. Prólogo

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   A primeira vez que nos encontramos, eu deveria ter corrido o mais rápido possível para longe dali, para longe dele

   Quando ele saiu detrás de todos aqueles arbustos e plantas que a espécie pouco me importava, me senti tão impotente e intimidado que meus ossos rangeram em medo

   Boa parte de mim entrou em combustão, quando meu olhos pararam mais abaixo de seu corpo e eu pude perceber nenhum resquício de roupa dele. Oh céus

   Eu enferrujei, engatei e simplesmente congelei ali mesmo, a medida que ele se aproximava de mim

   O que ele era? Um nativo daquela aldeia não era, até eles pareciam em condições melhores do que aquele rapaz

   Ele era grande e forte, me sentia minúsculo perto dele. Tão impotente e temia que ele pudesse fazer algo comigo, pois eu não teria forças para evitar

   Mas, então, me veio a cabeça: realmente era medo ou era fascínio?

   De certo modo me sentia fascinado, afinal, era algo novo que acontecera comigo. Assustador.

   Então, olhando fundo em meus olhos, ele parou diante de mim. Seu braço direito levantou, o que fez minha respiração falhar, e então ele tocou meus fios e cabelo e rosto, parecia tentar ser delicado, com seus olhos transbordando curiosidade.

   Eu fiquei estático. Ele deslizava os dedos grandes dele por minha bochecha, a sujando levemente de terra, logo ele aproximou seu rosto, cheirando minha pele

- D-Devo dizer que isso é um tanto estranho... - Suspirei

   Não aguentando o encarar e pensar na possibilidade dele quase estar me beijando, desci meu olhar por todo o seu corpo, analisando-o

   Esse homem parecia de outro mundo, seus músculos eram rijos e marcados em sua pele, esta que estava suja de terra e, por fim, o que havia me deixado com o rosto rubro desde o começo, era o fato dele não usar nada para cobrir suas partes íntimas

   Ele se afastou, parecia apreensivo, mas seus olhos brilhavam em curiosidade, ele olhava fixamente cada detalhe do meu rosto de coloração vermelha

   Sua mão desceu, desceu e desceu. Parando em meu pescoço, ombros, peito, cintura. Ele me rodeou e me tocou por trás, então tocou minhas nadegas, me fazendo pular e me afastar dele e um grito assustado e totalmente envergonhado

- Já chega, seu homem selvagem abusado! - Foi o que consegui dizer

   Ele se afastou, ficando em uma posição estranha, parecia o modo como macacos ou gorilas se locomoviam no chão. Incrível

   Os sons de risos das crianças pareciam chegar mais perto, então ele prontamente passou por mim e adentrou a mata

- Espere...

Mas ele se foi.

WILD - JIKOOK!¡Onde histórias criam vida. Descubra agora