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Ainda aturdida com a situação, permaneci de olhos fechados e sussurrei uma resposta simples, porém desesperada.

- Por favor, me salve...- Uma lágrima escorreu por minha bochecha.

- Shhh!- Senti uma peso sobre meus lábios e era a mão da pessoa que estava me ajudando.- Ele vai procurar você até no quinto dos infernos.- Arrepiei-me, mas não pela situação, e sim por este garoto estar sussurrando cada palavra em meu ouvido.

Fui impulsinada para frente e do nada começamos correr.

- Ya!- Ele virou o rosto para mim e sorriu como se fosse o momento mais feliz do mundo. - Para onde está me levando?

- Estou salvando você, apenas confie em mim. - Falou ofegante por estarmos correndo.

- Como posso confiar em você se não nos conhecemos?- Falei ainda correndo ao seu lado.

- Me chamo Kim Namjoon e estou levando você para minha casa. Satisfeita? - Arregalei os olhos e ele apenas deu uma gargalhada.

- S-sua casa? Você está louco? Não é só porque agora sei seu nome que quer dizer que nos conhecemos! Eu não vou com você! - Pôs as mãos na cintura me olhando com uma sobrancelha arqueada me ouvindo.

- Prefere ficar nas mãos daquele cara que está atrás de você igual um louco? - Baixei a cabeça e mexi em meus dedos. - Eu sei que não, então vamos, confie em mim, por favor. Minha casa é à uma rua daqui e tem pessoas que vão cuidar de você, pelo menos por hoje e amanhã. - Me dei por vencida e continuei a correr como uma resposta e ele me acompanhou.

Chegamos em frente uma casa com um jardim bem bonito e de paredes brancas e beges com algumas luzes ao redor de lá. Que casa linda. Me surpreendi ainda mais quando adentramos o local. Era uma casa não tão grande, com dois andares, uma sala confortável e móveis que combinam com a mesma.

- Pode sentar aqui. - Apontou para o sofá bege e grande. Sentei-me um pouco receosa.

Um garoto passou com o celular em mãos e me olhou de soslaio, voltou o seu percurso olhando atentamente para mim parecendo surpreso.

- A garota do carro! - Olhei bem para ele e lembrei. Ele formou um "o" com a boca e continuou. - Caramba! Esse mundo realmente é pequeno. - Virou para o rapaz que me ajudou. - Você que a trouxe? Ela também quase atropelou você?

- Esta garota, da qual eu não sei o nome e nem conheço, estava correndo desesperada de um homem que parecia enfurecido atrás dela. Eu vi a cena, pois ia atravessar a rua e reparei o que estava acontecendo. Corri entre as pessoas e comecei correr com ela e a trouxe para cá. - Finalizou com um suspiro como se estivesse cansado. - Onde está o Jin? Peça ele para fazer uma comida para ela.

- Ele está no quarto conversando com Hoseok.

Hoseok... Já ouvi esse no... Ah! O garoto do sorriso maravilhoso. Nossa, Park tem razão, o mundo realmente é pequeno.

- Então, prepare alguma coisa para a... - Olhou para mim.

- (S/N)...

- Isso, para (S/N). - Continuou, dando passos até a escada da casa.

Park me chamou com as mãos e andou até a cozinha, acompanhei ele.
Vi ele pegar algumas coisas na geladeira, sentei em uma das cadeiras bonitas da mesa, e fiquei mexendo nos meus dedos. Outro rapaz entra no local e nem me olha indo até a geladeira pegar uma latinha de cerveja.

Meu Deus, eu preciso ir embora. E se eles tentarem alguma coisa comigo?

- Seja mais educado! Temos visita, Jungkook. - O garoto olhou para mim surpreso, curvou-se e sentou em minha frente.

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