Capítulo 13 - Visitas.

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(Clara narrando)

Já fazia um tempo que não via Luíza e Luiz, estávamos sempre ocupados e nos falavam somente por telefone e mensagem, e tínhamos tantas coisas para colocar em dia. Mesmo morando em uma cidade que não era tão grande, vivíamos correndo de um lado para o outro e naquele dia marcamos deles nos ver.

Quando estava em casa sempre ajudava minha mãe com os afazeres da casa, principalmente nos sábados, pois nos outros dias ela sempre contratava alguém. Mas com a guerra o dinheiro estava curto e minha mãe não estava conseguindo vender as flores que ela cuidava na estufa e nem meu pai estava conseguindo dinheiro com a clínica.

Estava complicado, pois nem eu estava conseguindo contrato nos museus e não tinha nenhuma história a ser desvendada para ser escrita. Quando Luíza e Luiz vinha nos fazer visita e minha mãe sempre enchia a mesa de comida e todos almoçávamos em família. Meus pais considerada os dois como filhos, já que tinha cinco anos que os dois tinham perdido os pais em um acidente aéreo. E desde então eles vem nos visitar.

- Clara, como está a escrita sobre a estátua e a caixa? _ Luiz perguntou quando estava colocando comida em seu prato.

- Nem comecei e nem sei se vou. _ dobrei o guardanapo e coloquei na mesa. – Me chamaria de louca e tenho conhecimento deste fato.

- Concordo com você Clara. _ disse Luíza colocando suco no copo.

- E que história seria essa? _ perguntou meu pai limpando a boca antes de falar.

Não demorou muito tempo e Luís desmanchou nas palavras e meus pais ficaram olhando para mim sem acreditar na história maluca que estava ouvindo e assim seguiu até o fim do almoço.

Todos em sã consciência pensava igual eu e concordava com o que tinha acontecido, tinha sido influenciada pela amizade e não ia saber mais da verdadeira história da estátua e da caixa. Só esperava que isso não influenciaria na minha carreira, pois gostava muito de documentar histórias perdidas no mundo.

Depois do almoço fomos jogar banco imobiliário, sentamo-nos na varanda e colocamos algumas almofadas no chão para sentar e formamos uma roda com o Luiz, Luíza, Flávio, Fabiano e eu. Meus pais ficaram olhando enquanto estava deitados na rede de casal.

E foi muito divertido, mesmo quando meus irmãos ficavam brigando que queria ser o banqueiro. E assim que terminamos minha mãe nos chamou para cantar parabéns para o meu pai. Era um dia especial e nada melhor que passar em família com as pessoas que amamos. Ele era o meu velhinho, claro nem tão velhinho.

O dia passou voando e fomos todos nos deitar. Luíza como sempre ficou no meu quarto e Luiz no quarto dos meus irmãos. E quando acordei no outro dia fui a varanda, pois era meu lugar preferido, onde podia ficar olhando sem pensar em nada, somente vendo a paisagem.

Minha mãe como sempre caprichava ao fazer a mesa, a decoração que ela fazia sempre tinha flores e sendo apenas uma botânica, tinha muita experiência em deixar a casa bonita e até nas refeições isso era bem evidente, mostrando que era uma romântica.

Quando todos estávamos sentados a mesa para tomar café o assunto começou no Arthur e em como ele tinha me salvado.

- Está namorando? _ perguntou Luíza olhando espantada para mim.

- Não. _ disse logo antes que falassem mais besteiras.

Meu pai tossiu de mentirinha e olhou para mim. E minha mãe olhou para meu pai e deu um risinho.

- Eu não estou namorando. _ disse novamente e comecei a tomar meu café.

- Quando será que ele vai pedir? _ perguntou minha mãe e olhou para a Luíza.

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