I'll make it the same

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     Por algum tempo tudo que se ouviu foi o silêncio e, por fim, Hyungwon preferiu dizer:
     — Eu já disse que não temos o que conversar! Vai em bora e me deixa em paz! — Gritou ele em resposta do lado de dentro.
     — Tudo bem, eu vou sentar aqui e esperar até que você resolva abrir a porta pra mim. Não vou embora. — Disse. E ele realmente sentou no chão encostado na parede ao lado da porta.
     Horas se passaram mas Hoseok não se levantou, ele ficou ali, esperando pacientemente, do lado da entrada.
     Dentro do apartamento, Hyungwon sentiu o coração acelerar quando ouviu a voz dele. Por algum tempo, ficou imóvel, então tirou o cobertor de cima das pernas e começou a andar de um lado pro outro. Ele ainda não queria falar com Hoseok ou olhar para ele, mas, ao mesmo tempo queria muito abrir aquela porta. Talvez para desferir um tapa no rosto dele ou talvez só ouvir o que ele tinha a dizer.
     Continuou a andar do sofá até a mesa, da mesa de volta pro sofá diversas vezes. Provavelmente Hoseok iria embora, se ele demorasse o bastante, o homem iria para casa e ele não precisaria escolher entre bater nele e ficar parado. Depois de muitos minutos, ou horas talvez, ele não sabia ao certo, Hyungwon foi até o guarda-roupa e abriu a gaveta onde guardou o jeans rasgado. Encontrou uma sacola de baixo da cama, pegou a peça de roupa, dobrou e colocou com cuidado no fundo dela.
     Antes de abrir a porta, ele pensou mais uma vez se aquela seria mesmo uma boa ideia. Porém, pensando racionalmente, depois de tanto tempo, Hoseok ja teria ido embora e, se não tivesse ido, Hyungwon apenas abriria a porta jogaria a sacola e fecharia muito rápido. Assim, não corria nenhum risco de ver o rosto do outro. Então ele abriu a porta devagar e viu Hoseok sentado.
     Como planejou ele jogou a sacola em cima dele e puxou a porta com uma rapidez incomum. Entretanto, um grito foi ouvido e Hyungwon abriu a porta de novo pra encontrar Hoseok assoprando a mão.
     — Meu Deus! Hoseok, você tá bem? — perguntou desesperado enquanto se abaixava para segurar a mão alheia.
     — Poderia estar melhor se você não tivesse batido a porta nos meus dedos. — respondeu.
     Hyungwon o puxou para dentro de casa e fez ele se sentar na bancada da cozinha. Primeiro, colocou água com gelo em um pote para Hoseok por o dedo machucado, depois, pegou um copo para Hoseok beber.
     — Desculpa... eu não vi sua mão. — pediu com sinceridade. O outro assentiu em resposta. — Você estava la há quanto tempo?
     — Algumas horas. — o mais velho respondeu casualmente.
     — Você é louco!
     — Claro que sou. Eu sou louco por você. — ele piscou para Hyungwon, que abaixou a cabeça em seguida. — Será que agora você vai ouvir o que eu tenho pra te dizer?
     Depois de pegar uma panela e colocar água pra ferver, Hyungwon sentou em uma cadeira de frente para Hoseok e assentiu lentamente. Mesmo que tivesse evitado o mais velho a todo custo, ele sabia que precisava ouvir a história, ele queria entender.
     Hoseok abaixou a cabeça e começou a contar tudo que tinha acontecido. Iniciando pelo momento em que a aula acabou e Hyunwoo se aproximou para falar com ele. Disse que o garoto tinha se declarado e ele tinha tentado negar, falar que não correspondia, porém, em uma atitude impensada, Hyunwoo resolveu beijá-lo.
     Antes de deixar Hyungwon digerir aquelas palavras, Hoseok também reafirmou para ele todo o amor que sentia. Hyungwon era sim a vida dele e ele senria que precisava lembra-lo disso sempre.
     O mais novo agora estava concentrado no lamén. Mas Hoseok sabia que ele tinha escutado, muito bem, cada uma de suas palavras. Ele tirou a mão machucada do pote de água gelada e desceu da bancada enquanto o amado desligava o fogo.
     — Você... me perdoa, Wonnie? — pediu abraçando por trás a cintura do mais alto e beijando-lhe a nuca.
     Hyungwon continuou em silêncio por mais um tempo, sentindo o corpo de Hoseok colado no seu. Ele não queria dizer nada naquele momento, mas sabia que precisava dar uma resposta. Então, respirou fundo e se soltou do outro para virar de frente pra ele.
     — Você disse que não foi porquê você quis... — falou devagar encarando o chão. — mas eu não sei, Hoseok. Digo, ele faz parte do seu grupo de amigos e vocês estão sempre juntos... Não sei se vai ser a mesma coisa, se eu vou conseguir ignorar.
     O mais velho levantou o rosto de Hyungwon para si e depois o abraçou. Eles ficaram ali parados por algum tempo e Hoseok não precisou dizer nada. Só aquele silêncio, e o abraço apertado, dizia tudo que ele precisava e queria ouvir. Por fim, Hoseok disse:
     — Se não for a mesma coisa agora, eu prometo pra você que vou deixar igual a antes. — ditou calmo. — Eu só não posso te perder, Hyungwon. Eu te amo tanto!
     O mais alto se desvencilhou dele e separou a comida em duas tigelas que colocou sobre a mesa. Ele puxou uma cadeira e encarou Hoseok. Um olhar doce, talvez um pouco pesado, mas indicava que Hyungwon tinha desistido de ficar longe dele.
     — Você é péssimo. Fica arrumando maneiras de bagunçar meu coração... — começou a dizer sem sair do lugar.
     — Mas você gosta... eu sei que sim... — o outro se aproximou dele o bastante para acariciar seu rosto e beijou-lhe a bochecha. — Me perdoa, hm?
     No lugar de uma resposta, Hyungwon uniu os lábios dos dois e colocou os braços em torno do pescoço do namorado. Ele não poderia ficar bravo com Hoseok, nem que quisesse. Aquele homem era sua maior força e, ao mesmo tempo, a maior fraqueza. Era estranho, mas era bom, muito bom.
     Hoseok não parou de encará-lo durante todo o jantar e isso fez Hyungwon corar. Eles estavam felizes de novo, os dois se sentiam completos. Seria esquisito se nunca tivessem uma briga sequer, acontece com todos os casais.
     O que importava naquele momento é que estavam juntos e, enquanto continuassem assim, nada poderia afetá-los. Hoseok lhe passava segurança e amor, onde quer que ele estivesse era ao lado dele que Hyungwon se sentiria em casa.

His Ripped Jeans | 2wonOnde histórias criam vida. Descubra agora