Rádio Part. II

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A meio metro atrás, os dedos longos da mulher apertavam a garrafa com força em uma forma nítida de descarregar os arrepios que a eletricidade do olhar de sua namorada traziam e cravavam muito abaixo das camadas grossas de suas roupas. Deixou que o líquido escorregasse por sua garganta queimando, por mais doce que fosse; logo mais acelerou seus passos e capturou o moletom que revestia o corpo bronzeado que tanto vira e, nunca cansaria de tocar, acariciar e beijar.

— Você não vai fugir de mim hoje. — Disse assim que seus corpos trombaram e pôde finalmente agarrar a fina cintura e passear seu nariz de seu ombro até seu pescoço, tendo a certeza de que alguém estava se remoendo por dentro. — Não vou deixar que você faça o que quiser comigo hoje. — Usou todo o poder de seu tom de voz grave e único enquanto sentia as curvas em suas mãos se mexerem e se alargarem, estava querendo tanto contato quanto si mesma. — Quem você acha que vai mandar nesse quarto hoje?

A pergunta foi deixada no ar como um balão de ar quente e nada teria poder suficiente do que aquela voz, naquele momento com as mãos leitosas e um tanto machucadas chegando até as coxas de Solar depois de driblar todo o vestido. Achou engraçado que até mesmo a calcinha combinava com a cor do vestido o que a segundo pensando, ficava muito bem com a cor daquela pele.

— Espero que você sabia que vai ser uma luta difícil pra me tirar desse posto. — Sorriu ela levantando os braços inquieta com os quadris esperando que alguém, ali, a levasse até onde queria; assim foi feito. O par perfeito de rendas rosa foi visto e sem muitas delongas tocado, entretanto, afastado depois de alguns segundos. — Poderia escolher o jeito fácil, não é? — Fez um falso bico enquanto ajoelhava-se na cama sempre desarrumada. — Aaah, entendo.

A garrafa de vinho foi posta no pequeno hack próximo a cama e com ela, a vontade de toma-la pra si ardia como álcool puro. Foi puxada até a beira da cama pelo sweater que ainda trajava de encontro a língua que abraçou seus lábios como se fossem velhas amigas, no fim das contas eram o que eram.

— Quero que se sinta suja. — Disse em alto e bom tom, enquanto deitava aquele corpo ali, ela sorria por outro lado, se divertia com a tranquilidade e possessividade de Moonbyul. — Yongsun.. — Chamou com fervor, como se lançasse um dardo envenenado. — Quero que saia daqui sem voz. — Pôs seus lábios ao trabalho deixando vergões roxos entre os seios médios cobertos — Você sabe como eu amo desafios, não sabe? — A barriga aonde se demorou em beijos molhados, avisando o que estava por vir. — Quero ver aonde sua extensão vocal vai.

Seguido de suas mãos acolhendo rua seios com certa força e tendo plena certeza de que algumas marcas tardariam a desaparecer, Yongsun alcançou os fios lilás e apertou-os ao mesmo tempo que moia seus quadris aos dela, querendo aquilo de uma vez por todas.

— Talvez se você colocar sua língua de rapper pra trabalhar... — Implicou a mais velha apoiando seu eixo através de seus cotovelos no colchão confortável, pensou que era a melhor maneira de tê-la e não estava errada. Os olhos de Byul se fecharam em pura ambição querendo desmentir aquele fato, não queria pisar em seu orgulho lésbico.

Se existia algum ar dentro daquele quarto, foi se esvaziando e dando lugar a uma pequena faísca que nascia do contato dos dentes pequenos da mais nova marcando a parte interna das coxas de Solar, desejando com toda a força aos céus que pudesse não apenas alivia-la, mas sim pôr mais lenha naquela fogueira; fez por onde e até deixou um sorriso escapar quando deslizou a peça íntima para baixo, deixando que o perfume natural se espalhasse pelos lençóis e estotejasse por dentre os lábios visivelmente úmido a quem tinha total acesso agora. Aproximou seu rosto fazendo após retirar sua camisa com certa lentidão, como se fosse um pequeno striptease, queria que seu sol sentisse na pele de volta, toda as sensações que já a fizera sentir uma vez.

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