A vociferação apócrifa.

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De quando em quando, eu gosto de pensar com os meus botões a razão pela qual a Alemanha derramou milhares de litros de sangue. Presumo que os pensamentos enfermos de Hitler e aquela falsa sensação de Eugênia que, supostamente, salvaria todo o povo alemão, tenha concebido uma mão que sequer existia para uma nação que estivera em frangalhos & a um povo carente, que acabara de sair da grande de guerra.

Uma carta, um adendo e a convocação para reivindicar o "que eram deles por direito".

A carta foi diretamente entregue por um membro do partida nazista. A carta estava agrilhoada num invólucro legítimo do nazismo, tendo aquela famigerada águia que estava sob o símbolo da suástica.

Suas mãos pesadas e viris tomaram posse daquela carta. O papel era frio, ele refastelava-se em seus palmos como se fosse feito da própria neve que lambia o chão naquele inverno abrupto alemão. O esgar de ambos ocorreu em um fitar, quase que instintivamente.

- Führer? - Tomas sequer pôde desperdiçar seu tempo esquadrinhando as feições daquele membro do partido nazista, dessarte, ele houvera optado por abdicar da fumaça que fomentava seus pulmões mediante aos charutos tradicionais dos quais ele fumava quase que ininterruptamente e analisar a carta que a si fora concebida.

- Ja, sim. - A princípio, o rapaz era dotado de feições caucasianas e rés. Discrepante de Tomas, aquele rapaz manifestava uma voz um tanto quanto tênue, o que era marca registrada da mocidade. A algum motivo, era de praxe os membros da juventude Hitlerista serem submetidos ao entregue de cartas, ao menos, naquela cidade.

 Mesmo com a devida identificação que se disponibilizava em seu uniforme, o veterano de guerra Tomas Müller não pôde esquadrinhar o termo que perfilava-se em sua plaqueta de oficial. A neve vetava aquilo e, por mais que ele se esforçasse, nada passava de um "a" borrado. Inconspícuo ou não, aquilo sequer lhe concernia.

- Ah, claro que é. - Franzindo o cenho e fazendo seus lábios penderem de supetão, ele abriu aquela mesma carta e se atentou aos vossos versos.

Carta redigida a próprio cunho pelo Führer, alguns dias antes da invasão a Polônia.

Povo alemão, aqueles malditos vermes preguiçosos ocupam o que é nosso por direto. A Polônia por ser populada por nossos irmãos de sangue pura, é nossa. Basta de humilhações, chega de tratados que são um puro ultraje e um tratado que é um tapa na cara do povo alemão. Quebrando o maldito tratado de Versalhes, iremos invadir a Polônia daqui alguns dias.

Adolf Hitler, 1936, dia 26 de agosto, quarta-feira.

- Claro, ótimo. - O simulacro de anuição em suas feições era gritante. Se desejos se tornassem realidade, Tomas mataria Hitler em alguns cruzados consecutivos. - Não tenho opção, diga a ele que eu vou, ja?

 O rapaz deu de ombros e saiu, trotando lentamente. Ele não parecia ter pressa, afinal, ele não receberia porcaria alguma por conceber cartas a veteranos de guerra.

 Por pura displicência, eu acabei claudicando e, esquecendo de prescrever o físico de Tomas Müller. Mas, eu o farei, por mais que não fará discrepância.

A estrutura corpórea de Tomas pautado a versos e outras questões.

Tomas Müller não era totalmente alemão. Seu pai era Russo, morreu lutando por Stalin na revolução Russa de 1917. Sua mãe, era judia, nascida originalmente na Alemanha. Seu pai, Bóris Vassiliev, era veterano da primeira guerra mundial, idem a seu filho. Sua mãe, Evelyn Müller morreu na Alemanha, em Molching, de gripe espanhola. Por ter convivido com Tomas & Bóris, ambos acabaram sobrevivendo de tal enfermidade, sendo que, na verdade, foram eles que trouxeram a doença até ela.

A respeito ao físico de Tomas, ele era dotado de 1.80 de altura. Sua barba justa e prateada refastelava-se em sua adjacência labial, percorrendo a questões de seu maxilar e ficando um pouco abaixo de seu queixo. Seu bigode retinha o molde do de Stalin, ele o achava um grande homem, mas morreria antes de ver suas atrocidades. Por inúmeras questões Hereditárias russas, ele possuía um corpo viril e estoico, mas tinha uma barriga que contava seus quarenta anos de história - não era tão grande, mas ele parecia um urso.

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⏰ Última atualização: Jun 11, 2020 ⏰

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Os versos nunca correspondidos de Tommy.Onde histórias criam vida. Descubra agora