MARRAKESH - MARROCOS
A região da África Setentrional e do Oriente Médio são os poucos lugares que resistiram à perseguição religiosa de Atlântida, devido à sua cultura milenar já enraizada desde eras remotas. Os países muçulmanos e Atlântida vivem sob uma trégua que atravessou os séculos, entretanto, as tropas de Poseidon nunca deixaram de se fazer presentes, seja pelas ruas, seja nos bastidores.
Em Marrakesh, os souks, como são conhecidos os intermináveis mercados a céu aberto, fervem com o calor e com o vai e vem intenso de pessoas. Uma atmosfera mística envolve cada beco e cada viela, carregada por aromas de incensos dos mais variados. Naquelas ruas, abarrotadas de vendedores de rua, tendas e lojas que se espremem umas contra as outras, é possível encontrar praticamente de tudo: Jóias exóticas, vasos dos mais diversos tipos, deslumbrantes tapeçarias, tecidos multicoloridos, perfumes inebriantes, espadas afiadas, venenos mortais.
Dois homens caminham incólumes por essa multidão, vestidos com roupas comuns e com as cabeças e o rosto cobertos por turbantes brancos. Eles sabem exatamente aonde vão e seguem resolutos. Um deles teme chamar atenção devido a sua estatura de mais de dois metros, mas seu companheiro o tranquiliza:
- Não se preocupe Aldebaran. Estou usando meu poder psíquico para mudar a percepção das pessoas ao nosso redor. Todos estão nos vendo como dois homens comuns de um metro e oitenta. Mas vamos em frente. O colecionador está a nossa espera.
- Será que finalmente encontraremos a Ânfora de Athena, Mu? Estamos nessa pista há dias. Esse homem que vamos encontrar, ele é confiável?
- Acredito que nem nossas sombras sejam confiáveis nesse lugar, meu caro amigo. O homem com quem tenho mantido contato se chama Píton. Ele vai nos guiar até o colecionador de antiguidades conhecido como Gigars. Ele diz estar em poder de um vaso cuja descrição bate perfeitamente com a da Ânfora de Athena que consta nos Manuscritos de Shion. Veja, ali está ele.
Mu e Aldebaran são recebidos, na rua mesmo, por um homem alto e magro, vestindo uma kandoora, a típica túnica muçulmana e na cabeça, um ghtrah, o lenço branco tradicional, adornado pelo igal, que é uma espécie de corda de cor preta que dá duas voltas no topo de sua cabeça. Seus gestos são precisos e lentos, dando a impressão de que foram ensaiados, o que aumenta ainda mais a sensação de desconfiança.
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SOLDIER SEIYA - A ERA DE POSEIDON 01: O TORNEIO DA TORMENTA E OS MARINAS NEGROS
FanfictionAs águas do tempo de alguma forma foram alteradas. As armaduras dos Cavaleiros nunca existiram. Poseidon saiu vitorioso na guerra santa contra Athena, na era mitológica. Desde então, o mundo vive sob o domínio do Deus do Mar. O Santuário da Grécia...