Capítulo 7: A louca da Malú

10 4 0
                                    

HÉCTOR

Saio do desfile correndo para minha sala, entro e decido ir a sala do Juan Pablo, sei que lá ninguém irá me achar. Chego a sala do Juan, sento na sua cadeira e começo a chorar, grito de raiva, levanto bato as gavetas de ferro que tem na sala com muita força e continuo a chorar de dor e de raiva. Volto a sentar, escondo minha cabeça com meus braços e a mesa e fico chorando e pensando: " Porquê sempre me acontece isso? Porquê?"

JUAN PABLO

Procurei o Sr.Héctor por todo o desfile e nada dele,ouvi por aí que tudo correu mal, eu tinha ficado a trabalhar na minha sala e decidi vir me despedir do Sr.Héctor mas não o encontro , decido ir pra minha sala pegar minhas coisas para ir para casa porque já está tarde, meu pai fica furioso quando chego tarde apesar de eu já ter avisado que hoje chegaria tarde por conta do desfile , amanhã eu digo para ele que fui embora sem despedir por causa da hora. Chego a presidência e ouço soluços e murmúrios vindos da minha sala, estranho e decido ir ver o que se passa.

Abro a porta devagar e me deparo com Sr.Héctor chorando com cabeça baixa e murmurando:

Héctor: Eu sou um merda, nunca faço nada certo(choros). Falhei até a simples tarefa de comprar a porra dos tecidos(mais choros).- Diz ele chorando muito

Caminho devagar até a minha cadeira que é onde ele está sentado e devagar pego sua cabeça e ele me olha, aí aqueles olhos esverdeados lindos com lágrimas, meu pai, aquele olhar triste pedindo socorro.
Numa atitude desesperada o abraço com força e ele se desata a chorar mais:

Eu: Sr.Héctor não chore, foi só uma batalha perdida e não a guerra.- Digo tentando o confortar

Héctor: Eu falhei Pablo, eu falhei com meu Pai, falhei com a Paola, com todos que confiaram em mim.- Diz ele triste e me retribuindo o abraço

MARIA LÚCIA

Estou procurando o canalha do Héctor para saber que palhaçada foi esta e não o encontro em lado nenhum. Decido ir pra sua sala, chegando lá ouço soluços vindos da sala da circunferência e ignoro. Mas de repente ouço uma voz conhecida:

Héctor: Pablo eu não sei o que fazer, eu não sirvo pra nada, toda minha vida foi assim, meu pai tem razão em não confiar em mim nem no meu plano de trabalho, eu renuncio a presidência da G&I. -Diz Héctor chorando

Eu: " HÉCTOR " - Penso e admiro

Decido ir a sala da gárgula, abro a porta devagar e vejo uma cena que me deixa furiosa: Héctor com olhos vermelhos ,chorando e a gárgula o abraçando.

Juan Pablo: Sr.Héctor não chore mais, o senhor merece toda confiança que lhe foi depositada, o senhor é forte e eu o admiro muito e o que aconteceu foi só uma pequena queda, mas o sr vai levantar, porque ama o que faz e é batalhador e não desiste fácil. Eu estou ao seu lado e sempre estarei, juntos vamos sair dessa , o sr vai ver, caímos mas vamos levantar mais fortes e vamos dominar o mundo. Agora limpe as lágrimas , respire fundo e relaxe, vá descansar porque amanhã é um novo dia e o sr tem que estar no seu melhor para o trabalho seguir. A vida é sempre pra frente.- Diz o balão

Quem ele pensa que é, isso não vai ficar assim. Quando quero entrar pra acabar com essa palhaçada, vejo Héctor levantar e se arranjar para sair. Decido ir para minha casa, amanhã resolvo com o balão.

JUAN PABLO

Héctor: Muito obrigado pela força Pablinho, você é demais.- Diz ele me abraçando mais uma vez, mas dessa vez rápido e saindo

Arrumo minhas coisas e também saio.

Chego em casa já era tarde, entro e o abajur da sala acende:

Lindo Por Dentro (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora