Conversamos mais um pouco, para deixar a situação menos estranha o possível, naquele pequeno tempo, pude perceber que ele era um cara legal, disposto a trabalhar dia e noite por seus pais, e que era bastante simpático também.
– Você é um cara legal, foi bom saber disso, me deixa mais aliviado.
– Que bom que que pensa assim, espero que possamos nos ver outras vezes, em outras circunstâncias sabe…
– Quem sabe…vamos? Disse ao me levantar
Eu soube o necessário naquele momento, o bastante para que eu pudesse confiar nele, então pedi para que deixasse o resto comigo, e então decidimos entrar porque caso meus pais descobrissem que eu tinha saído sem avisar, mandariam dois exércitos atrás de mim sem pensar duas vezes.
Já são 22:55 pm, faltavam apenas 5 minutos para o fim da minha festa, precisava fazer o xeque-mate e completar o meu plano, e passar pelo meu obstáculo mais difícil, os meus pais. Eles já estavam se despedindo dos últimos convidados, com aquelas baboseiras de sempre "Desculpe por qualquer coisa", "Obrigado por virem", essas coisas tolas.
– Pai? mãe? Lembram que hoje tenho direito a um pedido? Sobre isso, eu fiz um amigo, o… — pelos céus, como fui capaz?? Com tudo que aconteceu, acabei não perguntando o nome dele —
– O...Pedro, e o convidei para que dormisse aqui, para fazer coisas de garoto, apenas por hoje, tudo bem né???
– Amigo?? Tudo bem filho, hoje é o seu dia, mas não quero ter que levantar no meio da noite para dar sermão em vocês dois, vá chamá-lo para confirmar tudo com ele.
– OBRIGADO. Dei dois beijos na bochecha em cada um e sai andando tranquilamente, tentando ao máximo controlar meu ânimo.
Estava tudo indo bem, assim como planejei, bem até demais, parece que meus anjos estavam de bom humor hoje e decidiram finalmente dar um empurrãozinho na minha vida para me ajudar. Fui contar tudo para o "bobão", ele parecia ansioso e feliz, até me roubou um beijo??
– Aqui não! Tá maluco? Murmurei e o empurrei discretamente – Tenha calma meu rapaz, a nossa noite apenas começou, não quer estragar tudo agora né?
– Desculpa...foi instinto, não aguento mais esperar...quando vamos para o seu quarto?
– Logo, assim que todos saírem, aliás, já contou para os seus pais, que vai dormir fora?
– Já sim, fizeram um pequeno questionamento, desde quando que éramos "amigos", mas como você é filho dos Dinpis, então eles deixaram logo em seguida, sem pensar duas vezes.
"Filho dos Dinpis"? E as vantagens não param, deveria imaginar, a reputação que meu sobrenome carrega, facilita muitas coisas na minha vida, e uma delas é sobre a confiança do povo com minha família. A hora se passou, e não restava nenhum convidado, com excessão do "Gabriel", era notável que borboletas brincavam na minha barriga, eu ainda sou virgem afinal de contas, não dá para ficar totalmente pronto para algo que nunca fez, mas é praticamente que se aprende não é mesmo.
Havia chegado o momento, estávamos subindo as escadas bem mais devagar do que eu queria, pareciamos dois robôs, programados para esconderem o que sentiam, mas enquanto íamos em direção ao meu quarto, uma surpresa aparece e nos interrompe.
– Sr. Zain?? Seu pai me encarregou para ficar de olho em vocês dois, espero que não quebrem nada ou se machuquem.
– A única coisa que podemos quebrar é a cama. Cohichou em meu ouvido. Dei uma cotovelada em sua barriga, mas soltei uma risada sem graça sem querer.
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IMMORTALS
RomancePrólogo Mais uma vez eu sentia sua presença, mais uma vez ele veio me visitar, no começo não enxergava mal algum naqueles sonhos, era como se eu tivesse arranjado mais um amigo, alguém que pudesse compartilhar tudo sobre mim que não sairia uma pala...