Stephanie Strange (⚠️EM REFORMA⚠️)

Capítulo 2

—Eu acho melhor você não saber – Minha mãe responde com um tom de medo e preocupação

—Por que não?

—É para o seu próprio bem e segurança

—Eu só vou ficar realmente bem quando souber o nome do meu pai e por que para a minha própria segurança? Por que saber o nome do meu pai poderia colocar a minha segurança em risco?

—Infelizmente eu não posso te responder

—Mãe... Por favor... Só o nome dele e eu não vou mais insistir nisso por um bom tempo

—Vicent – Ela fala rápido

—Mas esse é o primeiro nome, nome do meio, sobrenome...? – Pergunto tentando arrancar mais alguma coisa dela

—Eu só posso te falar isso – Fala se levantando e indo para cozinha —Vai querer alguma coisa?

—Não, obrigada, não estou com fome – Falo indo para o meu quarto, tranco a porta e me jogo na cama —Vicent... Acho que já ouvi esse nome em algum lugar – Pego o meu celular e mando mensagem pra Lisa

“O nome do meu pai é Vicent, mas eu não sei se é o primeiro nome, nome do meio ou sobrenome”

“Calma Stephanie! Você me joga uma bomba dessa assim do nada, nem me deixa raciocinar direito, eu eim”

“Eu acho que já ouvi esse nome antes”

“Acho que também já ouvi esse nome... AÍ MEU DEUS!”

“O QUÊ?”

“O PROFESSOR TEM VICENT NO NOME: STEPHEN VICENT STRANGE, AAAAAA. ELE É O SEU PAI, CERTEZA!”

“Será mesmo Lisa?”

“Mas é claro! Temos que fazer algo em relação á isso!”

“Mas o quê?”

“Tenta procurar algum documento nas coisas da sua mãe”

“Você acha que eu já não tentei? E outra, se a minha mãe me pegar mexendo nas coisas dela, ela me mata!”

“Não custa tentar de novo, uma pergunta... A sua mãe sai muito?”

“Só pra ir ao mercado, eu acho”

“E você vai com ela?“

“Não, fico com preguiça de sair, toda vez que ela sai ela demora muito pra voltar”

“Então você vai fazer o seguinte, primeiro: o primeiro dia que ela sair você vai no quarto dela procurar algum documento que tenha o nome Vicent, segundo: no outro dia que ela for no mercado você vai seguir ela, pra descobrir o motivo de demorar tanto pra voltar do mercado”
“Eu vou tentar, mas não garanto nada” – Ouço alguém bater na porta do meu quarto

—Stephanie, eu vou no mercado e já volto – Minha mãe diz

—Ta bom – Parece que as coisas estão indo muito bem pra mim

Fico em silêncio pra ouvir a porta principal se fechando, alguns segundos ouço a porta fechando, destranco o meu quarto e vou direto pro quarto dela e começo a procurar algo que tenha o nome Vicent

Pov’s Stephen
Tudo o que aconteceu naquela escola foi estranho, aquela garota, Stephanie, por que eu senti vontade de protegê-la de tudo o que aconteceu naquela sala? É como se eu já a conhecesse antes. E o sobrenome dela, Palmer, será que ela é filha ou tem algum parentesco com Christine? Esse sobrenome não é muito comum

—Strange! - Wong me chama, interrompendo os meus pensamentos

—O que foi Wong?

—O que aconteceu com você? Desde que voltou daquela escola está muito calado, mais do que o normal

—Não aconteceu nada de importante Wong – Me levanto —Não me incomode mais hoje – Falo indo em direção á biblioteca, ler é uma das poucas coisas que consegue me desestressar

Será mesmo que Christine tem alguma filha e nunca me disse? Se sim, quem será o pai dela? E se... Não, impossível, ela não me esconderia algo assim, ou seria... Ela ficou um bom tempo fora do hospital, e um tempo antes de sair do hospital ela estava muito estranha comigo —O que está me escondendo Christine – Pego um livro. Se ela não vai me contar o que está acontecendo, eu mesmo vou descobrir a verdade.

Pov’s Stephanie
Pego uma caixa que estava embaixo da cama, a abro e começo a procurar o tal documento, tentando deixar o mais organizado possível, pra ela não desconfiar de nada.

Alguns minutos depois encontro um envelope lacrado do hospital que ela trabalha —Será que...- Minha fala é cortada quando ouço a porta principal abrindo e a voz da minha mãe, parece que ela está falando com alguém.

Corro contra o tempo, coloco os documentos de volta na caixa, a fecho e a coloco embaixo da cama, ouço a voz da minha mãe se aproximando da porta do quarto, sem pensar muito resolvo ficar embaixo da cama. Foi questão de segundos e ela entra no quarto

—Então, eu preciso te contar algo, já faz muito tempo que estou para falar isso, mas só agora que estou com coragem pra te dizer... Sim, é sobre o meu afastamento do hospital há quinze anos atrás, pensei que não se lembrasse mais disso, quando vou poder te ver?... Ok, por mim tudo bem... Tchau

Com quem será que ela está falando? Será que é com o meu pai? Eu preciso saber isso e quando e onde ela vai se encontrar com essa pessoa.

Ouço a porta do banheiro do quarto dela se fechando e o chuveiro sendo ligado. Aproveito a oportunidade e saio rapidamente do seu quarto e vou direto para o meu quarto. Resolvo ligar pra Lisa, eu estava tão nervosa que nem conseguia digitar

"—Oie Stephanie, conseguiu descobrir alguma coisa?

—Então, a minha mãe saiu, eu fui no quarto dela, encontrei uma caixa e dentro dela tinha um envelope lacrado do hospital onde ela trabalha, mas...

—Mas o quê?

—Ela entrou no quarto e eu tive que guardar de volta o envelope
—Ela te viu?

—Não, eu fui rápida, mas eu ouvi ela conversando no telefone com alguém

—E o que ela falava?

—Ela dizia que só estava com coragem de contar o motivo do afastamento dela no hospital a quinze anos atrás agora, e marcou de se encontrar com ela, mas eu não sei quando, onde e nem com quem ela vai se encontrar

—Provavelmente ela vai se encontrar com o seu pai

—Ou não

—Stephanie! Para de ser tão chata e pessimista!

—Eu estou sendo realista!

—Você precisa seguir ela!

—A minha mãe provavelmente vai se encontrar essa pessoa quando eu estiver na escola, é o que qualquer um no lugar dela faria o mesmo

—Nisso eu concordo com você

—Bom Lisa, a gente se fala amanhã, tchau

—Tchau" – Desligo

Entro no meu banheiro e resolvo tomar um banho rápido. Logo depois, como não tinha nada pra fazer, mesmo sendo cedo, oito horas, resolvo ir dormir, esse dia foi muito longo e confuso também.