Capítulo II - Chamas Reacesas

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"Te ver partir aquele dia após uma briga foi oque me fez acreditar

que o amor era uma piada mas, agora entendi quenão preciso estar ao seu lado para saber oque é o amor,
apenas preciso saber que está bem, que sua vida está dando certo.
Por que as vezes, simplesmente não ficamos
com o amor de nossas vidas."

- Sentimentos de Tweek Tweak — Mind Night


Tweek Tweak

Foram 9 anos, foram 9 longos anos tentando esquecer uma chama do passado, um relacionamento que me deixou sementes... Sementes boas, de amor próprio, de confiança e calmaria... Mesmo eu não conseguindo demonstrar isso aquele dia, e de repente, tudo acabou. Ele havia me deixado as sementes para as melhores flores, para os melhores plantios de café, e eu infelizmente não pude dizer isso a ele a 9 anos atrás. Eu estava com medo de perde-lo, tive tanto medo de ficar sozinho nessa cidade, de que a minha alma ficasse vazia com sua partida para a faculdade. Tive medo por que sabia que Craig era a melhor pessoa do mundo, e que pessoas ótimas conhecem outras pessoas ótimas, tive medo que ele acabasse conhecendo outro alguém, e que me deixa-se, na verdade no fim de tudo ele me deixou, e eu jamais vou ser capaz de culpa-lo por isso, por que se eu estivesse em seu lugar, também me deixaria!

Na verdade eu estava quebrado, quando ele partiu eu demorei um longo tempo, talvez 2 anos pra me curar devidamente, claro que Clyde participou disso, naquela época foi ótimo e eu talvez estivesse totalmente errado em me apoiar nele pra tentar me reerguer, entretanto, foi a pior decisão que tomei na minha vida. Quando Craig foi embora, cerca de dois meses depois, Clyde me disse que sempre fora apaixonado por mim, e que só nunca havia se aproximado totalmente por que sabia da minha relação com seu antigo melhor amigo. Mas, que agora estaria disposto a me fazer feliz.

E por Deus, ele era tão parecido com Craig, me lembrava o Tucker em tantas coisas e eu aceitei aquilo, o deixei entrar passando por cima das minhas feridas, ignorando a dor que aquilo me causava. Eu o deixei entrar então a culpa de estar vivendo isso atualmente, é completamente e apenas minha. E com o tempo, eu me apeguei a ele, ele me dava o céu e confortava a minha dor com tudo que podia, era bem ciumento mas ele me ajudou tanto, ele me apoiou a montar o meu próprio negócio, e quando eu abri a galeria, foi tudo tão magico. Eu havia entendido que Craig jamais iria voltar e que eu não era mais um adolescente para ficar esperando seu retorno, não estamos em um filme clichê, ou em um livro romântico, isso é a realidade.

Quando Clyde me propôs em casamento eu fiquei muito assustado, já namorávamos a um tempo mas não o suficiente para casarmos, estávamos juntos a 1 ano, mas eu devia tanto a ele, devia tanto que não pude recusar sua proposta de morarmos juntos, então nos mudamos e foi contra a vontade da minha mãe, mas meu pai gostou da ideia de estar junto com o Donovan, Clyde era uma ótima pessoa. E então, nos mudamos e foi tudo muito divertido, ele estava cicatrizando as minhas feridas, deixaria uma cicatriz de lembranças boas que tive com Craig independente de qualquer coisa, mas eu jamais imaginei que ele fosse me curar e usar a navalha mais afiada para me rasgar tanto o suficiente pra querer jamais ter nascido. E aconteceu, Clyde me mostrou o paraíso e ateou fogo em tudo bem diante dos meus olhos. Tudo começou com a minha galeria, não era muito grande, mas me ajudava tanto financeiramente e a esquecer os problemas, eu sempre amei a arte, quando tinha tiques antes, eu conseguia me acalmar pintando quando Craig não estava por perto...

Ele não gostava de um dos funcionários, Will era tão gentil, sempre cuidava de toda a equipe, mas Clyde dizia que ele dava em cima de mim, então tive que o demitir, e logo em seguida a mesma coisa com minhas duas outras antigas funcionárias, no fim eu acabei ficando sozinho na galeria e Clyde começou a me ajudar pela tarde, com as telas, com as artes expostas, com os eventos e reuniões, e ele se irritava de mais, logo clientes iam percebendo e não voltavam mais, no fim... Fechei o meu lugar favorito em toda South Park. Acabei voltando a trabalhar na cafeteria dos meus pais, onde Clyde dizia que eu estava seguro.

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