O que for para ser, será.

Capítulo 5

|Igor|

Acordei cansado por conta do jogo e fiquei enrolando na cama. Peguei meu celular pra ver minhas mensagens e vejo que a Liz não me responde desde sexta-feira, que estranho. Ela sempre fica empolgada e preocupada quando tenho jogo. Enviei mais algumas mensagens na esperança de que ela fosse me responder.

Depois de um tempo, levantei da cama e fui tomar um banho de piscina. Quando deu a hora do almoço, eu subi e fiquei de bobeira em casa. Nada da Liz me responder, acho que vou dar uma passada na casa dela e ver se ela está bem.

Saio de casa, desço o elevador e toco a campainha. A mãe da Liz abre a porta.

- Oi Ângela, como vai?

- Oi meu querido, estou bem! E você?

- Também estou! Eu tava querendo falar com a Liz, pode chamar ela?

- Poxa, Igor. Ela não está. Saiu com um amigo da escola.

- Um amigo da escola? Quem?

- Nossa, esqueci o nome. Mas quase certeza que ela está de beijinho com esse garoto. – ela diz rindo e eu retribuo com um sorriso forçado.

- Ah – digo com uma cara surpresa.

- Quando ela chegar, eu digo que você passou aqui tá?

- Tá bom... Já vou indo então.

Nos despedimos e eu voltei pra casa.

Não entendi. A Liz de beijinho por aí? Ela nunca foi disso. E com quem? E porque não me responde também? Que coisa nada a ver. Aposto que a Ângela tá se precipitando, não tem nada de beijinho não. Vou esperar ela voltar pra casa e me retornar, aí ela me explica que história é essa.

|Liz|

Eu tô me divertindo tanto nesse encontro. O Bê é tão divertido e engraçado, qualquer uma se apegaria. Esse é o problema. Mas não quero pensar nisso agora, deixa pra Liz do futuro resolver isso.

Quando chegamos no shopping fomos direto para o cinema comprar os ingressos. Ele me deixou escolher, o que foi ótimo, e optei por A Bela e a Fera. Mas demoramos pra finalizar a compra porque ele não queria me deixar pagar de jeito nenhum.

- Bernardo, para com isso. Você não tem que me bancar não.

- Você tá estragando meus truques. – mais uma vez ele estampa uma cara de conquistador e eu reviro os olhos. – Eu tô brincando com você. Mas deixa eu pagar, pelo menos hoje.

- Pelo menos hoje? – eu digo com um sorriso de canto.

- Claro uai. Você achou o que? Que só nos veríamos na festa e aqui? – ele diz se aproximando e ajeitando o meu cabelo para trás da orelha. Em seguida me dá um selinho. – Enfim, podemos comprar?

- Tudo bem, mas só dessa vez hein.

- Essa discussão fica pra próxima.

Não sei se foi a escolha certa porque chorei metade do filme e, com certeza, não temos essa intimidade ainda. Mas tudo bem. Claro que a gente ficou, pra minha felicidade. Em seguida, resolvemos lanchar e entramos em um restaurante. Conversamos, rimos e eu descobri coisas maravilhosas sobre ele. Surtei quando ele me mostrou as fotos da irmãzinha pequena dele, é a coisa mais fofa do mundo!!! Dessa vez deixei ele pagar sem discussão. Saímos do restaurante e para fechar o encontro, fomos tomar um sorvete. Pegamos o Uber, ele me deixou em casa.

- Tchau princesa. – eu sorrio por conta do apelido.

- Tchau Bê, me chama depois. – nos despedimos com um selinho.