Arrependimentos

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POV RAFA


Marcho em direção à porta. Necessito de ar. Necessito entender minhas reações, meu sentimentos. Eu nunca pensei em toda minha vida que estaria lidando com uma situação assim. Tento colocar meus pensamentos em ordem e convenço a mim mesma de que está tudo bem. Que foi só uma noite. Que eu consigo me controlar perto da Bia. Afinal, o único motivo pelo qual me rendi às suas carícias foi a falta de qualquer tipo de toque durante 3 meses. Me convenço disso. Convenço-me de que não vai ser difícil esquecer o que se passou. Só preciso voltar ao que sou. Me relacionar com homens. É só a quarentena passar que tudo vai voltar à normalidade.Me convenço mas quando volto ao apartamento e me deparo com Bia me esperando na sala, vacilo. Vejo seu olhar de dúvida, me fitando com seriedade. Percebo que a mirada alegre da noite anterior é substituída por um olhar cheio de dúvidas e tristeza. Meu coração encolhe.


- Vi seu bilhete.


- Bia, espero que tenha compreendido e que possamos evitar qualquer desentendimento e...


Ela me interrompe.


- Não, Rafa. Eu não entendi nem um pouco.


- Bia, isso não é certo. Eu não sou como você. Eu nunca fiz algo assim em toda minha vida. Eu tenho minhas crenças, minhas convicções, eu nunca faria isso se...


- Se o que?


Não falo. Se o que? Se não tivesse há tanto tempo sem sexo? Se não tivesse tão excitada? Foi ela que me fez ficar assim de qualquer forma. Afirmar isso é me contradizer e, por isso, me calo. Ela me fita e noto que já sabe o que eu ia explanar. Não preciso falar.


Bia diz, se aproximando:


- Por favor Rafa, para de se enganar.


Ela anda em minha direção, chega tão perto a ponto de eu ter que recuar até encontrar a parede situada nas minhas costas.


- Você não gostou? - Ela pergunta, a centímetros do meu rosto.


- Não. Não gostei. Eu não gosto de mulher.


Ela sorri. A quem estou tentando enganar? Ela sussurra em meu ouvido:


- Seu corpo me disse outra coisa ontem.


Sua proximidade, seu hálito quente no meu pescoço, seu cheiro, me faz arrepiar. Bia segura minhas duas mãos, entrelaçando meus dedos aos seus e ficando a centímetros do meu rosto. Fico esperando ela me beijar. Quase desejo que ela o fizesse. Mas ela se afasta. Bianca dá um passo pra trás e, lentamente, retira seu vestido, ficando apenas com suas roupas íntimas.


- Bia, para com isso. - Peço quase como uma súplica. O que quer que ela esteja tentando fazer, estava conseguindo.


Meu olhar vai logo em direção ao seu corpo, coberto de tatuagens, passando pelos seus braços, sua barriga e, por fim, seus seios. Ela retira o sutiã. Perdi as contas de quantas vezes estive com mulheres desnudas na minha frente. Mas agora a situação era diferente.


Sinto uma vontade descontrolada de tocá-la, de beijá-la. Apenas a visão de seu corpo estava me excitando. Mas não ia fazê-lo. Na verdade, não precisei fazê-lo. Ela mesma deu conta de achar minha mão e levá-la ao seu corpo. Senti a maciez da sua pele, a rigidez do seu mamilo. Apertei seu seio e recebi um gemido em resposta. O som me excita. Sinto necessidade de ouvir mais e mais esse som. Não consigo mais me controlar e junto nossas bocas em um beijo cheio de ganas e necessidade. A guio em direção ao sofá, sem deixar de sentir sua língua na minha. Ela se senta. Suas pernas se abrem pra me dar passagem e me situo de joelhos no chão, entre suas pernas.


Passo a boca pelo seu rosto, seu pescoço e desço até chegar em seu seio. Chupo seu mamilo e a sinto gemer contra mim, arqueando seu corpo a fim de buscar contato do seu sexo com minha barriga. Me afasto e retiro sua calcinha, que se encontrava completamente encharcada.


- Rafa...


Ela suplica. E o que eu mais desejava no momento era atender às suas súplicas. Queria senti-la, queria tocá-la, queria prová-la. Saber que gosto tinha. Direciono meus beijos para suas pernas. Percorro sua coxa com minha língua, chupando e lambendo a parte interior dela.


Me aproximando da sua virilha, sinto o odor inebriante expelido pelo seu sexo. Como se eu estivesse faminta, minha boca se enche de água e creio que vou morrer se não sentir seu gosto. Encosto meus lábios em seu clitóris e ela geme. O som me encoraja e a experimento com a língua. Bia grita. Segura minha cabeça, impedindo que eu tirasse o contato da minha língua com o seu sexo. Mas isso era a última coisa que eu queria fazer. Todo meu rosto fica inundado, coberto com o líquido expelido por ela. Preciso satisfazer o desejo crescente em mim. Não sou capaz de tocá-la, de prová-la, de escutar seus gemidos sem saciar a excitação refletida pelo líquido que estava escorrendo entre minhas próprias pernas.


Enquanto intensifico o movimento da minha língua, começo a me tocar, ao mesmo tempo que continuo beijando, lambendo e chupando a sua vagina. Seu corpo se movimenta em meu rosto e a ouço gritar meu nome, em um gemido. Aumento o ritmo da minha masturbação e sinto que estou quase lá. Chego ao meu ápice quando as pernas de bia se fecham, ela arqueia seu corpo, se contorce e, finalmente, sinto em minha língua o gosto do líquido jorrado de seu sexo devido ao orgasmo. Minha língua para e finalizo com um beijo em sua virilha. Bia se junta a mim no chão da sala. Me abraça, coloca seu rosto em meu pescoço e diz:- Nem pense em se arrepender disso.

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⏰ Última atualização: Jun 19, 2020 ⏰

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