XIV

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Chegando lá, já é noite. Está bem escuro, mas Alê pode ver um carro parado na entrada da casa.

Antes de entrar, ela dá uma olhada pela janela.

Laura está deitada em um colchão desacordada.

- O que você fez com ela sua louca? Diz a garota ao abrir a porta indo em direção à garota.

Luana aponta uma arma para ela que logo se afasta.

- Eu vim te buscar à algumas semanas, mas você estava com aquela garota. Luana diz com cara de nojo.

- Então fiquei sabendo que vocês iam viajar. Era uma boa oportunidade de matá-la, mas preferi ficar aqui e fazê-la te odiar por ter o sangue da irmãzinha dela derramado pelas suas mãos. Assim ela te odiaria e você não teria motivos para ficar.

- Eu te amo tanto. Você é minha. Só minha!

Luana era uma garota que Alê teve um relacionamento breve apesar da diferença de idade. Logo que sua mãe descobriu ameaçou ir até a delegacia pois sua filha era menor. Mas já era tarde. Apesar de não estarem mais juntas a mulher ficou obcecada pela garota, e esse foi o real motivo de terem mudado de cidade.

Alê ouve tudo perplexa com a situação. Agiu num impulso e a encontrou, mas como sairiam de lá? Ela só pensava em sua garota e no quanto ela está sofrendo com tudo isso. Estaria disposta a ir embora com Luana em troca da vida de Laura.

- Tudo bem. Eu vou com você. Mas precisa deixar ela ir.

De repente elas ouvem um barulho lá fora e então Luana aponta a arma para Laura ainda desacordada.

- Por favor. Vamos embora daqui antes que seja tarde. Ela implora à Luana que olhava fixamente para a porta.

De repente a porta se abre e quando Alê percebe que Luana puxará o gatilho, pula na frente da garota sendo atingida no abdômen.

Do lado de fora estão Sara e sua mãe aos prantos que ficam surpresas ao ver uma mulher de aproximadamente vinte e cinco anos saindo algemada. Logo Sara percebe que a mulher não está ferida então corre para dentro da casa onde vê sua irmã deitada em um colchão e logo a frente Alê caída sobre uma poça de sangue.

Sua mãe está com Laura que acorda aos poucos.

- Fica comigo, por favor! Sua idiota! Por que fez isso? Sara diz aos prantos sentada no chão com a cabeça de Alê em seu colo.

- Isso é tudo culpa minha. Me perdoa. Foi tudo que conseguiu falar antes que tudo ficasse escuro. 

A garota de Skate  ( Romance Lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora