S/n S/s Point Of Vist.
Era hoje o dia.
São 00:09, e eu já estava no aeroporto.
Vitória não foi me levar ao aeroporto, como o esperado. Ana quem me levou.
-Você jura que vai se cuidar lá? Que se alguém for racista, xenofóbico ou homofóbico com você, você vai me mandar mensagem pra eu pegar o primeiro vôo e jogar uma bomba na casa do miserável!?- Arregalo meus olhos e assinto a contragosto.
Ana poderia se um pouco extremista as vezes.
-Meu deus, eu vou sentir muito sua falta!- A abraço e a garota beija todo meu rosto.
-Eles crescem tão rápido.- Ela finge limpar uma lágrima falsa.- Quando você chegar lá o que vai acontecer? Ela vai estar te esperando? Você chegou a conversar com ela?
-Eu não sei...- Suspiro.- Vitória disse que alguém iria me esperar lá, mas quem, eu não faço a mínima idéia. Não cheguei a conversar com ela... Na verdade, nem sei qual vai ser minha reação quando eu encontrar com ela!
-Você vai conseguir. Você é forte, formiguinha!
Bato em seu braço e ela solta um grito baixo.
-Não sou pequena, não me chame assim.
-Oh, não. Só a maioria dos humanos que são gigantes, mesmo.- Sorri ladino.
Escutamos a chamada para meu vôo e logo a abraço.
-Eu te amo, e vê se manda mensagem quando chegar, formiguinha.
-Eu juro que todo santo dia irei te mandar mensagem, e te provar que não virei k-poper. Ainda vou te dar muito orgulho, velha.
Gargalhamos alto e eu a soltei. Fui em direção ao portão.
Olhei para trás e ela acena para mim soltando beijos.Entro no avião e penso como será tudo isso. Mas, não tenho noção alguma.
Acabo me entregando ao sono depois de uma crise muda de lágrimas.
[...]
Sou acordada e logo vejo pela janela que eu havia chegado, ao menos era isso que aparentava.
Eu estou com tanto medo, estou sozinha e nunca nem tinha saído do estado antes. Agora estou do outro lado do mundo, e nem ao menos sei falar um "oi".
Sinto a turbulência do pouso do avião, o que me faz sentir um frio imenso na barriga.
[...]
Depois de pegar minha única mala, saio para procurar quem me aguardava. Eu realmente não sei como irei encontrar essa pessoa.
A ansiedade já estava me consumindo, então, resolvo sentar no banco. Minha cabeça rodeava e eu estava ao ponto de chorar.
Vitória nem ao menos me deixou falar com a pessoa.
-Oi?- Ouço uma voz feminina soar em meus ouvidos. Era um português um pouco desengonçado, suspirei de alívio por ouvir minha língua materna.
Olho para a garota e sou surpreendida por sua beleza. Abro um pouco minha boca e logo levanto.
Sabia que asiáticos não gostavam de contato físico, então tratei de apenas me curvar.
Obrigada por isso, Ana.
Mas o que mais me surpreendeu foi ela ter me puxado para um abraço forte.
-Sou Jisoo. Você deve ser Cha S/n, não?- Minha testa involuntariamente acaba franzindo, mas não com o português da garota, mas sim o sobrenome.
O engraçado é que ela não parava de sorrir para mim.
-Cha? Acho que é um engano, sou S/n S/s.
-Oh, não foi! Estou aqui para te buscar, vamos!?
Assinto e sigo a garota desconhecida. Acabo rindo mentalmente por conta de seu sotaque que acaba sendo extremamente adorável.
A desconhecida me leva até um carro, onde eu hesito mas acabo entrando.
Jisoo dá partida e assim o automóvel começa a vagar sobre a cidade.
-Para onde estamos indo?
Jisoo me olha pelo espelho e sorri.
-Para casa.
Depois dessa resposta não quis perguntar ou falar mais nada, não queria ser desagradável. Apenas coloquei meu rosto na janela e observei as ruas.
Tudo era tão lindo, tão moderno.
[...]
O caminho não foi tão longo quanto eu esperava, mas as ruas eram bastante movimentadas.
E percebi que teria problemas com esse país.
É tão frio...
Mas Jisoo percebeu que eu estava com frio e me ofereceu um casaco quente e confortável, e eu aceitei.
-Chegamos!- A voz animada da garota mais velha acabou me alertando dos meus pensamentos.
Era um bairro tão diferente de onde eu vivia. Era tão bonito.
-Gostou? Sei que é diferente do Brasil. Soube que onde você morava fazia bastante calor, gostalia de ir para lá algum dia.- A garota sorri.
Sorri por sua pronúncia.
-É realmente... Diferente.- Sorri nervosa.
Eu estou tão nervosa que estou ao ponto de quase vomitar e desmaiar.
A garota mais alta me fita e vejo uma lágrima cair em seu rosto, e logo ela se aproxima.
-Você é tão linda!- Ela me abraça. Já era a segunda vez só naquele dia que ela me abraçou. Acho que ela é uma exceção, deve gostar muito de abraços.- Não fica nervosa, vai ficar bem você.- Ela limpa sua garganta.- Você vai ficar bem!- Corrige sua fala.
Jisoo desfaz o abraço e eu a sigo. Paramos em uma porta grande de madeira. Pelo barulho, havia muitas pessoas dentro.
Apenas fitei meus dedos, enquanto Jisoo abria a porta.
Deus, acho que vou morrer.
Nesse momento o silêncio reinou dentro da casa. Meu coração hora batia rapidinho, hora parava.
Entramos na casa e eu ergui meu olhar.
Jisoo disse algo que eu não entendi, ela segurava minha mala.
Haviam muitas pessoas dentro da casa, todas asiáticas e bastante simpátias. Todos sorriam para mim, enquanto eu não tinha reação alguma.
Eu fiquei em choque por tanto tempo que só retornei quando ouvi o som de algo se chocar ao chão.
Apenas levantei meu olhar.
Era ela, eu tinha uma foto dela e sabia que era ela!
Minha mãe estava ali. Depois de tanto tempo, ela estava ali.
A mulher ficou me encarando até andar e ficar em minha frente.
-S/n...- Tocou meu rosto, analisando cada parte. Sua mão tremia bastante e seus olhos estavam levemente arregalados e marejados.
Sem nem perguntar, a mulher me puxou para um abraço forte.
Eu não sabia o que fazer mas minha reação foi a mais natural possível, eu apenas correspondi seu abraço.
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運命 Unmei 運命
FanficS/n tinha problemas mais do que o suficiente para se pensar, e Hirai Momo era um deles. [Imagine]