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Jack G

Quando vejo a Max chegar com o Matthew eu fico surpreso. Sabia que eles eram amigos, mas não sabia que era ao ponto de levar para conhecer seus amigos. Será que eles estão juntos?

Mas na verdade, o que isso importa?
A Max é uma garota legal, bonita, talentosa, gentil e é completamente compreensível que alguém já esteja interessado por ela.
Meu instinto protetor grita.
Ela é filha da melhor amiga da minha mãe, eu não posso deixar nada de ruim acontecer com ela.
Mas nesse momento, eu não tenho condições de proteger alguém.

-Jack, está tudo bem?- ela pergunta, quando a roda gigante começa a se mexer.

-Sim, claro. Por que não estaria? -sorrio forçado.- Puta que pariu.-digo e fecho os olhos, segurando firme no bastão de ferro que era a nossa única segurança.

-Você está com medo?

-Não, pff. De onde tirou isso? -continuo com os olhos fechados e ela da uma risadinha baixa.

-Se quiser, pode segurar minha mão.

Penso um pouco e logo direciono minha mão para a dela, ainda de olhos fechados.

Ficamos em silêncio constrangedor por uns segundos, mas ela quebra.

-O meu pai fazia isso comigo quando eu era pequena, quando eu tinha medo. Ele dizia que eu poderia abrir os olhos, que nada de ruim iria acontecer. Eu não dava muita bola no começo, mas sempre que abria os olhos, eu ficava encantada com o que eu via. -ela aperta um pouco a minha mão.- Jack, pode abrir os olhos.-ela passa levemente o dedo pela minha palma.

Abro os olhos no minuto em que a nossa cabine para no topo. Vejo ela sorrir com aqueles óculos redondos e grandes para o seu rosto pequeno. Olho ao redor e vejo a cidade iluminada; realmente, é algo lindo.

Olho para nossas mãos juntas, olho para o seu rosto que observava toda aquela imensidão.
Ela parecia não se importar com nada. Nem com as nossas mãos juntas, nem com nada.

A roda gigante volta a andar e ela sai do transe. Olha pra mim e da um sorriso. Retiro levemente minha mão da sua e olho para baixo.
Isso foi.. estranho.
Estranhamente bom.

Não trocamos uma palavra, até que finalmente o nosso passeio acabou. Descemos e encontro o Shawn juntamente com o Matthew e a Madison.

-Porra, nem guindaste.- Max diz baixinho e olha em direção ao Shawn.

-Nem guindaste o que, Max?- pergunto.

Ela faz uma cara de espanto e sua boca perde a cor.

-E-eu disse isso alto?- ela olha em pânico.

-Disse. Sobre o que estava falando?

-Nada, é besteira. -Ela ri.

-Obrigado... sabe, por me ajudar lá. -sinto meu rosto queimar um pouco. Porra jack, o que tá acontecendo?

-Oh, sem problemas. Sempre que precisar.- ela faz menção em levantar a mão e eu bato, em seguida ela fecha o punho e eu me enrolo um pouco com talvez uma nova batida que ela esteja criando.
Estranhamente fofa.

-Amor, estou cansada. Podemos ir?- Madison atrai minha atenção e eu dou tchau para todos, indo em direção ao carro com a minha namorada.

Entro e ligo o motor. A Madison parecia distante.

-Aconteceu alguma coisa?

-Jack, precisamos conversar.

-Eita. -arqueio uma sobrancelha.- O que houve?

-Jack, preciso que me entenda. Minha menstruação tá atrasada dois dias e hoje eu vi meu almoço revirado por inteiro no vaso naquela hora em que eu precisei ir ao banheiro.

Engulo seco.

-Onde quer chegar com isso?

-Quero chegar onde te vejo tendo maturidade para ser pai. Eu não sei se estou, eu só to dizendo que se eu estiver, vamos precisar mudar muitas coisas.

-Porra. Como isso foi acontecer? A gente sempre se protegeu, Madison. Eu só tenho 18 anos e você também. Como vamos lidar com uma criança sendo que ainda nem terminamos o ensino médio? Como eu pude fazer isso com a gente? -passo a mão pelo meu cabelo, nervoso.

-Calma Jack. Não é nada certo, fica calmo. Você não tem culpa sozinho.

Bufo e acelero o carro. Deixo a Madison em sua casa e volto para a minha. Subo as escadas correndo.
Bato a porta do meu quarto e me jogo na cama.

Mas que porra.

Meus pensamentos viajam na Madison repetindo aquelas palavras insanas.
Isso não é possível!
Como eu vou cuidar de uma criança quando eu mal sei cuidar de mim?
Porra, eu tenho medo de roda gigante!
Eu não vou poder falar para o meu filho que está tudo bem se ao mesmo tempo eu vou estar tremendo de medo.
Eu não sou como a Max.
Max.
Ela foi tão gentil comigo, agiu como se me conhecesse há tanto tempo.
Hoje eu pude conhecer mais um pouco dela, e cada vez mais eu me surpreendo. Adoraria ter ela como amiga.
Porra, no que eu to pensando?
Foda-se a max, eu posso ter UM FILHO.


~
Olá bonanoche
Quentinho aí pra vocês.
Comentem o que vocês estão achando.
Ah, e obrigada por apoiar a fanfic, Larissa.
Hoje só saiu capítulo novo por sua causa

E, gente; pasmem-se.

Eu AMEI ESSE CAPÍTULO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS
AMÉM JACK GILINSKY

Violin. // Jack G.Onde histórias criam vida. Descubra agora