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Gilbert:

   Estava perto do meio-dia daquela sexta-feira, quando eu estacionei o meu carro próximo a residência da aluna Anne Shirley. Aquele bairro estava lotado de veículos e de longe já poderíamos perceber que a casa dela estava em celebração. Ao entrar no jardim fui recebido por Marilla, a tia da moça, que me conduziu até um grupo de amigos da terceira idade que começou a fazer inúmeras perguntas para mim, que estava distraído procurando por cada m² a ruiva. Eu estava elegante para aquele almoço, assim como todos os convidados que estavam naquela casa.

Marilla:
  - A Anne está quase pronta,sabe como são as garotas sempre demoram uma eternidade para se arrumarem.
( A senhora diz colocando a mão em meu ombro )

Rachel:
  - Espero que ela esteja usando o vestido que eu disse, da última fez causou um escândalo com aqueles jeans rasgados.
( Disse com desdém)

Thomas:
  - Então quer dizer que você é o pretendente de Anne Shirley? ( Ele diz tomando mais uma dose da taça de vinho que estava em suas mãos)

Gilbert:
  - Bem, faz um tempo que nos conhecemos.

Marilla:
  - e não sei o porquê a Anne não te trouxe de imediato para casa.

Gilbert:
  - ela sempre quis ser reservada em relação a nós dois, senhorita Marilla.

Rachel:
  - Encontros as escondidas são típicos dos jovens, você almeja seguir outras carreiras além de um simples Professor de literatura?

Marilla:
  - Rachel..

Gilbert:
  - Pretendo ampliar academicamente, quem sabe cursar letras... Não sei se a Anne já contou para vocês, falo mais de 4 línguas.

Thomas:
  - viu Marilla, Anne Shirley não escolheu um péssimo partido.

Rachel:
  - Se dependesse da Marilla com certeza teria arranjado um militar ou empresário estrangeiro.

Marilla:
  - Por que não entramos? Quero te apresentar para outras pessoas.

    Entramos na residência e lá dentro havia muitas pessoas, de diferentes nacionalidades e idades. Resolvi tomar um vinho oferecido por Thomas, marido da senhorita Rachel, mesmo sabendo que o consumo desse tipo de bebida era melhor durante a noite. Enquanto eu estava encostado em uma espécie de prateleira, a minha aluna desceu as escadas usando um vestido não muito longo, mas também não muito curto. Tive que admitir que Anne Shirley estava muito bonita naquela tarde. Seus cabelos estavam com uma trança de lado acompanhado com uma presilha dourada. Seu rosto não tinha nenhum tipo de maquiagem além do batom de tonalidade clara como sua boca. Ela caminhou até mim e depositou um beijo em minha bochecha, o que me deixou totalmente sem jeito, mas não perdi a minha postura. E eu sabia que aquilo tudo estava fazendo parte da encenação dela, e tenho que admitir que ela é uma boa atriz.

Anne:
  - Fico feliz que tenha vindo. ( Ela diz após afastar os seus lábios da minha bochecha)

Gilbert:
  - não quebro promessas.

Rachel:
  - Então esse é o seu pretendente misterioso, Anne?

Anne:
  - Rachel, sempre aparecendo de surpresa.
  ( Ela diz com tom irônico)

Rachel:
  - Marilla já havia comentado sobre e espero que o casamento não demore, já que você é uma ingrata que não quer cursar uma universidade.

Anne:
  - eu sei cuidar da minha própria vida.

Rachel:
  - ah, é claro que sabe.

   Rachel saiu de perto de nós após seu marido chama-lá para uma conversar com um grupo de amigos.

Anne:
  - viu como minha família é ridícula? Eles só pensam em casamento, estudos, ter uma família. Isso é um saco!

Gilbert:
  - eu diria que essa é a vida adulta. Eles só querem que você tenha uma vida estruturada.

Anne:
  - eu sei construir a minha vida sozinha. Ah, marilla com certeza vai querer que você fale com os meus tios que vieram do México, eles cuidam da política econômica da família Shirley.

Gilbert:
  - eu entrei agora nessa família e já vou saber dos negócios?

Anne:
  - só preciso que você escute e depois fale tudo pra mim...marilla acha que eu não irei arranjar outra pessoa então fará de tudo para arrancar o seu interesse.

Gilbert:
  - Quer dançar?

Anne:
  - você prestou atenção em alguma coisa que eu disse?

Gilbert:
  - blá blá blá política econômica da família Shirley. Vem vamos dançar. ( Digo segurando na mão da ruiva levando a mesma até a sala principal onde muitos casais estavam dançando)

Anne:
  - essa música é mais velha do que a minha tia.

Gilbert:
  - seus familiares adorariam vê-la dançando com um cara igual a mim.

    Dei um leve sorriso e lá estavamos eu e a ruiva, dançando no centro daquela sala atraindo olhares concentrados. A música parecia ser do século passado,era lenta e extremamente calma. Aos poucos Anne estava cada vez mais próxima de mim e suas mãos seguravam firmemente os meus ombros largos enquanto eu não tirava os olhos dos seus lábios e minhas mãos seguravam a cintura da jovem. Quando a música terminou Anne se afastou, mas eu impedi a sua saída segurando a suas mãos e fazendo com que jovem desse um giro. Acabei tirando um sorriso magnífico de Anne e mais uma vez fui surpreendido com um beijo na bochecha. Eu estava gostando desse jogo.

Marilla:
  - o almoço será servido, parem os dois de dançarem e venham comer.

     Segurei a cintura de Anne que estava ao meu lado e fomos até o quintal dos fundos onde o almoço ocorreu tranquilamente. O dia estava ensolarado e a temperatura não estava escaldante. Os cabelos de Anne brilhavam no sol e enquanto estávamos em volta da mesa cercado de diversas pessoas desconhecidas para mim, Anne encostou o seu rosto em meu ombro e seus dedos brincavam com os meus enquanto aqueles idosos contavam piadas extremamente ruins e eu e Anne parecíamos dar ouvidos a eles...

Hot Teacher | concluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora