IV

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                              10 de novembro

         As notícias estavam cada vez mais lotadas de pessoas desaparecidas, uma criança e uma mulher, eram os principais nomes que saíam das bocas dos repórteres, Cody Cameron e Elizabeth Jones estavam desaparecidos a 3 semanas, ou era o que a tv dizia, Miriam havia cansado de avisá-los que seu filho não estava desaparecido a tão pouco tempo, já Elizabeth, estava desaparecida a apenas 1 semana, seus pais haviam confirmado, juntamente com seus colegas de trabalho, do qual ela não frequentava a bastante tempo,“ o quão burro esses caras da tv podiam ser?” Era exatamente isso que Miriam se perguntava sempre que ligava a tv, a mulher resolveu espalhar alguns cartazes pelas ruas e distritos que seu filho costumava frequentar, ela estava exausta, isso era nítido para todos, mas nem por isso iria desistir de ver o rosto de sua amada criança novamente. No entanto, Cody não se encontrava nem um pouco bem, fazia dois dias que, duas pessoas vieram naquela casa, eram dois daqueles homens, que como prometido por Dave, abusaram da criança de várias formas possíveis, por mais que ela gritasse por ajuda, ou pedisse que eles parassem, aquele tirano do outro lado da porta só gostava de assistir, amenos que eles o feri-se, nada seria feito, eles pagaram afinal, e o produto era aquela pequena pessoa, a criança enfrentava dores matinais, duradouras, afinal, depois de todo aquele abuso, era de se esperar que o garoto sofresse tais sintomas, mas Dave, parecia alegre como se tivesse ganhado na loteria, ou ganhado algum presente, mas nada disso era real, o fato dele estar feliz se dava a um único e específico motivo, havia ganhado milhões só vendendo o corpo do garoto duas vezes, imagina o quanto ganharia se vendesse ele em alguma boate perto de sua casa!? O alto homem entrou pela porta de madeira, a fechando com um pequeno chute e então virando-se para olhar a criança que parecia estar com febre, e dores extremas.

     — O que está sentindo, meu amor? Hum? - Os pequenos olhos do garoto se abriram com dificuldade, soltando um pequeno gemido, só por ter se ajeitado, estava todo dolorido, ele levantou a cabeça do garotinho e acariciou suas bochechas avermelhadas, provavelmente por conta da febre, o menino estava completamente desorientado.

      — Meu corpo está dolorido e quente, me sinto pesado. - Os olhos de Cody caíram sobre seus joelhos e enquanto a mão do mais velho ia em sua bochecha aproximando lentamente seu rosto do outro, e conforme deitava o pequeno corpo na cama, a criança apenas permanecia com os olhos caídos, estava ficando com sono, mal sentia os toques inapropriados e os beijos sem permissão que Dave distribuía de vários lugares diferentes, e enfim seus olhos se fecharam, mas não antes de prender a imagem das mãos alheias retirando suas roupas. Se aproveitando da fraqueza do rapaz, aquele cruel homem abusou-o de tantas formas diferentes, e várias vezes, Dave só parou quando teve certeza de que a criança estava acordando.

         — Oh, você acordou! - Descaradamente o homem agiu como se o que ele tinha feito, fosse uma coisa super normal, colocou sua mão sobre a testa alheia só para que assim, ficasse mais fácil medir a temperatura do mesmo, já que, nem morto ele sairia agora para comprar um termômetro, fora que ele nem poderia pedir por delivery, deixou o garoto sobre a cama e andou para fora do local, fechou a porta e caminhou até o armário dos fundos, procurando algum remédio para crianças com febre, a sorte era que ele havia comprado de ante mão, encheu um copo de água e caminhou a passos lentos na direção do quarto, abriu a porta e estendeu o pequeno recipiente de vidro, e o comprimido pequeno, que mais parecia o ovo de algum inseto nojento, Cody abriu a boca e tomou o remédio juntamente com o líquido transparente, que continha no copo, estendeu o vidro ao homem e quando foi pego, o garoto se deitou novamente, para ele era bem estranho, a dor que sentia na parte de trás tinha amenizado até então, mas agora estava mais dolorosa que nunca, como se aquilo tudo tivesse sido repetidos várias e várias vezes, sem pausa.

𝑸𝒖𝒂𝒍 𝒂 𝒄𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝒄𝒆́𝒖? (𝓋ℴ𝓁𝓊𝓂ℯ 𝐈)Onde histórias criam vida. Descubra agora