a provocação e o ato do coito.

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Naquele dia depois da penúltima aula, Harry estava zangado.

A maioria das pessoas amam as sexta-feiras. Para elas, este último dia da semana exprime os poucos passos que as aproxima de dois dias de liberdade. Sexta-feira é sinônimo de festa, pois elas podem dormir até tarde no sábado, ou pode ser sinônimo de cansaço, como quando você chega em casa, abre um refrigerante que estava há dias na geladeira, coloca a lasanha congelada para esquentar no microondas e acaba pegando no sono assistindo alguma reprise de novela.

Mas, para Harry, sexta-feira é apenas o fatídico dia em que ele tem somente uma única aula de história.

Como parte de sua entrada teatral, sempre costumava se atrasar dez minutos para as aulas, mas o garoto nunca ficava muito preocupado na verdade.

Na realidade ele não se importava, então por que iria se preocupar?

Era o último período do dia, e sua mente já havia deixado e prédio e fugido para fora num banheiro parcialmente escuro, onde ele e Louis, completamente nus, ligavam o chuveiro sem se importar de a água estar quente demais, ao mesmo tempo que o homem debaixo dele prensava suas costas no box, com Styles deixando uma lágrima escorrer ao sentir o rosto contorcido em uma espécie de dor prazerosa.

Ainda perdido nos cálidos pensamentos, Harry fechou os olhos e imaginou suas mãos sendo puxadas e sua respiração quase parou quando idealizou a cena do professor de história suspirando profundamente, arfando em seguida. Conforme apertava a base dos quadris de Harry, afundando as unhas curtas naquela pele alva e molhada.

Como sempre, Louis era o protagonista de seus sonhos mais devassos.

Relutantemente, forçou sua mente de volta para o seu corpo e endireitou os ombros para que pudesse fazer uma boa impressão quando entrou na sala de aula, que normalmente era o seu objetivo. Em parte, porque gostava da atenção, mas principalmente porque sabia que se as pessoas fossem intimidadas por si, elas o deixariam em paz.

Os professores o deixavam sozinho, meninas excessivamente amigáveis que queriam ser BFF o deixavam sozinho, mas os caras geralmente estavam ao seu dispor, quando queria um deles.

Jogou os cabelos cacheados para trás quando entrou na sala. Seus olhos estavam maquiados e seu jeans estava tão apertado que sentar era altamente desconfortável, embora Harry tivesse aperfeiçoado a arte de se abaixar sem que ele o aperte... Demais.

Estralou seus chicletes e levantou uma sobrancelha com desdém quando procurou um lugar vazio. Todos os olhos se viraram para o garoto enquanto ele passava pelo corredor central, e parava no banco bem na frente, exatamente no centro. Droga. Atrasar tinha o seu lado negativo.

Levou seu tempo tirando a jaqueta da Gucci e largou sua mochila no chão. Não tinha sequer olhado na direção do professor, cuja a voz se silenciou para observar sua chegada.

Algumas pessoas riram de sua exposição indiferente, e Harry atirou um sorriso venenoso na direção geral do riso. Ele parou.

Finalmente, deslizou para o seu lugar e levantou os olhos para a frente da sala de aula, suspirando profundamente alto.

— Continue. — Falou, mexendo no seu cabelo.

O típico "Sr. Tomlinson", estava escrito na lousa em letras maiúsculas. Seus olhos se encontraram com o dele. Louis estava olhando para si com a testa franzida e um ligeiro sorriso.

O cabelo castanho precisando de um corte enrolava-se levemente acima das orelhas e caía sobre a testa. Parecia que tinha tentado domá-lo deixando-o respeitável, mas o grande amontoado de cabelo no alto da cabeça, obviamente, tinha se rebelado em algum momento durante o seu dia no colégio.

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