"Novamente a pergunta que não quer calar volta a me atormentar. "Quem é você? Quem é você?" - Parece que todos querem saber isto e eu admito, estava começando a ficar com medo. Talvez fizeram alguma coisa comigo para tentar me mudar. eu poderia ser uma das piores pessoas deste mundo. Eu tenho que descobrir a verdade. - Caio queria a resposta. Eu darei a resposta a ele."
(...)
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"Estava andando pelos corredores luminosos do meu laboratório com alguns documentos na mão. Estava com meu uniforme de sempre. Saia preta com uma blusa branca social, e calçava um Scarpin preto com meia calça. Andava confiantemente e olhando para todos a minha volta com um belo sorriso no rosto. Parei para cumprimentar o Doutor Fernando. Ele me acompanhou até a sala do pesquisador chefe.
- João. – cumprimentei. Ele já me esperando na porta aperta minha mão bem firme e me cumprimenta. – Sophia. Que bom que veio. – Como não poderia! – respondi.
- Entre, por favor, está linda como sempre. – elogia e, ao entrar logo fecha a porta. – Ah, vamos direto ao assunto Dr. João. Como sabe, meu tempo é precioso demais. Boas notícias? – Ele e Fernando se entreolham com preocupação em seus olhares. – Senhora. Não pudemos fazer muito. Ainda não sabemos como isto começou e, o paciente está muito agitado. Não sei se mantê-lo preso será a melhor opção. – indaga, preocupado. – Aprecio a sua preocupação, porém não pode afetar o que estamos planejando. Continue com o trabalho e você receberá uma grande quantia. – Fernando olha-me indignado e se revolta. – Não é possível! Por que quer continuar com uma pesquisa dessas? Qual a intenção de vocês com tudo isso? Você não tem ideia do que está acontecendo aqui Sophia. Não tem ideia do que aquele homem tem. Por que continuar mantendo-o em quarentena em nossos laboratórios? – Me assento em uma cadeira prata, próximo à mesa do Dr. João. Cruzo as pernas e sorrio, sarcasticamente. – Quer se juntar a ele? – pergunto. – Pois enquanto ele estiver preso não haverá nenhum problema. – Fernando se cala mesmo sem concordar com a ideia. Dr. João franziu o cenho e com as mãos no bolso do jaleco se aproximou e continuou. – Apesar de não concordar muito com a ideia, nós precisamos deste dinheiro. Tudo pela ciência. Sophia, só me prometa que as pessoas vão saber disto, por favor, elas vão? – me levanto da cadeira calada e me direciono a porta. Ao abri-la o respondo. – Não me faça perguntas doutor... Não me faça perguntas. – e me retirei da sala."
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Abro os olhos e vejo Barreto, Márcio, Caio e Lígia me olhando preocupados. Levanto da cama com a mão na cabeça, estava com uma dor insuportável. Márcio se aproximou e levantou meu rosto com a mão.
- Tudo bem, Sophia?
- Eu não sei. – digo. - O que aconteceu?
E Caio continua...
- Quando você entrou no elevador, começou a sentir uma forte dor na cabeça e desmaiou. Ficou desacordada por um bom tempo.
- Ah, não me diga que foram mais duas semanas! – digo me levantando devagar da cama.
- Com sorte não. Eu estava sem o mesmo remedinho de antes. – brinca Caio piscando os olhos. Não era uma situação para ser caçoada. Porém dizem que sorrir é o melhor remédio.
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Estávamos em um lugar que por um bom acaso não estava infestado daqueles canibais loucos e não havia uma mancha de sangue no local. Era um lugar parecido com um laboratório. E o melhor, tinha energia.
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Toque de Recolher - Enquanto os olhos se fecham
HorrorDe um dia para o outro o Rio de Janeiro se torna um caos. Um vírus é espalhado na cidade transmitindo uma doença fatal se tornando uma enorme epidemia. Mas essa doença não ataca pessoas vivas. Sophia se encontra em sua casa pronta para mais um dia d...