Graysexual
~°°°~— Vamos mãe por favor?
Junior enquanto sentado na cadeira giratória do escritório de sua mãe, insistia com uma carinha irrecusável, porem Sandra estava com a agenda cheia para aceitar o convite do filho para ver o pôr do sol na praia.
Eles sempre faziam isso juntos e Sandra amava passar esses momentos com o filho, sentia-se feliz por tudo que conquistou na vida, e principalmente ter ganho o privilégio de adotar Junior quando tinha seus 5 anos de idade. Hoje com seus 16 anos só lhe dava orgulho, muito carinhoso o menino era agarrado a mãe, tinha conhecimento de que era adotado e dizia que era um mero detalhe em uma conversa na qual a mãe lhe contou toda a história.— Mãe a senhora lutou por mim, me adotou, me deu e dá amor, me faz sentir verdadeiramente seu filho, podemos até não ter o mesmo sangue, mas temos o mesmo coração pois dele também só passa o amor que sinto pela senhora, e sou grato por ter sido a senhora a me tirar daquele orfanato. Tenho orgulho de ser seu filho.
— Não sabe o quanto fico feliz em ouvir isso de você amor, o medo de me rejeitar entrando na adolescência é grande demais, essa rebeldia de hoje em dia. Jogar na minha cara que não sou sua mãe de verdade, que sairia de casa para ir embora e encontrar seus verdadeiros pais me assusta.
— Você é minha verdadeira mãe, tu não me abandonou frente a porta de um orfanato quase sem vida, isso para mim é injustificável, ela só fez parir-me.
Sandra se emocionou ao recordar-se deste momento, estava tensa e com medo de contar a verdade. Junior era um menino muito inteligente e de boas energias, lutava sempre pela causa do bem. Ficou extremamente feliz por ter sido adotado por ela, e dizia a todos que lhe perguntavam se ele não tinha vontade de conhecer os pais, falava que Sandra era sua família e bastava.
— Mãeeeee eu ainda estou aqui, vamos ou não?
Sandra encarou o filho e depois desviou o olhar para a mesa de seu escritório, era final de ano sua clínica ficava lotada de bichos de 4 patinhas e sempre saia tarde do trabalho. Porem seu filho estava ali na sua frente insistindo para que fossem ver o espetáculo com ela, não poderia recusar.
— Está bem, iremos. Mas você sabe que não posso ir sempre nessa época.
— Aee velhota, eu trago suas coisas e daqui a gente vai.
— Olha o respeito menino, aqui só tem número, to com tudo no lugar.
E não deixava de ser verdade, com seus 38 anos aparentava uma jovem de vinte e poucos anos, sempre cuidava da pele e sempre estava na academia, sua alimentação era regrada, bebia bastante água. Era uma morena alta, cabelos cacheados, olhos castanhos claros, arrancava suspiros por onde passava, principalmente de uma jovem que levava Janete sua cadela na clínica duas vezes no mês com a desculpa que a cachorrinha não estava bem, ou levava apenas para dar banho e tosa, porem a intenção maior era ver a Dra Sandra, nem que fosse por alguns minutos.
— Isso é verdade ta gostosona ainda, não sei porque esta solteira sendo que ta chovendo homem e mulher na horta.
— Já falamos sobre isso filho, é complexo para quem vive disso, ou necessita para manter relações.
— Mãe eu acredito que o amor pode ser maior que os desejos da carne, veja os exemplos de pessoas impossibilitadas e mesmo assim tem alguém do lado amando independente da condição, alguém cuidando sem querer nada em troca apenas o amor que existe na relação.
— Esses casos são diferentes amor, eu sou uma mulher inteira porem incapaz de satisfazer alguém com sexo.
— Mãe suas desculpas já estão ficando passadas.
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Atração Rara - Assexual (Concluída)
RomancePara o amor defini-lo é como perder o sentido das coisas. Existem varias formas para amar, a questão é, não dê rótulos, se você não cabe na caixa, evolua fora dela. Porém jamais se prive.