Notas do Autor

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Calma, ainda não vamos começar com a história em si. Ah, já adianto que a plataforma não permite eu deixar o texto "justificado" e a academia me fez perceber que texto sem justificação é muito agoniante. E como não há edição, morrem também os parágrafos.

Essa é uma obra de ficção inspirada em coisas que possam ter acontecido ou simplesmente um "andar da carruagem" distópico. Qualquer relação com a realidade é mera coincidência, ou não. Fazer literatura também é refletir seus momentos históricos. É na angústia e no sufoco de uma pandemia que esse texto se desenrola, algo que tá guardado no peito, na garganta, é esforço criativo, monotonia, vontade de mais, de ser útil, é por pra fora um grito silencioso. Um grito meu, seu, do seu vizinho, é um grito coletivo, e não me importo com quem compõe esse coletivo, todos podem ser abraçados e sentir parte desse grito, o termo já deveria ser auto explicativo, mas temos que ser cautelosos com todas as pessoas e possam ou não entender o que significa "coletivo".

Peço licença, então, a todos os que venham a estar nesse texto. Seja uma referência literária/musical, seja um personagem inspirado em você, em mim. Para melhor compor o que pretendo deixar pra vocês, mesmo que eu pare de escrever no meio do caminho por motivos de "já não tenho mais tanto ânimo", escolhi referências do nosso mundo, inclusive importantes para alguns pontos da narrativa. Você, meu amigo leitor, pode ver Elis Regina num canto da página, pode ver O Conto da Aia no início do parágrafo e já não reconhecer mais essa história, pode pensar: poxa, isso é bem parecido com aquilo, já vi antes... Então, imagine que muitas referências são jogadas em um liquidificador, alguns litros de realidade e percepção "jovem", todas batidas a uma velocidade de 3 meses de isolamento social, o resultado são as páginas seguintes, os capítulos.

Uma espécie de vômito. Ora, ora, acabei de falar em liquidificador. Mas pensem que todas essas captações do que temos por vida foram digeridas, de maneira meio indigesta, e então posto pra fora. E creio que até mesmo a fluidez do texto mostre isso. Não esperem que seja um texto parnasiano ou muito menos o rigor formal de um Machado de Assis. Aqui, além de uma certa técnica, e sem musas inspiradoras que me gritam aos ouvidos o que escrever, existe um anseio de escrever. Deixemos a revisão textual para quando alguma editora quiser me publicar (risos).

Espero que os capítulos a serem publicados ocupem um pouco desse tempo ocioso de suas vidas. Inclusive, acabo de ter um déjavù ao escrever esse parágrafo. Me vem à mente que já escrevi isso antes, ou ao menos li essa mesma frase. Sem mais delongas, que seja uma leitura proveitosa, que instiguem vocês também a porem pra fora seus gritos, suas vontades, que o espírito de querer um mundo melhor nunca morra no coração de ninguém, e espero de coração que todos aproveitem, viagem, se espelhem, ou não, mas que esse texto sirva para algo, até mesmo para sentir raiva de muitas situações.

Darei, então, o título de "Brazil,2023" para essa narrativa. A escolha do termo em inglês não é "viralatismo", pelo menos não da minha parte que estou escrevendo, mas talvez da parte de quem "comanda" a narrativa. Talvez isso seja melhor entendido alguns capítulos mais tarde. Portanto, as portas do Brazil estão abertas a todos que desejam fugir desse atual Brasil, nem que seja por alguns instantes. Aqui você, inclusive, é livre para ser quem quiser, viver sua verdade. Aproveite. 

Brazil, 2023.Onde histórias criam vida. Descubra agora