Algumas histórias falam sobre primeiros amores e esta é uma delas. Jeon Jungkook foi apaixonado por Park Jimin durante onze anos e em todo esse tempo, além de não ser correspondido, ele ainda teve que lidar com o bullying e as incessantes provocaçõe...
Quem é vivo sempre aparece, né? Kkkkk Boa leitura, minha gente!
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O vento fustigava meu rosto, mas eu já não me importava. Qualquer resquício de medo que costumava me assaltar nas vezes anteriores parecia ter sido soprado e deixado para trás junto às ruas por onde passávamos em velocidade razoável. Minhas mãos não se seguravam nas alças traseiras em busca de sustentação com o nervosismo costumeiro enquanto ele nos guiava até o próximo destino; àquela altura, repousavam calmamente sobre minhas coxas, com a segurança de quem já havia feito aquilo por vezes suficientes para se sentir calmo e até se permitir tamborilar os dedos pela superfície das próprias pernas enquanto cantarolava bem baixinho uma das músicas que mais me agradava na época, impregnando minha mente com a letra e batida viciantes.
Vez ou outra, me permitia fechar os olhos para aproveitar a sensação de adrenalina, deixando de observar os prédios, veículos e pedestres passando em torno de nós, totalmente alheio ao mundo à minha volta.
De todos os lugares onde já me imaginei estando, a garupa da moto de Jimin era, disparadamente, o mais improvável e o que menos esperei me sentir estranhamente confortável. Para começo de conversa, eu nem sabia que ele tinha uma moto! Mas quando você mantém um contato razoável com alguém, é inevitável descobrir um pouco mais sobre essa poesia com o passar dos dias e de maneira incrivelmente natural. E sendo seu principal meio de transporte, é óbvio que essa informação chegaria até mim de qualquer maneira.
A revelação se apresentou por acaso, enquanto eu aguardava o ônibus que me levaria até a primeira estação de rádio — e a mais distante em relação às demais — dentre as que selecionei para ver a possibilidade de divulgar o simpósio durante a sua programação diária. Mesmo que já tivesse feito um contato inicial por telefone, conversar pessoalmente seria bem mais adequado para poder negociar, tirar dúvidas, entre outras coisas.
Então eu fiz um planejamento, verificando a localização de cada uma e traçando o percurso até elas, a depender da minha disponibilidade na data. Naquele dia, se o tempo no trânsito fosse favorável, visitaria duas rádios. No dia seguinte, tentaria ir em outras duas e assim por diante. Não eram tantas assim, mas achei que, caso conseguisse fechar com pelo menos seis estações, poderia ser considerado um número bem razoável e que garantiria um amplo alcance das informações sobre o evento.
