Capítulo 4 - Refúgio Seguro

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"Novamente a pergunta que não quer calar volta a me atormentar. "Quem é você? Quem é você?" - Parece que todos querem saber isto e eu admito, estava começando a ficar com medo. Talvez fizeram alguma coisa comigo para tentar me mudar. eu poderia ser uma das piores pessoas deste mundo. Eu tenho que descobrir a verdade. - Caio queria a resposta. Eu darei a resposta a ele."


(...)


Página 41

"Estava andando pelos corredores luminosos do meu laboratório com alguns documentos na mão. Estava com meu uniforme de sempre. Saia preta com uma blusa branca social, e calçava um Scarpin preto com meia calça. Andava confiantemente e olhando para todos a minha volta com um belo sorriso no rosto. Parei para cumprimentar o Doutor Fernando. Ele me acompanhou até a sala do pesquisador chefe.​

- João. – cumprimentei. Ele já me esperando na porta aperta minha mão bem firme e me cumprimenta. – Sophia. Que bom que veio. – Como não poderia! – respondi.​
- Entre, por favor, está linda como sempre. – elogia e, ao entrar logo fecha a porta. – Ah, vamos direto ao assunto Dr. João. Como sabe, meu tempo é precioso demais. Boas notícias? – Ele e Fernando se entreolham com preocupação em seus olhares. – Senhora. Não pudemos fazer muito. Ainda não sabemos como isto começou e, o paciente está muito agitado. Não sei se mantê-lo preso será a melhor opção. – indaga, preocupado. – Aprecio a sua preocupação, porém não pode afetar o que estamos planejando. Continue com o trabalho e você receberá uma grande quantia. – Fernando olha-me indignado e se revolta. – Não é possível! Por que quer continuar com uma pesquisa dessas? Qual a intenção de vocês com tudo isso? Você não tem ideia do que está acontecendo aqui Sophia. Não tem ideia do que aquele homem tem. Por que continuar mantendo-o em quarentena em nossos laboratórios? – Me assento em uma cadeira prata, próximo à mesa do Dr. João. Cruzo as pernas e sorrio, sarcasticamente. – Quer se juntar a ele? – pergunto. – Pois enquanto ele estiver preso não haverá nenhum problema. – Fernando se cala mesmo sem concordar com a ideia. Dr. João franziu o cenho e com as mãos no bolso do jaleco se aproximou e continuou. – Apesar de não concordar muito com a ideia, nós precisamos deste dinheiro. Tudo pela ciência. Sophia, só me prometa que as pessoas vão saber disto, por favor, elas vão? – me levanto da cadeira calada e me direciono a porta. Ao abri-la o respondo. – Não me faça perguntas doutor... Não me faça perguntas. – e me retirei da sala."


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Abro os olhos e vejo Barreto, Márcio, Caio e Lígia me olhando preocupados. Levanto da cama com a mão na cabeça, estava com uma dor insuportável. Márcio se aproximou e levantou meu rosto com a mão.

- Tudo bem, Sophia?

- Eu não sei. – digo. - O que aconteceu?

E Caio continua...

- Quando você entrou no elevador, começou a sentir uma forte dor na cabeça e desmaiou. Ficou desacordada por um bom tempo.

- Ah, não me diga que foram mais duas semanas! – digo me levantando devagar da cama.

- Com sorte não. Eu estava sem o mesmo remedinho de antes. – brinca Caio piscando os olhos. Não era uma situação para ser caçoada. Porém dizem que sorrir é o melhor remédio.


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Estávamos em um lugar que por um bom acaso não estava infestado daqueles canibais loucos e não havia uma mancha de sangue no local. Era um lugar parecido com um laboratório. E o melhor, tinha energia.

Toque de Recolher - Enquanto os olhos se fechamOnde histórias criam vida. Descubra agora