capitulo 1

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Bruna Narrando

Se você perguntar a qualquer pessoa quem é bruna, vai ouvir várias coisas: "é  a piranha da rua a, maior cachorra, adora marido dos outros, se acha a gostosona, mas não tem onde cair morta", mas uma coisa que eu afirmo pra vocês, ninguém vai dizer que eu sou uma péssima mãe, posso não prestar, mas a minha filha é minha  vida e por ela eu faço tudo.

Engravidei muito nova, cai no conto do vigário, achei que fosse construir uma família, isso e aquilo, ganhei foi chifre até meu cu fazer bico, porém eu não me arrependo de nada, Luan me deu a melhor coisa que eu poderia ter, a Helena, mas não é fácil não, criança gasta, da trabalho e quando o pai não cumpre as obrigações,  fica o dobro mais difícil, mas eu consigo tirar de letra.

Hoje é sábado, estou de folga, trabalho no salão daqui do morro, faço unha, cabelo, faço tudo que vem pela frente, parada que eu não posso ficar.

- desce daí Helena, não pode - reclamei pegando ela que estava subindo em cima da mesa de centro

- deixa menina brincar hein, qual foi papai - pegou ela da minha mão

- não bate mais na porta, não? Vai entrando  assim - falei encarando ele

- sou de casa, vim trazer o dinheiro  dela  e te pedir um bagulho

- tava  bom pra ser verdade, fala logo.

- minha irmã tá querendo levar Helena pra um aniversário, deixa aí, minha família tem direito também

- sua família tem direito, mas quando eu apareci grávida, quis dizer que não era seu, que queria teste de DNA, vou deixar pra não dizer que sou problemática, mas quero minha filha aqui antes das 22:00 e intacta - falei

- deixa de ser problemática, doidona sua mãe filha

Problemática porque não é com ele, só eu sei o que passei com essa família,  arrumei uma bolsinha mandei até o sabão líquido, coloquei mais duas peças de roupas e especifiquei qual era da festa.

- tá tudo aqui, toma cuidado hein- entreguei a bolsa a ele.

- parece até que eu não vou cuidar, é minha filha também, da tchau pai - abriu a porta

Helena nem tchau quis dar, muito falsa pra caralho, puxa saco do pai dela, que Deus continue tocando no coração desse homem, pra ele dar o dinheiro no dia certo, porque é uma perturbação, ele gosta de chamar a minha negativa, 

(.....)

- ue, cadê minha neta?  - minha mãe perguntou.

- saiu com o pai, acredita mãe que ele trouxe o dinheiro no dia certo? Ainda trouxe a mais, deu pra pagar dois meses do plano dela, fazer as compras e o resto coloquei pra emergência- falei

- que ele continue assim, bora tomar uma lá em baixo, sua irmã tá vindo aí também

- milagre, bora.

Minha irmã arranjou um mavambo, se picou que nem deu tchau a gente, ninguém conhece esse marido dela, quero só vê as novidades, minha mãe pediu um litrão e um petisco, essa daí só sabe beber comendo

- se prepara que Helena vai perder o lugar dela - Patrícia chegou falando

- acorda ein, o lugar de minha filha ninguém toma, doida  - falei

- quem é o pai? Você tá casada ainda filha? Só aparece assim - minha mãe falou preocupada

- meu marido mãe, se preocupa não, é o segundo filho  dele, mas ele tá ansiosa, vamos voltar, a morar aqui, agora Bruna faz outro  - falou

- deixo pra você, de homem ruim só pare uma vez, deixo pra você

Patricia sempre foi assim um parafuso a menos, fala as coisas e nem percebe, antes eu me estressava,  mas agora nem ligo, passei o dia com ela e minha mãe, só  vim pra casa, quando meu neném chegou, Helena tava toda feliz, mostrando o desenho do rosto, foi uma luta pra fazer ela tirar, a felicidade de minha filha, vai ser sempre a minha

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