Capítulo 6 - Ramona

2 0 0
                                    

Antes mesmo que Jack tivesse a chance de sair do beco, ele viu a mulher misteriosa de mais cedo. Ela andava de forma elegante, porém com um ar frio ao redor.

Parecia a atmosfera perfeita para uma Femme Fatale.

– Sr. Goldenberg, eu preciso ter uma conversa com o senhor. - Ela disse parando em frente a Jack e segurando a cintura fina e delgada.

Respondendo com um sorriso e um tom de voz calmo, Jack respondeu: - Agora a senhorita quer falar comigo, hein. Me chame de Jack… Qual seria o seu nome?

Fazendo uma expressão aborrecida, a mulher respondeu enquanto virava de costas e olhava para a rua, atenta e vigilante:

– Meu nome é Rebecca Walters, e a menos que você queira fazer parte da longa lista de desaparecidos desta cidade, sugiro que o senhor me siga de maneira rápida.

Ela saiu andando rápido, parecia estar voltando para a rua onde eles se encontraram pela primeira vez, Jack esperou alguns minutos e depois seguiu o mesmo caminho.

"Desaparecidos, né… Como o Agente Burnhamn?"

Jack viu que Rebecca estava parada no meio do corredor que levava a rua da fábrica, olhando atenta e temerosa.

O Weir entendia o motivo, essa cidade se mostrava cada vez mais perigosa e assustadora.

Deuses Pagãos, assassinatos, suicídios…

– Charles Burnhamn faz parte dessa longa lista de desaparecidos? - o Weir assumiu sua postura de detetive novamente e perguntou, Rebecca pareceu hesitante durante um tempo e respondeu:

– Disso eu não tenho certeza… Seria melhor se fosse perguntar à filha dos Gilman, Ruth. Ela namorava o rapaz Burnhamn.

Jack anotou esse nome mentalmente, outra pessoa para interrogar.

– Jack… - Ela começou com um tom de voz trêmulo. – Essa cidade é um lugar perigoso e estranho. Existem coisas que não tem explicação lógica ou natural aqui. Coisas vis e desagradáveis… Você deve ter notado a aparência dos moradores… Isso faz parte.

– Coisas sem lógica, hein? Acredite, eu sou um expert nisso.

Rebecca pareceu divertida ao ouvir isso e falou, pegando um pedaço de giz para desenhar na parede um símbolo místico, uma estrela com uma pequena chama dentro.

– Meu pai descobriu esse estranho sinal enquanto estudava um velho manuscrito. Ele parece repelir os elementos incomuns da cidade.

Quando ela terminou de desenhar, Jack sentiu sua mana interna correr de forma violenta pelas suas veias mágicas.

Agora o Weir se sentia confortável para tentar lançar Charme e talvez até Cura Menor. Jack memorizou o símbolo.

– Sempre que precisar, desenhe um e você pode conseguir um momento de refúgio da loucura que permeia essa cidade. Agora eu tenho que ir antes que nós sejamos vistos juntos.

Rebecca saiu apressada pelo local de onde eles vieram e Jack resolveu sair pela rua da refinaria.

Quando ele saiu, viu Mackey saindo da refinaria com uma cara azeda. O weir até pensou em chamar o homem para uma conversa, porém Mackey nem mesmo percebeu o Weir na mesma rua que ele.

Mackey sussurrava com veneno na voz: "Maldita monstruosidade da família Kristoff, eles acham que vamos deixar as coisas assim?"

A intuição espiritual de Jack disparou ao ouvir a palavra "monstruosidade". Por um momento ele se perguntou em que maldito lugar ele tinha vindo se meter.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 17, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Azure StarOnde histórias criam vida. Descubra agora