Chapther Three: Excessive Hugs.

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S/n S/s Point Of Vist.

Era hoje o dia.

São 00:09, e eu já estava no aeroporto.

Vitória não foi me levar ao aeroporto, como o esperado. Ana quem me levou.

-Você jura que vai se cuidar lá? Que se alguém for racista, xenofóbico ou homofóbico com você, você vai me mandar mensagem pra eu pegar o primeiro vôo e jogar uma bomba na casa do miserável!?- Arregalo meus olhos e assinto a contragosto.

Ana poderia se um pouco extremista as vezes.

-Meu deus, eu vou sentir muito sua falta!- A abraço e a garota beija todo meu rosto.

-Eles crescem tão rápido.- Ela finge limpar uma lágrima falsa.- Quando você chegar lá o que vai acontecer? Ela vai estar te esperando? Você chegou a conversar com ela?

-Eu não sei...- Suspiro.- Vitória disse que alguém iria me esperar lá, mas quem, eu não faço a mínima idéia. Não cheguei a conversar com ela... Na verdade, nem sei qual vai ser minha reação quando eu encontrar com ela!

-Você vai conseguir. Você é forte, formiguinha!

Bato em seu braço e ela solta um grito baixo.

-Não sou pequena, não me chame assim.

-Oh, não. Só a maioria dos humanos que são gigantes, mesmo.- Sorri ladino.

Escutamos a chamada para meu vôo e logo a abraço.

-Eu te amo, e vê se manda mensagem quando chegar, formiguinha.

-Eu juro que todo santo dia irei te mandar mensagem, e te provar que não virei k-poper. Ainda vou te dar muito orgulho, velha.

Gargalhamos alto e eu a soltei. Fui em direção ao portão.
Olhei para trás e ela acena para mim soltando beijos.

Entro no avião e penso como será tudo isso. Mas, não tenho noção alguma.

Acabo me entregando ao sono depois de uma crise muda de lágrimas.

[...]

Sou acordada e logo vejo pela janela que eu havia chegado, ao menos era isso que aparentava.

Eu estou com tanto medo, estou sozinha e nunca nem tinha saído do estado antes. Agora estou do outro lado do mundo, e nem ao menos sei falar um "oi".

Sinto a turbulência do pouso do avião, o que me faz sentir um frio imenso na barriga.

[...]

Depois de pegar minha única mala, saio para procurar quem me aguardava. Eu realmente não sei como irei encontrar essa pessoa.

A ansiedade já estava me consumindo, então, resolvo sentar no banco. Minha cabeça rodeava e eu estava ao ponto de chorar.

Vitória nem ao menos me deixou falar com a pessoa.

-Oi?- Ouço uma voz feminina soar em meus ouvidos. Era um português um pouco desengonçado, suspirei de alívio por ouvir minha língua materna.

Olho para a garota e sou surpreendida por sua beleza. Abro um pouco minha boca e logo levanto.

Sabia que asiáticos não gostavam de contato físico, então tratei de apenas me curvar.

Obrigada por isso, Ana.

Mas o que mais me surpreendeu foi ela ter me puxado para um abraço forte.

-Sou Jisoo. Você deve ser Cha S/n, não?- Minha testa involuntariamente acaba franzindo, mas não com o português da garota, mas sim o sobrenome.

O engraçado é que ela não parava de sorrir para mim.

-Cha? Acho que é um engano, sou S/n S/s.

-Oh, não foi! Estou aqui para te buscar, vamos!?

Assinto e sigo a garota desconhecida. Acabo rindo mentalmente por conta de seu sotaque que acaba sendo extremamente adorável.

A desconhecida me leva até um carro, onde eu hesito mas acabo entrando.

Jisoo dá partida e assim o automóvel começa a vagar sobre a cidade.

-Para onde estamos indo?

Jisoo me olha pelo espelho e sorri.

-Para casa.

Depois dessa resposta não quis perguntar ou falar mais nada, não queria ser desagradável. Apenas coloquei meu rosto na janela e observei as ruas.

Tudo era tão lindo, tão moderno.

[...]

O caminho não foi tão longo quanto eu esperava, mas as ruas eram bastante movimentadas.

E percebi que teria problemas com esse país.

É tão frio...

Mas Jisoo percebeu que eu estava com frio e me ofereceu um casaco quente e confortável, e eu aceitei.

-Chegamos!- A voz animada da garota mais velha acabou me alertando dos meus pensamentos.

Era um bairro tão diferente de onde eu vivia. Era tão bonito.

-Gostou? Sei que é diferente do Brasil. Soube que onde você morava fazia bastante calor, gostalia de ir para lá algum dia.- A garota sorri.

Sorri por sua pronúncia.

-É realmente... Diferente.- Sorri nervosa.

Eu estou tão nervosa que estou ao ponto de quase vomitar e desmaiar.

A garota mais alta me fita e vejo uma lágrima cair em seu rosto, e logo ela se aproxima.

-Você é tão linda!- Ela me abraça. Já era a segunda vez só naquele dia que ela me abraçou. Acho que ela é uma exceção, deve gostar muito de abraços.- Não fica nervosa, vai ficar bem você.- Ela limpa sua garganta.- Você vai ficar bem!- Corrige sua fala.

Jisoo desfaz o abraço e eu a sigo. Paramos em uma porta grande de madeira. Pelo barulho, havia muitas pessoas dentro.

Apenas fitei meus dedos, enquanto Jisoo abria a porta.

Deus, acho que vou morrer.

Nesse momento o silêncio reinou dentro da casa. Meu coração hora batia rapidinho, hora parava.

Entramos na casa e eu ergui meu olhar.

Jisoo disse algo que eu não entendi, ela segurava minha mala.

Haviam muitas pessoas dentro da casa, todas asiáticas e bastante simpátias. Todos sorriam para mim, enquanto eu não tinha reação alguma.

Eu fiquei em choque por tanto tempo que só retornei quando ouvi o som de algo se chocar ao chão.

Apenas levantei meu olhar.

Era ela, eu tinha uma foto dela e sabia que era ela!

Minha mãe estava ali. Depois de tanto tempo, ela estava ali.

A mulher ficou me encarando até andar e ficar em minha frente.

-S/n...- Tocou meu rosto, analisando cada parte. Sua mão tremia bastante e seus olhos estavam levemente arregalados e marejados.

Sem nem perguntar, a mulher me puxou para um abraço forte.

Eu não sabia o que fazer mas minha reação foi a mais natural possível, eu apenas correspondi seu abraço.

運命 Unmei 運命Onde histórias criam vida. Descubra agora