Quando meu mundo desabou...

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Bom... Eu tinha arecém formado meus 18 anos de idade, quando percebi que algo estranho estava acontecendo comigo. Sentia fortes dores no corpo, meu nariz sangrava e etc. Bem, eu não ligava muito pra isso, até porque eu sempre fui muito cerelépa e sempre me machucava, então achei que alguns desses sintomas era por causa dos esportes que eu fazia, e quando eu brincava com as crianças da vizinhança. Sim eu com 18 anos brincava com crianças, bom, é que a alegria delas é muito contagiosas e o jeito que são sinceras e inocentes me lembrava muito meus amados 7 anos. Mas enfim, logo fui percebendo que mesmo eu não brincando ou jogando, meu nariz ainda sangrava muito, e como sou uma garota teimosa resolvi deixa isso de lado e não conta para meus pais, pois não queria muito eles no meus pés, até porque meu pai é medico, então ai vocês ja sabem o nível da proteção, a cada ralar de joelho é uma bíblia de proteção e preocupação pra cima de mim.

Já havia se passado uma semana e os sintomas continuaram, começei a me preocupar com isso e resolvi contar para minha mãe sobre as dores, sangramentos e os demais sintomas. Assim que acabei de falar, a mesma teve uma reação um tanto quanto preocupante (o que já não seria novidade) ela se levantou do sofá e foi busca seu telefone e assim discando um número e logo falando algumas coisas quando a chamada foi atendida. Logo minha mãe encerra a chamada e vem até mim novamente com o mesmo olhar preocupante de antes.

–Querida, vá se arrumar que vamos da um passeio – Eu apenas concordo e subo depressa.

         20 Min depois        

–Mãe, tô pronta vamos? – digo sorrindo

– A-ah sim, sim vamos querida – Ela fala um pouco distraída

[...]

– Mãe, porque a senhora me trouxe aqui? A senhora sabe mais do que ninguém que odeio esse lugar – digo me referindo ao hospital, afinal quem gosta de um lugar aonde tem pessoas sofrendo, morrendo e doentes? Exato, NINGUEM!!

– Nós vamos entra e falar com seu
pai sobre essas coisas que você esta tendo, depois vamos tomar um sorvete o que acha?

–Hm... Só vou aceita a proposta por causa do sorvete – Digo sorrindo

  Eu não gosto de hospitais, eles me lembram a minha infância, quando pequena vivia doente e sempre estava no hospital, não gostava de nada de la, bem pelo fato que eu disse antes (pessoas morrendo, sofrendo e blá blá bla), mas ainda bem por graças ao bom Jesus Cristo eu parei de ficar doente e nunca mais precisei ir ao hospital... Bom, pelo menos até agora.

  Nós adentramos no hospital, ficamos esperamos meu pai termina de atender o último paciente que ele tinha antes do almoço, quando ele acabou eu e minha mãe entramos na sala do mesmo.

–Ooi minhas princesas, pode se sentar na maca tampinha – Meu pai diz com um pequeno sorriso sem graça

– Tá bom pai, mas eu já sou bem grandinha pro senhor me chamar assim né – Falo me sentando na maca – Agora me fala, o que eu tenho?

– Tua mãe me ligou e falou sobre o que está acontecendo com você, eu não tenho certeza do que é mas pra sabermos se é verdade vamos fazer alguns exames, tudo bem pra você?

– Sim, por mim tudo bem, mas o que você tem em mente do que eu posso ter?

– Depois dos exames e quando tivermos certeza de tudo, nós vamos falar a você, tenha calma querida, não quero te dar falsas notícias. 

– Aaii, tá bom – Falo emburrada

  Depois de algum tempo fazendo todos os exames necessários que tinha que fazer, meu pai logo aparece com uns papéis na mão e uma cara meio abatida, minha mãe mãe abraçava forte, acho que com medo da tal coisa que eu poderia ter.

– E aí Pai? O que eu tenho? – pergunto um tanto que ansiosa e também com um pouco de medo

Olhei nos olhos de meu pai e percebi que estavam marejados, o mesmo veio até mim me abraçando fortemente junto de minha mãe, nesse mesmo instante começei a ficar muito preocupada com a ação e reação de ambos. Eu sem entender o que estava acontecendo não correspondi, depois de alguns minutos meu pai limpou as bochechas húmidas de suas lágrimas e logo após me olha.

– Pai, o que tá acontecendo? Porque vocês dois estão assim? Vocês estão me deixando preocupada – Falo com a voz trêmula

– Pequena, você está... Com... – Ele para sua fala pois suas lágrimas insistiam em descer pelas suas bochechas –...Com Câncer... Câncer de Mama– Ele joga a bomba

Eu não tive reação nem uma, naquela hora, paralisei e as palavras de meu pai não paravam de ecoar na minha cabeça

– N-não pode ser, os exames devem ter dado errado, os faça novamente – Falo um pouco alterada começando a chorar – Não é verdade... Pai, me diga... me diga que isso não é verdade... por favor – Sussuro a ultima palavra

– Oh minha querida... infelizmente isso é verdade – Ele fala ainda tentando conter algumas lágrimas

E foi ai, Quando meu mundo caiu.... Minha vida mudou e minha esperança toda acabou

[...]

     1 mese havia se passado, meu pai fazia de tudo pra me manter longe do câncer, não lembro de quantos remédios e quantos tratamentos fiz todo esse tempo... Mas o pior nisso tudo foi que eu perdi muitas coisas que não queria, meus "amigos", namorado, cabelo, felicidade, liberdade e a vontade de viver. Logo logo, perderei o seio tambem... Mas na parte "Vontade de viver" eu nem preciso mais me preocupar já que provavelmente e a qualquer momento eu posso morre...

   Enfim, hoje eu finalmente recebi alta, fui com minha Mãe pra casa. Chegamos e a primeira coisa que eu fiz foi tomar um banho pra tirar aquele cheiro horrível de hospital de mim, vesti um vestidinho simples ja que estava um pouco quente lá fora, peguei meu celular e fones, sentei na calçada e coloquei uma música, olhando para o céu distraida até que um gatinho muito fofo branco e de olhos castanho claro veio até mim pedindo carinho.

– ham?? Aah, Ooi pequenino, o que faz por aqui, hu? Ta perdido coisa fofa? – Pego o pequeno animal no colo – Cadê seu dono? –  Olhei para o pescoço do gato pra ver se encontrava alguma cólera de indentificação, mas não tinha coleira nem nada – Você é um gatinho de rua? Nossa, é bem raro aparecer animaizinhos de rua em bairro de classe media – Falo pensativa – Tá com fome? – ele mia – Vou entender isso como um sim, calma pequeno já volto – vou até a cozinha e pego um pedacinho de peixe escondido da minha mãe, esquento um pouco e coloco num potinho, pego outro potinho logo colocando água e volto pra fora. O gatinho tava se enrrolando na grama de um jeito tão fofo – que bom que você ainda está aqui pequeno – coloco a comida no chão e ele começa a comer – Ta gostoso pequeno? – Sorrio e ele se deita no meu lado – Eu só não te pego no colo, porque meu pai tem alergia a pelo de gato, desculpa pequeno – Ao falar isso ele vai embora – Eu mal te conheci e você ja foi embora como todos os outro... – Suspiro e  pego os potinhos logo adentrando dentro de casa, lavo os potinhos, seco e guardo, como alguma coisa e em seguida vou para o meu quarto, coloco um pijama escovo os dentes e deito na minha cama, fico mechendo no meu cllr até pega no sono.

 Meu Vizinho é um GatinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora