capítulo 38

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Luísa narrando

- para com isso cara, vai ficar de cara feia pra mim? Faz isso não  - Ronald falou me abraçando

- porra, ela vem de novo pra infernizar  a nossa vida, sabe que sua mãe é traiçoeira, por uma droga faz qualquer coisa, quem  me garante que ela não está armando de novo?

- porém dessa vez tem uma criança, não posso deixar um bebê sob os cuidados dela, Deus é meu escudo preta  - falou

- deixa que eu vou então, eu levo o que ela precisa e busco a criança, pronto - falei

- você não vai tirar isso dá cabeça né, vou mandar uns menor ir fazendo a sua segurança então, toma cuidado, só tenho você- ele falou

-  e eu você, aquela dali é traiçoeira, não tem amor a ninguém- falei

Meu relacionamento com Ronald não teve e nem tem muitas brigas, agradeço a Deus, porém em relação a mãe dele tudo me tira do chão, tenho raiva dela com toda força do mundo, a mulher foi capaz de vender a alma do próprio filho por causa de qualquer droga,  sempre enfiou Ronald nesse meio, muita mãe pede pra que os filhos saiam né, mas com ela é ao contrário, tem um filho em cada canto, tudo a Deus dará e agora volta pedindo ajuda, pq foi parir e não tem nada pra criança.

- fica ligada no telefone, qualquer coisa me avisa, se liga hein, não cai na pilha- falou .

- tá tranquilo amor, não é a primeira e nem a última vez, daqui a pouco volto, beijo.

Os meninos vieram fazendo a minha segurança, logo quando eu cheguei na maternidade, tinha polícias tanto na frente, quanto  dentro, essa mulher  é armeira pra caralho, como os cara já tinha pegado a visão, estacionei e entrei dando o nome dela.

- é  a craqueira que não tinha família, avisa a ela, quase um mês depois, pode seguir aqui,  ela está no quarto doze -  uma enfermeira falou

Segui pelo caminho que ela falou e entrei,  só estou fazendo isso pela criança que não merece ser jogada em um orfanato e ter o mesmo futuro dos irmãos

- pensei que fosse o Ronald que fosse vim, já que eu me comuniquei com ele - falou

- para com essas prepotência, por que você não tem moral, tá vendo esse dinheiro aqui, vc vai pegar e vai sumir, pq se voltar, quem te mata sou eu, queimada  pra não ter erro- entreguei a sacola

Acertei as últimas coisas sobre a doação da menina, uma princesinha tão fofa, Carla seguiu  o caminho dela, passei no shopping buscando minha mãe, compramos o necessário pra bebê, laura o nome

- melhor coisa que você fez, minha netinha, agora vai ficar tudo bem  - ela falou

- criança não tem culpa né, já basta os outros que ninguém sabe onde está, se é vivo ou morto, só não sei se vou conseguir cuidar  - falei

- nesse mundo a gente pra tudo, só crueldade, consegue sim, me ajudou tantas vezes com Milena

Toda hora Ronald me ligava, uma agonia, mesmo sabendo aonde eu tô, nunca vi esse medo que ele tem de me perder, avisei que já estava subindo o morro e desliguei a ligação

- se segura mãe,  ela me deve essa por tá fazendo minha amiga se separar de Vinicius- falei acelerando o carro e metendo em Patrícia que tava conversando na rua

Só ouvi o baque  e  ela caindo no chão,só uma raladura, porque vaso ruim não quebra assim.

- você adora essas coisas né,  doida mesmo - minha mãe falou

- não pude perder a oportunidade, essa  é outra cobra cascavel- falei

- vejo maldade estampada nos olhos dela - minha mãe falou

Estacionei o carro na garagem, desci com as coisas, minha mãe entrou com Laura no colo

- demorou hein, cadê ela? - Ronald perguntou

- aqui, quer pegar - minha mãe falou

- não sogra, muito pequena, quero não, parece até que vai quebrar -  falou

Tava longe dos meus planos ser mãe, mas já que Deus me abençoou, vai ser muito bem vinda, mesmo amor que eu tenho por Milena e Helena eu vou ter por ela

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