Last Dance | Vhope [Oneshot]

Capítulo Único; Last June 12th

Mais uma sadfic, já sabem o que significa... Boa leitura.

"Enquanto canto essa música
Eu voltarei para você
Se eu ao menos pudesse te ver de novo
Eu iria ouvir esta música com você
E dançaria pela última vez
Lembrando desse momento
Para sempre se for preciso
Apenas uma última dança"

— Last Dance; Bigbang

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Minhas mãos suavam e meu coração batia frenético dentro de minha caixa torácica. Era um misto de sentimentos que não conseguia separá-los por vez. Todos me atingiam enquanto eu estava trancado em meu escritório, que mais parecia uma antiga biblioteca, cheio de estantes com diversos livros já lidos por mim. 

Olhei para meu relógio de pulso só para concluir que iria me atrasar, mas não estava me importando com isso.

Era mais um 12 de junho. Sem ele.

Suspirei pela vigésima vez enquanto colocava as mãos nos bolsos da calça social e fixava meu olhar para além daqueles livros tão bem separados por categorias. 

Porém, antes que eu viajasse novamente em minha própria mente, a porta de meu escritório foi batida fracamente. 

— Querido? — era Yoona — Poderia abrir a porta, por favor? — ela sabia que somente com seu comando de voz poderia abri-la, no entanto, estaria desrespeitando minha vontade — Vamos nos atrasar…

Silêncio. Sempre era essa a minha resposta para aqueles que não conseguiam me ver.

— Se não quiser ir, tudo bem. Eu sei que esse é um dos dias em que te deixa melancólico, então irei ligar para a editora para cancelarem..- 

Sua fala foi interrompida pela abertura automática da porta, concebida por mim através do relógio – que estava ligado ao sistema da mansão – enquanto eu caminhava naquela direção. De frente a ela, fitei-a, sério – com aqueles fios brancos em meio à maioria negros e o rosto pálido e com pouquíssimas rugas –, e neguei com a cabeça. Ela apenas acenou com a cabeça e me ofereceu sua mão. Olhei-a e peguei-a à medida que saía inteiramente de meu escritório e permitia o fechar da porta. 

Quando voltei a olhar Yoona, acenei com a cabeça e sorri pequeno. Andamos de mãos dadas até descer a escada, encontrando nosso pequeno Taewoo. Larguei a mão da mais velha para me ajoelhar no chão com um sorriso largo para possibilitá-lo de me abraçar. Assim ele o fez.

— Appa vai escrever? — ele perguntou quando se afastou enquanto gesticulava com as mãos, que não condizia totalmente ao que ele falava, mas ainda estava aprendendo. 

Apenas acenei com a cabeça. 

O babá veio correndo, interrompendo a próxima fala de Taewoo, que sorriu amarelo para ele.

— Menino, você sempre dá um jeito de escapar, não é? 

— Desculpa, hyung… — fez aquela carinha de sapeca. 

— Leva ele, por favor, Jimin. Precisamos ir. — pediu Yoona. 

Dei um beijo na bochecha de meu filho mais novo antes de o babá pegar na mão dele e o levar.

Babá, a profissão, já havia sido praticamente extinta de nosso mundo atual, assim como outras funções também quando os robôs começaram a fazer parte da nossa vida. Eu detestava a tecnologia. Ela quase custara minha carreira, mas segui firme naquilo que amava, e havia muitas pessoas que não desistiram também.