Viver em 1840 não era fácil, haviam muitas lendas e a religião era algo muito forte também. Mas a lenda mais forte com toda certeza era de que haviam bruxas, e no vilarejo onde Harry e Louis viviam não era diferente, as pessoas que ali viviam diziam que tinham certeza de que uma bruxa muito poderosa morava perto deles e que ela poderia acabar vidas com apenas algumas palavras, então todos apenas seguiam com suas vidas tentando não fazer nada que pudesse deixar a tal bruxa com raiva, mesmo que nenhum deles jamais haviam a visto ou jamais ouvira sequer seu nome, mas só o fato de algumas pessoas especularem que existia uma bruxa tão perto de si já era suficiente para que vivessem com medo.O que aquela pequena população não sabia era que a tal bruxa vivia muito perto de todos, assim como também frequentava a igreja todos os domingos junto de todos.
Enquanto todos estavam em suas casas preparando o jantar para ficarem um pouco junto de sua família naquela noite fria e com um vento forte que indicava que uma forte tempestade estava para chegar, Louis se sentava sozinho em uma mesa em sua casa enquanto tomava sua sopa pensando na única coisa que o mantinha bem durante os dias, Harry, Louis sabia que amanhã ele veria Harry após um longo dia de trabalho, sabia que o mais novo estaria perto do riacho o esperando para que passassem algumas horas conversando e trocando sorrisos tímidos.
Do outro lado do vilarejo estava Harry, sentado em sua cozinha contando tudo para sua mãe, tentando entender o que aquele novo sentimento significava, o porque de seu coração acelerar quando sabia que estava chegando a hora de ir encontrar Louis, o porque de suas mãos tremerem tanto quando o garoto de olhos azuis falava seu nome, o porque de seu estômago se encher da sensação de mil borboletas voando quando ouvia as risadas de Louis ou então porque de se sentir tão vazio quando era chegada a hora de se despedir mesmo que se veriam no outro dia. Harry apenas queria que sua mãe o explicasse isso, ele não havia falado sobre quem o fazia se sentir dessa forma, não porque ele tinha vergonha, mas sim porque não queria sua mãe se entrometendo nisso depois. Anne ouvia tudo que o filho dizia atentamente, esperou que ele terminasse para que pudesse falar, e quando chegou o momento ela explicou para o filho que aquilo se chamava amor, que provavelmente Harry estava se apaixonando por quem quer que fosse a pessoa de quem ele estivesse falando, e naquele momento tudo passou a fazer sentido para Harry, ele entendera tudo, ali sentado naquela cadeira da cozinha ouvindo apenas as batidas aceleradas de seu coração e o vento forte do lado de fora da casa, ele soube que amava Louis, o rapaz dono de um dos sorrisos mais doces e olhos com um olhar tão profundo quanto um oceano em uma noite escura.
— Mãe eu o amo!— Harry pode ver a cara de sua mãe mudar assim que ele dissera aquelas palavras.
— Como assim ele Harry? Você está me dizendo que é um garoto de quem você estava falando todo esse tempo?
— Sim mãe, eu estou falando de Louis, o garoto que perdeu os-.— Harry nem pode terminar sua frase.
— Eu sei quem ele é, não precisa dizer mais nada, Harry isso não está certo, eu quero que você se afaste dele, o que a igreja irá dizer se souberem disso?— Anne agora andava de um lado para o outro como se tentasse achar uma solução para um grande problema.
— Mãe eu não posso, porque você se importa com o que a igreja pensa, você nunca gostou deles! — Harry agora estava de pé e sentia o olhar furioso de sua mãe sob si.
— Harry pare de falar, você tem noção do quanto você pode ter arruinado nossas vidas? — Anne agora estava parada olhando para um ponto vazio sussurrando "preciso fazer algo, eles não podem saber sobre nós"
— Mãe o que está acontecendo? Você está me assustando, por favor, vamos conversar.—Harry tentou segurar a mão de sua mãe mas a mesma a puxou antes mesmo que o filho pudesse tocá-la.
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Sign Of The Times • LS
FanfictionA imortalidade machuca, e Louis nem mesmo é capaz de contar quantas vezes viu seu amor partir ou quantos anos se passaram, preenchidos pela saudade, até que este voltasse a lhe encontrar. O jovem sempre esperava por aquele momento, o segundo exato e...