Capítulo 5 - A Verdade de 1846

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Antes que Jack se quer chegasse perto da saída do beco da Washington Street, uma voz hostil e coaxada, igual a de um sapo chegou aos seus ouvidos.

– É melhor você não contar nada para o forasteiro! Se eu te ver com ele, vai virar comida de Shoggy!

O Weir espreitou discretamente a rua e viu o Policial Ropes ameaçando um dos moradores de aparência mais "comum" da cidade.

Se é que alguém aqui era comum.

– E-eu não vou falar nada, Ropes! Juro pelo Sal e pela Água Profunda.

O homem de aparência mais "comum" fez um juramento, enquanto fazia um sinal de garra em frente ao peito. Ropes pareceu satisfeito, mas saiu dali dando um empurrão no homem mais baixo.

"Droga de cidade… Anotação, Sal e Água Profunda, sinal de Garra. Isso deve ser coisa dessa Ordem, certo? Ou algo mais profundo?"

Jack pensou consigo mesmo ao sair do beco.

Quando ele finalmente saiu e respirou fundo para se acalmar, a intuição espiritual de Jack disparou de forma violenta, como se ele corresse perigo imediato.

O Weir, assustado olhou para todos os lados, porém só haviam os homens de mais cedo na praça, o motorista do ônibus parado em frente a um hotel conversando com um homem.

Jack olhou para os telhados dos prédios e não havia nada. Nem nas janelas.

– Droga, melhor levar a bebida pro Velho Allen.

Quando Jack chegou no beco em que Barry Allen se encontrava, ele viu o velho cantando uma música bizarra que ele não conseguia entender.

O velho estava se balançando num ritmo estranho, de súbito ele parou de cantar, virou para a parede do pub, se apoiou com um braço na parede, abriu o zíper da calça e começou a urinar e cantar de forma estrondosa.

– Allen. - Jack chamou impaciente, assustando o velho bêbado.

– Eei… Meu Jovi Sinhô, ocê trosse uma bebida pra móia minha garganta?

O weir grunhiu de insatisfação, porém deu a garrafa de uísque pro velho que estava armazenada no seu bolso mágico.

Barry Allen pegou a garrafa com os olhos brilhando, arrancou a rolha da garrafa com os dentes e deu um longo gole no uísque.

Jack até sentiu um cheiro adocicado de mel vindo da bebida.

– Oho! Ocê é gentir aleim da conta, Jovi Sinhô. Eis um piqueno favo im gratidão que pode lhe ajudá im sua busca. Ocê queria sabê da história do porto e da cidade né? - Barry Allen tomou outro longo gole de uísque, seus olhos parecendo lúcidos a cada gota de álcool ingerido. 

Ele deu uma chave enferrujada com um logotipo "Casa dos Indigentes".

– Agora ocê pode me chamá di loco, como os pessoar que anda espaiando boato em Arkham, Ipswich e Rowley. Mas o véio Allen já viu todo tipo de coisa ruim, antes mesmo de ocê nascê, quando cê era só um girinozinho nas bolas de seu pai. - Allen bebeu de novo, ganhando mais força para seguir o discurso: – A merda começou com o véio Cap'tão Kristoff. Dizeno que o povo desesperado, que já não tinha o que comer, tinha que aceitá uns Deus meió que nosso Cristo Jesus… Que eles ia atendê às oração deles. 

Outro gole de uísque, uma expressão de dor e tristeza. Jack inquiriu:

– O povo cristão dessa cidade não se opôs a tamanha blasfêmia?

O weir estava curioso, ele nunca tinha ouvido falar de novos deuses assumindo fiéis. Pelo menos, não hoje em dia.

Barry Allen riu de forma seca: – Sim, eles se opusero. Foi pur vorta de 46, quando muita gente na cidade se irritô de veiz cum Kristoff e seus custume pagão. Toda aquela pregação doida, e muita gente sumida, cumpreende? 

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