One

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1820

— Aconteceu de novo Yoongi hyung! – Diz Kim Namjoon, um estudante de matemática, que vêm sendo assombrado por sonhos bastante peculiares.

– Namjoon! O que você quer que eu faça? O cérebro é seu criatura! Vai em um psicólogo ou algo assim. Santa divindade. – Este é Min Yoongi, estudante de biologia, um ano mais velho, seu melhor amigo (e para sua sorte, roommate) e companheiro para todas as horas.

O mais novo se encontrava sentado em sua mesa, com as mãos lhe cobrindo a face, em total desespero. À algumas semanas, seu cérebro vinha lhe presenteando com sonhos totalmente desconexos todas as noites. Ele via sempre a mesma imagem, um garoto alto, de epiderme clara, cabelos pretos e lábios carnudos. 

 Sabia que seu cérebro não era tão poderoso à ponto de criar uma imagem tão bela a seus olhos. Então quem seria esse misterioso garoto, na qual lhe estava despertando um certo interesse?

 Quem diria, no auge de seus 23 anos de idade já estava ficando louco. Não. Descobriria quem era o ser de seus sonhos, mesmo que lhe custasse o resto de sua sanidade.

– Tem razão, talvez eu vá mesmo em um.

– Ótimo, agora vamos terminar isso logo, antes que a senhora Kang venha nos dar bronca. – falou por fim, se referindo ao extenso trabalho de matemática que Namjoom havia de fazer, o chamando pra lhe ajudar.

†††

2020

 Seokjin, um garoto exemplar de sua faculdade, se encontrava no laboratório de ciências do local, com seus dois melhores amigos, Kim Taehyung e Jeon Jeongguk. Ambos viviam de estressar o mais velho, sempre lhe arrancando risadas.

 Os dois garotos também sabiam da recente condição de seu amigo, seus sonhos estranhos lhe tirando o sono na grande maioria das noites.

 – Você precisa relaxar Jin hyung. Não é o estresse das provas? – disse Taehyung, um ano mais velho que Jeongguk. Era incrivelmente calmo em relação a tudo da faculdade, lhe garantindo boas notas. Surpreendentemente – ou não – era bastante lento a notar coisas literalmente óbvias, como a paixão que seu único dongsaeng sentia por si.

– Eu garanto que não é isso. E também, por quê um rosto totalmente desconhecido nos meus sonhos seria por estresse? – como o mais velho desejava que o rosto lhe fosse familiar. O rosto redondo e fofinho, as covinhas em suas bochechas, e o cabelo mais lindo que já havia visto. – Essa noite foi um pouco diferente, ele vestia roupas estranhas, como as pessoas dos anos de mil e oitocentos que vemos nos livros de história.

  Os mais novos riram, tendo o mesmo pensamento.

 – Jin hyung! Anda estudando tanto que uma daquelas imagens do livro ficou na sua mente! – exclamou Jeongguk.

 – Pela divindade! – respondeu cobrindo o rosto. Ele duvidava disso, mas realmente não havia outra explicação lógica para sua condição. – E você Tae, como foi com o... Como era mesmo? Ah! Bogum! Como foi com ele? – mudou bruscamente de assunto, lembrando-se do "pequeno" ocorrido. Se tinha uma coisa que Seokjin amava, era provocar Jeongguk, e isso ele fazia muito bem, já que sem perceber, Taehyung o ajudava, e muito.

 – Bem... – começou, sem saber como completar a sentença quando viu o olhar do mais novo vidrado em si. – Foi normal, eu acho. Mas não era 'pra mim.

 Sem se controlar – muito – Jeongguk suspirou fortemente. Os mais velhos não souberam decifrar se seu dongsaeng estava aliviado, ou cansado.

"Uma última antes de irmos embora." Pensou o mais velho, rindo internamente do maknae.
 
– Melhor eu ir hyungs, vou me encontrar com Jimin mais tarde. – falou, totalmente corado por seu ato anterior. Este estava ansioso para reencontrar o antigo amigo, o qual havia conseguido uma vaga em umas das melhores faculdades de dança da cidade, e estava sempre ocupado, e agora com ambos em faculdades diferentes, o tempo ficara ainda mais curto.

 – Posso te acompanhar? – questionou Taehyung receoso. Nem ele sabia o porquê daquela pergunta, a fazendo impulsivamente.

 "Divindade, se quiser me levar, a hora é essa". Pensou o Jeon.

 – Claro. – se despediram de seu hyung, que observava toda a cena segurando a gargalhada. Seus dongsaengs eram lerdos demais.

 Agora, voltando para sua casa andando, os pensamentos de seus sonhos voltaram para tomar-lhe a mente outra vez. Seria estranho se dissesse que o achava atraente? Qual seria seu nome? Isso claro, se fosse uma pessoa real. 

 – Espero que você seja real. – falou entrando em sua residência, sendo recebido pela mãe com um abraço.

 No jantar, a mais velha lhe questionara o motivo de suas olheiras, ainda pequenas.

  – Não tenho dormido direito mãe. Tem algo de errado nos meus sonhos.

  – Errado? Como assim? – questionou Hyujin. – Nos sonhos, entramos em um mundo totalmente nosso meu filho, então como teria algo de errado? – A recém divorciada, adquirira muita sabedoria em sua vida. Casou-se cedo e teve seu filho aos vinte e um anos de idade, trabalhou junto de seu marido para sustentar a criança. E agora, ambos com mais idade, perceberam que não se amavam daquele jeito – tanto pela falta das tatuagens –, então resolveram se divorciar, ficaram em paz um com o outro, e o respeito era mútuo. Seokjin escolhera viver com sua mãe já que era bastante apegado a ela, e visitava o pai sempre que a faculdade lhe permitia.

"Um mundo totalmente nosso." Pensou.

 – A senhora tem razão, mãe. Bobeira minha! – sorriu.

 Assim que terminaram de comer, Seokjin ajudou a mãe a lavar a louça e subiu para seu quarto com a frase da senhora em mente. Fez suas higienes e se deitou.

– Por favor, seja real.  – falou, e mergulhou em seu mundo particular, onde esperava ver novamente aquele belo rosto.

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