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— Eu sei que era do seu pai, mas eu prometo te devolver mais tarde — falei sinceramente, com esperança no olhar enquanto encarava o Adam. — Essa cor vai combinar com a minha bota! — choraminguei.

— Você é muito chata — resmungou, jogando o moletom na minha cara. Soltei um grunhido e cerrei os olhos para o garoto que vestia um moletom na cor amarela. Esse não era do seu pai, ele havia comprado quando fomos na cidade vizinha.

— Está ansioso para a prova da Universidade? Minha vó fica perguntando sobre você toda vez que liga para mim — comentei, enquanto tentava arrumar o moletom dentro da calça.

— Ela me adora! — deu de ombros, me enviando um olhar provocativo.

— Ela faz caridade — devolvi, e logo vi uma almofada sendo arremessada na minha direção. — Você está gostando de jogar as coisas na minha cara hoje, né? Pois bem... — falei, enquanto pegava a almofada caída no chão e jogando-a na sua direção.

Adam jogou-a de volta para mim e assim que se passaram alguns segundos da guerra de almofada, quando sua mãe entrou no seu quarto.

— Vocês querem que eu os leve para o colégio? — perguntou ela, olhando para Adam.

— Nós vamos no carro da Casey — explicou ele.

— Entendi — ela balançou a cabeça levemente. — Bem, então eu já vou indo. Não esqueça de colocar comida para Mel.

— Belo Blazer, Senhora Turcker — elogiei, dando um sorriso de lado.

Ela apenas acenou com a cabeça como agradecimento e forçou um sorriso. Senti minhas bochechas quentes pela frieza dela, mas logo passou quando ela lançou um último olhar para Adam e seguiu pelo corredor.

— Será que ela nunca vai gostar de mim? — perguntei, soltando um suspiro pesado.

— Bem, você foi a menina que magoou o único filho dela, então... — disse Adam, me fazendo querer joga-lo da janela por jogar isso na minha cara. — Estou brincando. Ou não.

— Idiota! — xinguei baixinho, revirando os olhos e indo em direção a porta do seu quarto. Adam se colocou a minha frente antes que eu pudesse sair.

— Ela só precisa conhecer você — disse ele. — Ela está precisando comprar um vestido para a festa beneficente do hospital para sábado, e você é ótima em escolher vestidos.

— Você está sugerindo que eu passe uma tarde inteira com a sua mãe? — perguntei, erguendo uma sobrancelha.

— Ah... Sim — deu de ombros. — Vamos lá! Depois dessa tarde eu tenho certeza de que ela vai gostar mais de você.

— Falando assim até parece que somos namorados e a sogra não gosta de mim — Adam deu uma leve gargalhada e deu um beijo estalado na minha bochecha.

— Poderíamos ser — falou, logo em seguida saindo da minha frente. — Você pode colocar comida para a Mel? Já estou descendo. — pediu, balancei a cabeça e não pensei suas vezes antes de sair do quarto para livrar aquelas suas palavras da minha cabeça.

Mel estava deitada no sofá parecendo estar em um sono profundo. A encarei por alguns segundos antes de ir até o seu cantinho e colocar um pouco de ração que estava guardada em um armário próximo.

Quando voltei para a sala de estar, Adam estava mexendo no seu celular. Minha mochila estava na sua mão desocupada e a sua estava pendurada nos ombros.

— Mal saímos e eu já estou morrendo de frio — disse, indo até ele e pegando a minha mochila da sua mão.

— Até mais tarde, Mel.

Depois Que Eu Conheci Você Onde histórias criam vida. Descubra agora