onde theo ama a arte
Ou
Onde o corpo de boris é a obra mais graciosa de se apreciar.
── ꒰::.. boris + theo; short-fic
🎨┆Plot by @boiolastan; 16.06.2020
Os pés de theodore batiam de uma forma rápida e leve no chão de sua casa enquanto encarava a tela a sua frente que se encontrava em uma imensidão da cor branca assim como os pensamentos do garoto.
Sua mente estava um pleno caos de dimensões imensuráveis para si mesmo com duas únicas palavras rodando seus pensamentos "bloqueio criativo".
Theo sempre foi o que podemos chamar de pessoa criativa ou no mínimo com uma mente distante da realidade o que lhe proporcionava a qualidade de criar terras e universos fora do conhecimento de qualquer um que não fosse ele, com um simples pincel e sua coleção de tintas variadas ele poderia inventar e representar em uma simples pintura o amor mais lindo e o ódio mas puro em só uma única tela, isso era antes do início das suas férias de verão é claro.
Parecia que no exato momento que deixou por alguns meses os portões escuros de sua escola, que sua capacidade de criar suas tão amadas telas tinha sido sugada pelas paredes grossas de seu colégio assim como a alegria de estar finalmente longe daquele local.
Conseguia recordar com uma claresa de detalhes enorme o traços dos quais ele preenchia o vazio presente em diversas telas brancas até um mês atrás, porém atualmente o menino loiro mal conseguia decidir qual cor ele mergulharia o pincel que estava entre seus dedos naquele momento.
Buscar algo criativo em sua mente naquele estante era como procurar um agulha em um palheiro, pelo menos na cabeça de theo, talvez tivesse perdido seus dons em arte que ele tanto amava e agora era mais um garoto normal sem cor e isso o deixava entre um linha tênue de raiva e ansiedade.
Então deixando um suspiro triste escapar pelos seus lábios vermelhos, ele deixou o pincel no calavete em sua frente, xingando mentalmente todas as divindades possíveis pelo seu estado atual de angústia.
As pessoas ao seu redor diziam que ele devia viver mais, talvez olhar através das paredes brancas de sua casa o fizessem voltar ao seu normal, porém ele achava aquilo uma bela idiotice levando em consideração que Derry era uma cidade pequena, ele vivia nela a anos suficientes para saber que conhecia qualquer pessoas que andasse pelas ruas e qualquer lugar que ele poderia ir. Então pra que tentar algo novo se sequer tem essa possibilidade, já que aquela cidade era o sinônimo de nada.
Saindo daquela pequena sala seguindo para a cozinha de sua casa, buscando algo que pudesse o distrair daquela agonia que estava o perturbando dia e noite.
Naquele dia ele estava sozinho em casa com total possibilidade de colocar alguma música no último volume ou assistir o que ele bem quisesse na televisão de sua casa mas ele não tinha animação suficiente para isso.
Abrindo a pequena geladeira de cor cinza que ficava na cozinha de sua casa, notaando que não havia nada que fosse no mínimo comestível dentro dela e especionando todo o local percebendo que mais uma vez ninguém havia feito as compras do mês, o que obrigaria o loiro a colocar os pés para fora de casa ou ignorar sua fome e fingir que que estava tudo bem.
Esse era o plano se seu estômago não tivesse feito um barulho alto anunciando para o menino que sim, ele teria que sair de casa atrás de comida.
_Merda - disse em voz alta após notar que teria sair de casa para o inferno que muitos chamam de cidade, naquele estante teve certeza de ser uma das ou a pessoa mais azarada de Derry.
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