1. Uma carta misteriosa...

31 3 0
                                    

O Rio Grande do Norte é um belíssimo estado, sua biodiversidade é surpreendente.Apesar que o estado é um grande ponto turístico que recebe milhões de turistas por ano, não é uma das melhores maravilhas para quem já é morador. Natal nunca foi uma cidade pacata, sempre a cidade foi marcada por ter uma serie de violência exorbitante que rondava a capital e seus interiores.

Mesmo com tanta violência, as pessoas não ligavam muito e só queria se divertir na grande Natal principalmente nos finais de semana onde a população geralmente saem de suas casas para ir ao shopping da cidade. O Midway Mall que atualmente é o maior shopping do estado sempre está cheio de turistas e moradores ao qual querem um momento de lazer.

Não muito longe dali, Miguel seguia em sua moto até seu local de trabalho. Era uma manhã calma de segunda-feira, o engarrafamento estava até curto e sem muita pressa Miguel chegava mais uma vez em seu consultório; O Consultório ombro amigo, um dos melhores consultórios de psicologia e psiquiatria da região.

Entrando pela porta de vidro escuro, Miguel olhou para os pacientes na sala de espera, sorriu e comprimento:

- Bom dia pessoal!

As pessoas o responderam de forma alegre:

- Bom dia Doutor Miguel!

Encaminhou para a atendente falando baixo:

- Nelly, tem muitos pra mim hoje?

- Tem nada, se tiver 7 é muito! Agora Karla tá bem atrasada hoje. Apesar que ela tem dois empregos, ela está muito atrasada considerando que hoje é segunda onde ela volta depois de um de uma semana de atestado; todos os pacientes dela são os mais loucos para serem atendidos! - Cochichou baixo para Miguel.

- Tente ligar para ela, se não vier remarque com o pessoal - disse e saiu para sua sala entrando ao corredor.

O corredor era grande para acomodar os próximos pacientes, nas paredes de cada sala tinha uma janela de vidro, ao final tinha uma porta paralela a outra demarcando as grandes salas. Miguel chegou em sua porta e antes de abrir, olhou a janela da sua colega; estava meio escuro além do normal, folhas e outras coisas caídas no chão. Achou estranho aquela bagunça na sala ao lado, mas ignorou entrando pra fazer seu trabalho.

Atendendo seu ultimo paciente que levou até a porta. Voltou-se ao seu computador e escreveu algumas anotações do paciente; focado ali, percebeu que Nelly adentrara em sua sala de uma forma bem inusitada, deitando no sofá com as pernas para o ar e perguntando:

- Eu não sei você, mas eu estou cansada! Remarcar todos os pacientes de Karla é cansativo demais...

- Imagino - falou enquanto escrevia - hoje a sala estava lotada.

- Nelly levantou do sofá, caminhou ao bebedouro da sala, tomou água e comentou:

- Sabe o que é estranho? Ela não deu nenhuma resposta de sua ausência...

Miguel parou de digitar, olhou para Nelly que vestia uma calça social preta com um terno feminino que deixava totalmente elegante e atraente. Colocou a mão no queixo e falou de um modo pensativo:

- Ai tem coisa! Ela não é de fazer isso... - levantou-se da cadeira desligando o computador - hoje eu dei uma olhada pela janelada sala; lá estava totalmente bagunçado, muito diferente dos padrões que ela realmente deixa nos dias normais.

- Realmente tem algo estranho. - Jogou o copo descartável no lixo e encaminhou até a porta - eu vou almoçar, recomendo o mesmo a você. Tchau Miguel!

Depois de Nelly ter saído de sua sala, Miguel arruma sua bolsa em seguida pega sua carteira abrindo-a; viu que dentro daquela velha carteira de couro preta, havia 30 reais ao qual suspirou aliviado:

- Que bom que tem dinheiro suficiente para a gasolina e almoço.

Saindo de sua sala e sozinho naquele imóvel, Miguel tranca sua porta saindo com apenas sua carteira, chaves e o celular. Assim que a trancou, olhou para trás, paralelo a sua sala, a porta da Doutora Karla estava entreaberta que qualquer vento que adentrasse, bagunçaria mais a sala do que já estava.

Abrindo a porta de sua colega de trabalho, olhou cada papel jogado e direcionou a apanha-los, selecionou tudo que estava jogado ao chão e colocou na mesa com um peso em cima. Olhou para os lados, viu que tudo estava no estilo que ela gostava. Foi ao encontro da porta, mas no momento que iria fechar, seu telefone toca inesperadamente:

- Oi Heric!

- Fala meu amigo! Tem algum lugar pra almoçar hoje?

- Sinceramente não, mas por que?

- Estou testando fazer algumas comidas aqui no bar, quero que venha prova-las!

- Tudo bem. Como é de graça, eu vou! Mas se eu tiver uma infecção alimentar... você me paga!

- Venha logo! - desligou a ligação

Colocou o celular no bolso olhando para baixo, notou que um papel ainda estava caído de baixo do sofá. Logo apanhou e percebeu que aquele papel não era um documento qualquer, aquele papel não tinha sido escrito em computador, mas sim em uma máquina datilográfica, a folha era meio amarelado dando um aspecto de velho como se fosse uma carta.

Nesta carta estava escrito em cor vermelha em maiúsculo: "você tem 72 horas para entregar US$ 1.000.000 ou Karla morrerá" Ass. LDCC. Chocado com aquela pequena declaração Miguel liga para Karla, o celular chamou até dar ocupado. Seu corpo estava suando frio, o desespero aumentava a cada ligação não atendida. Depois de cinco ligações insistentes ao número de Karla, alguém atendeu; uma voz grossa atendeu falando:

- Pra você está ligando insistentemente num período de 2 minutos, é sinal que você viu a carta deixada e sim! É tudo verdade. Se contar a polícia ela irá morrer instantaneamente. Você tem até quarta-feira!

Muito obrigado por chegarem até aqui
Por obséquio, curtam e compartilhem a Volta do Sequestro! !!

Próximo capítulo: Domingo as 12:00 horas

O SequestroOnde histórias criam vida. Descubra agora