Nota: Todos os capítulos serão narrados pela Lisa, caso contrário vai ter escrito no início "Pov: * nome do personagem *"
É isso, espero que gostem, minha primeira vez aqui então kk é, é isso
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O tempo certamente passa mais rápido do que eu posso notar. Os primeiros feixes de luz alaranjada que atravessam a minha janela e encostam na superfície, até então fria, da minha mesa me avisam que o tempo passou e o sol mais uma vez fez sua sublime aparição que poucos prestam atenção.
E então descruzar minha pernas que haviam passado toda a gélida noite na mesma posição foi uma ação difícil de se iniciar, mas mais difícil que isso foi sentir meus dedos quentes irem contra a superfície glacial que o chão representava no momento.
Me dirigir a cozinha na ponta dos pés em passos lentos e pequenos não representou um grande empecilho e tomar a minha porção diária da droga viciante que a cafeína representava para mim foi menos difícil ainda.
A verdade é que a dificuldade só se fez presente de novo no meu dia no momento em que me vi obrigada a abrir a porta da frente e, por mais que ao alvorecer da manhã, o sol forte se chocou com meus olhos ainda pouco acostumados com a luz.
[...]
Ouvi uma voz rude chamar o meu nome e quase como um reflexo me virei nessa direção, e então por um balanço de crachá e um barulho agudo e inconveniente que só aquelas pulseiras que ele insistia em usar faziam eu reconheci de quem se tratava.
Me deixei levar pela raiva acumulada que sentia por ele e permiti que suas palavras passassem despercebidas enquanto meus olhos divagavam pela cena que ocorria atrás dele: você atravessava a porta de forma tão sublime quanto o sol atravessava o horizonte todas as manhãs, e a sua aura de cor alaranjada como os primeiro raios solares ao amanhecer sabia bem do que eu falava.
E então foi mais doloroso do que deveria ser puxada de volta a realidade pela prancheta cor magenta que acertou minha testa por onde minha franja de tom amarelo vibrante recaia descansada, muito ao contrário de mim naquele momento.
Mas antes que eu pudesse notar, ou mesmo que o dono da prancheta pudesse falar algo, meus olhos já haviam voltado a você, e dessa vez se encontrado com seus olhos, ah, seus olhos, seus felinos, castanhos e vazios olhos, tão distintos dos meus brilhosos, caninos e esperançosos olhos. Tão destintos, mas tão próximos.
Assistir você sentar graciosamente naquela cadeira moveu algo dentro de mim e eu quase pude entender os staffs correndo desesperados na sua direção para retocar seu cabelo e maquiagem, eles corriam como se suas vidas dependessem disso porque era o trabalho deles, eu correria como se minha vida dependesse disso apenas para te tocar e sentir o quão macia sua pele alva poderia ser.
Mas ao invés disso me dirigi calmamente em sua direção, eu podia ouvir a harmônia sinfônica que o barulho do meu salto e o balanço do meu cabelo faziam seguindo o ritmo do meu andado, com o qual eu tentava desesperadamente passar despreocupação e relaxamento.
Ao chegar na sua frente eu pude ter o que era provavelmente a visão mais privilegiada da minha vida e eu pude sentir o calor que você emanava e o tom acolhedor que você queria extremamente transmitir com um sorriso de mesmo tom, mas seus olhos continuavam vazios. Quando você pegou o roteiro que estava em minhas mãos, foi então que nossas peles se tocaram e eu pude sentir a leveza do seu toque. Mesmo que só por um breve momento, mesmo que só na pontinha dos meus dedos.

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Falling In Autumn Vibes [ Jenlisa ]
Teen Fiction"Eu assisti você jogar seus cabelos brilhantemente para trás em sequência os passando por trás das suas orelhas alvas, e que agora se encontravam em um tom bonito de pêssego pelos elogios repulsivos que o apresentador dirigia a você, que não podia f...