I'm home, Wei Ying

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Notas do Autor:

Essa é minha primera oneshot, foi betada mas se houver algum erro ortográfico podem comentar.

Os personagens a seguir não são de minha autoria, assim como as imagens de capa. Os personagens são de autoria da autora de Mo Dao Zu Shi.

Wei Wuxian estava cansado mentalmente, mas continuava forte movido por seu amor, mesmo ele estando milhas de distância de si, cogitava a ideia de nem mesmo saber onde ele estava exatamente.

Lan Wangji ou Lan Zhan, era só nesse nome que a mente de Wei Ying pensava no dia a dia, sentia falta do contato que sempre tiveram, os raros sorrisos que Lan Zhan lançava para si, como as mãos grandes do mais velho sempre se encaixavam na fina cintura do corpo do esposo, como os ombros largos e fortes sempre estavam ali para que se precisasse chorar.

Mas aqueles toques que tanto amava foram tirados de si no instante que o marido recebeu uma carta do quartel do exército da cidade em que moravam, aquela era uma carta pedindo os serviços do homem, ele era um médico renomado que ajudou em várias missões no exterior para ajudar imigrantes, mas havia largado o posto de médico militar para se tornar um professor de música na Universidade e passar mais tempo com o marido, já faziam 4 anos que ele havia deixado o posto de professor e marido para ir para sei lá onde ele poderia estar no mapa.

Nos primeiros anos sempre recebia cartas e mais cartas, às vezes 5 por dia ou até mais, a partir do segundo ano as cartas foram diminuindo, cada vez mais e mais, mas isso não deixava que ele ficasse triste ou desanimado, sempre se sentava na mureta da varanda da casa esperando o músico aparecer no portão com duas garrafas de sorriso de imperador, vestindo o palito de sempre sem parecer que passou o dia fora por estar sempre arrumado.

A única companhia que tinha naqueles primeiros anos era duas bolinhas de pelo que pulavam de cá pra lá todo dia comendo verduras ou até mesmo os móveis da casa, mas logo outra alegria surgiu na vida cinza do Wei, finalmente conseguiu adotar um garotinho de 2 anos chamado Yuan, aquele menino de olhos violentas meio acinzentados como os do pai mais novo era a única alegria que tinha quando chegava em casa era ver seu pequeno A-Yuan correr para seus braços gritando “A-Niang” contando como foi o dia na creche enquanto seu shindi, Jiang cheng, estava sentado no sofá da grande casa esperando o irmão entrar e poderem conversar sobre alguns assuntos pessoais e até tomar um pouco de chá no jardim dos fundos.

— Você anda recebendo alguma carta de… Você sabe — O Jiang perguntou tomando mais um gole do chá de camomila enquanto observava o Lan mais novo correr pelo jardim tentando pegar os coelhos. Falar o nome Wangji perto do pequeno Lan era muito perigoso, ele poderia chorar pensando que e o pai havia voltado e que finalmente poderia conhecer ele. — Xichen disse que não recebeu nenhuma carta nesses meses.

— É… Vai fazer uns 2 anos que não recebo nenhuma carta dele, já tentei ir ao quartel, mas eles não podem me informar localização dele… eles falaram que talvez o batalhão dele esteja perdido ou ele pode ter... — Segurou as lágrimas que estavam prestes a cair, a ideia de Lan Wangji estar morto era assustadora, não sabia se aguentaria, mas se não aguentasse teria que aguentar por A-Yuan. — Mas mudando de assunto, como está Jingyi?

O Jiang mais novo havia se casado com Lan Xichen, já com 6 anos de casados eles adotaram Jingyi do mesmo orfanato que Sizhui havia sido adotado. Agora os dois meninos tinham 4 anos e não se soltavam de forma alguma, se queria achar Lan Sizhui procure Lan Jingyi, e o mesmo para o outro Lan.

— Está bem, levamos ele para o médico esses dias por conta de uma alergia, mas está tudo em ordem. — O Jiang responde enquanto brincava com A-yuan.

Jiang Cheng passou a tarde toda no jardim brincando com o sobrinho tirando risadas gostosas do menino, além das risadas do pequeno lan, o Jiang Cheng tirou vários sorrisos de Wei Wuxian naquela tarde.

Depois que o Jiang se despediu do sobrinho e do irmão, Wei Wuxian pegou seu pequeno no colo o levando para a cama, o dia havia sido puxado para ambos. Já no outro dia rolando pela grande cama de casal não sentiu o corpo pequeno do filho levantou correndo vestindo um robe vermelho, desceu as escadas da casa correndo ouvindo barulhos na cozinha com medo que A-Yuan estivesse bagunçado a cozinha, mas a visão que teve foi muito melhor.

Lá estava ele, o motivo de suas olheiras, o motivo de seus choros de madrugadas, Lan Wangji com um avental amarrado na cintura e um pequeno A-Yuan em seu colo enquanto tentava fazer o pequeno comer algumas frutas vermelhas. Se fosse para classificar aquela cena séria a melhor imagem que viu na vida, mas foi tirado do transe com Lan Sizhui o chamando erguendo os bracinhos como se pedisse ajuda. Lan Wangji estava ali, algumas cicatrizes visíveis nos braços fortes e os cabelos pretos como a noite muito maiores do que a última vez que os viu, presos em um rabo de cavalo com alguns fios soltos, o sorriso que o Lan mais velho abriu podia iluminar uma cidade em instantes, mas a única coisa que ele iluminou foi o coração de Wei Wuxian.

Estou em casa, Wei Ying— Lan Wangji abraçou o corpo do esposo em um abraço forte encaixando o rosto no ombro do esposo, enquanto Lan Sizhui gargalhava alto com a interação dos dois pais.

Bem vindo de volta, Lan Zhan — A voz chorosa de Wei Ying chamou a atenção do pequeno garoto que estava em um dos braços de Lan Wangji, levando as mãozinhas gordas ao rosto do pai ele beijou as bochechas vermelhas do pai mais novo.

No final, Wei Wuxian e Lan Sizhui esperaram Lan Wangji até o final.

Notas finais:
Deixem suas estrelinhas se gostaram, cometem o quanto quiser, espero ter emocionado vocês com essa one.

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