PILOTO

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– Senhor Zain?? Está acordado? Está na hora de irmos. Exclamou com cautela uma das servas ao bater na porta do meu quarto 

– J-já estou saindo!! Um momento. 

Eu já estava pronto há muito tempo como de costume, mas gosto de provocar a Ana, fazendo ela esperar mais um pouco, e ela não gostava disso, ela costuma dizer que o atraso é o meu único defeito, gentiu não? Às vezes ela me trata como um irmão mais novo, gosto disso, da ideia de poder ter uma irmã mais velha. 

– Bom dia pai, bom dia mãe, estou de partida para as compras, até mais. Cumprimentei rapidamente. 

– Bom dia filho, tome cuidado. Disseram ambos com preocupação. 

Meus pais se preocupam demais comigo, aliás sou filho único, acredito que esse seja o principal motivo de toda essa proteção em cima de mim, me surpreende que me deixem sair de casa, eles acreditam que sou o futuro da família, aquele que vai levar e garantir que o nome e o prestígio da nossa família continue por mais gerações futuras, até me perguntam sobre ter filhos, é inútil discutir com eles, então, apenas respondo com um "em breve"

Descendo as escadas, e já chegando no último degrau, vejo os portões abertos, podia ver que era mais um belo dia ensolarado, era sábado, o dia em que eu tinha permissão para sair,  Ana me levava para fazer as compras semanais justamente por isso, esse era o único dia da semana em que eu podia respirar o ar da cidade e ver coisas novas, além da minha família, e isso era um saco.

– Senhor Zain?? Estamos de partida, o Fabrício não vai esperar mais, aumente os passos por favor.

– Pelos céus, já estou indo, não são nem 08:00 am e já estão com pressa, não quero nem conhecê-los quando tiverem a idade do meu avô.

Aumento os passos e para felicidade dos ansiosos, já podíamos ir a cidade, lembrei-me que é por lá que moram dois de meus bons amigos – bom, temos uma amizade diferente, digamos assim – em uma noite, há um ano atrás, no meu aniversário de 17 anos, pedi para meus pais que deixassem o Yuri (no mesmo dia que o conheci) dormir conosco, era um dia especial, então eu podia pedir qualquer coisa, e fiz bom uso daquele dia, ah como eu fiz. 




Hoje é meu décimo sétimo aniversário e o meu líbido só crescia, precisa me divertir com alguém, mas precisa arrumar algum jeito de não ser o centro das atenções.

 Não gosto da idéia de chamar muita gente, mas eles insistem nisso, bom, não posso decidir quem chamar na minha própria festa, mas os presentes valem a pena, e com toda essa gente no mesmo lugar, meus pais e os outros não tinham como me vigiar, espera um pouco... " não podem me vigiar " É ISSO, era esse o momento perfeito para aquilo - mas com quem? - preciso andar mais uma vez pelos cômodos e corredores. 

– Sr. Zain? Seu avô solicitou sua presença no quarto dele

– Mas o que ele quer? Não pode vir até aqui? se fosse algo importante não mandaria que me chamasse, viria ele próprio. 

– Apenas cumpro orden, senhor, por favor, ele lhe chama. 

– Pois diga a ele que eu… — ESPERA, o quarto dele fica no terceiro andar, o que significa muito caminho para fazer —  Quer saber? Não fale nada, eu vou, ele é meu avô não é mesmo? Tenho que ir quando me chamar, obrigado Ana. 

Subindo as escadas, estava no segundo andar, não via nada mais que senhores e suas esposas, bebendo dos nossos vinhos e comendo de nossa comida, nem estavam aqui por mim, aproveitadores, quer saber? Não ligo, deixe que se divirtam, afinal, servirão para de distração por essa noite, a noite de glória. 

IMMORTALSOnde histórias criam vida. Descubra agora