Harry ficou sozinho novamente e se sentou ao lado de meu corpo e segurou minha mão e começou a chorar enquanto me pedia pra voltar pra ele, e que ele sentia falta da minha voz, dos meus olhos, sorriso, risada e disse que me amava. E eu quero mais que tudo voltar pra ele, então a escuridão tomou conta novamente e eu apaguei.

Back for you ( Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora