Epílogo

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Quatro anos se passaram e Rose mal podia acreditar em quão felizes eles eram.

Ela se sentia grata todas as vezes em que Anne, sua primogênita, a olhava com aqueles olhos verdes, como os de Noah. Mas ela teria os cabelos dourados como os dela e da irmã.

Pensar na irmã fazia seu coração apertar, mas se ela estava feliz, então Rose também estava. E ter aquele serzinho lindo na sua frente, que lembrava tanto a tia, era consolador.

Era aniversário de Samantha, estavam no jardim, fazendo churrasco e aproveitando o verão. O grupo inteiro se encontrava ali, e eles não se desgrudavam.

Até seus pais haviam se rendido às modernidades. A fumaça do churrasco estava enjoando Rose, então ela foi andar na grama com a filha, que já arriscava os primeiros passos sozinhas.

Se cansou logo e foi sentar-se com Sam. A amiga observava a festa com um sorriso nos lábios. Ela adorava misturar um pouco do futuro com a vida que levavam ali, no século XIX. E ver como o grupo de amigos se divertiam acalentava seu coração.

Samantha pegou Anne no colo e ela logo mexeu no medalhão que ela levava no pescoço. "Ai ai ai Anne.. Não seja como sua tia, hein!" Rose disse sorrindo, acariciando a barriga que começava a aparecer.

"Já escolheu um nome Rose?" Sam a perguntou e ela disse que ainda estava cedo, mas que Noah gostaria que tivesse Christopher como segundo nome, se for menino.

"Oh, que gesto lindo!" Ela respondeu emocionada.

Cecília se juntou a elas, com sua bebê Beatrice no colo e Elizabeth se juntou a elas, pegando a netinha no colo e a abraçando.

Rose adorava ver como os pais se divertiam com a neta e pensou que a irmã tinha razão. Os netos realmente preencheram o vazio que ela deixou.

Noah conversava com os homens do grupo, próximo à churrasqueira. Observando as mulheres sentadas conversando, agradeceu mentalmente a Deus por tanta felicidade.

A gravidez de Rose foi tranquila e ele curtiu cada minuto com a esposa. Aliás, ele adorava a chamar de esposa. Afirmar que ela era só dele, o fazia sentir-se poderoso.

"São minhas preciosidades" ele pensou respirando fundo. E agora seria pai novamente. A felicidade não cabia em seu peito.

Seu irmão Peter passou correndo por ele e Noah o pegou no colo fazendo ele dar gritinhos. Então começou fazer cócegas em sua barriga e ele se contorceu rindo. Adorava o irmão, era tão parecido com ele, que quando estavam juntos as vezes pensavam ser seu filho.

De volta ao seu lar, que tanto amava, sorria pensando no dia agradável que teve com os amigos.

Ficou na cama com Rose, até ela dormir, coisa que aconteceu rapidamente. Ela andava sonolenta por causa da gravidez. Deu um beijo na testa da esposa e foi até o quarto da filha Anne e avistou aquele anjinho tendo sonhos felizes, já que sorria enquanto dormia.

Fez carinho em seus cabelos e suspirou emocionado. "Nunca eu poderia imaginar sentir um amor tão grande como sinto por você minha filha.. Por nossa família" murmurou.

"Graças ao medalhão, que trouxe Samantha, eu pude conhecer a felicidade com Rose" pensou satisfeito.

Suspirou, fechou a porta em silêncio para não acordar a filha e voltou para seu quarto.

Antes de dormir pensou na lista de requisitos que havia feito anos atrás "Eu não poderia estar mais enganado" sorriu e pensou que se ele, o pior libertino que existia, conseguiu mudar, então o amor faria muitos iguais a ele conhecerem a felicidade também.

Suspirou, abraçou a esposa e dormiu sorrindo como a filha fazia.




Fim.

London London - Volume II        A história de um libertino Onde histórias criam vida. Descubra agora