Capítulo 9

165 8 1
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O relógio marca três e quarenta da tarde

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O relógio marca três e quarenta da tarde. Anthony e eu estamos sentados na nossa mesa externa favorita do "Pitchoun!", daqui podemos ver o movimento das ruas. As pessoas são apressadas, mas não todas, algumas andam calmamente com seus cães, em casal, com seus... Filhos!

Sinto um vento bater, e arrepiar todo meu corpo, essa palavra ainda me assombra. Mas, por quê?

— "Maninha, você não concorda?" - A voz de Anthony atinge meus ouvidos, e eu saio do meu transe. Estava em outra dimensão.

— "Desculpe, eu não ouvi!" - eu digo olhando e sorrindo para seu benefício. Ele rola os olhos.

— "Eu estava te perguntando algo. Você acha que Liam devia conversar mais com outras crianças...?" - ele diz em exaustão, dando um ar abrangente, como se esperasse que minha mente completasse o restante da frase.

— "Não apenas crianças pelo seu ponto de vista. Fale logo!" - eu digo irritada. Ele vai começar com essa merda novamente.

— "Adultos, pessoas em geral, de confiança. Eu encontro uma pessoa, você outra, ele pode conhecer a família deles, conviver em um âmbito mais soci.." - ele diz hesitando. Eu suspiro, e ele não termina sua fala.

— "Você faz o que quiser, Anthony, entretanto, não deixarei que coloque a segurança de Liam, a sua, e a nossa em perigo. Eu não quero alguém, não preciso, e nunca vou precisar. Não use Liam de desculpa, Liam não sente falta de ninguém, porque fazemos o possível para que ele não sinta. Você pode encontrar alguém, não precisa ser para sempre babá da sua irmã, se é isso que te atormenta!" - eu solto de uma vez, em total exaustão e irritação pelo assunto. Ele arregala os olhos, suspirando, eu machuquei ele. Antes que eu possa arrumar minha merda, Bruno logo está se aproximando de nossa mesa. Eu suspiro profundamente.

— "O-Oi..." - ele diz baixinho.

Seu cabelo continua o mesmo, sua estatura alta inconfundível, seus ombros parecem mais largos, ele está magro. Um magro que indica sofrimento, não algo que ele quis, mas consequência de uma situação... Ele usa uma camiseta com escrita "I wish I didn't worry"⁴, uma calça jeans incrivelmente solta, dada ao seu emagrecimento, eu suponho. Em suas mãos ele segura uma enorme mochila... De treino? Além de usar uma jaqueta de couro sintético, na cor marrom. Suas mãos tremem, seus olhos não param muito tempo nos meus, ele mexe suas pernas insistentemente, e seu corpo parece exalar uma temperatura fria.

— "Olá, Bru!" - eu digo para aliviar minha análise há alguns segundos. Uma porcentagem de sua tensão parece esvair de seus músculos.

— "Como está, cara?" - Anthony fala educadamente, e ele sorri, um sorriso falso, não chega aos seus olhos.

— "Bem... Podemos conversar?" - ele diz torcendo ambas as mãos, deixa a bolsa em uma cadeira ao seu lado direito, e senta em outra.

— "É, claro, mas tome uma água antes, você parece nervoso!" - eu digo e ele concorda. Peço ao garçom para trazer uma água sem gás, e logo ela está na mesa, junto de um copo que chega a brilhar de tão limpo. Bruno toma a água, suspirando em seguida.

— "Vou fazer um pedido... Escutem-me antes, e depois eu posso explicar qualquer dúvida, certo?" - ele pergunta arrumando sua postura.

Concordamos com a cabeça, ele suspira mais uma vez. Que caralho!

— "É sobre a Mirela, os últimos meses, trouxeram coisas que não podem ser mostradas em público. Vamos conversar aqui, e depois ir em um lugar reservado para que vocês possam ver com os próprios olhos. Eu preciso de sigilo, isso é sério!" - ele diz assumindo uma postura completamente séria, um olhar frio, como se isso destruísse cada célula de seu corpo. Não falamos nada e ele continua sua fala.

— "Eu sei sobre Esther, perigos, uma pequena informação da morte de seus pais, e sobre um clube..." - Bruno diz iniciando sua fala sombria.

Depois de cinquenta minutos, ele finaliza, e as coisas que escuto são perturbadoras.

Merda, vou ter problemas!

Antes de seguirmos para um lugar reservado, disco o número de Dante.

— "Senhora?" - ele diz assim que atende o celular.

— "Me encontre amanhã, às seis da manhã, preciso da sua ajuda, temos problemas!" - eu digo em um fôlego.

— "Devo comunicar a equipe e reforçar os anéis de segurança, Senhora?" - ele pergunta e ouço teclas.

— "Certamente, faça isso." - eu digo em um sopro.

— "Farei, senhora. Algo a mais?" - ele pergunta, já ouvindo sua movimentação.

— "Sim, Dante. Quero que você, junto de Welch, investigue um lugar, consiga o máximo de informações possíveis, cada centímetro, tudo..." - eu digo me lembrando dessa informação.

— "Qual o nome, senhora?" - ele diz se preparando para anotar.

— "'Ladies Queen'... Esse é o nome!"

— "Certo, Senhora, vamos tentar reunir o máximo até amanhã. Preciso ir, Senhora, a equipe já está na outra linha!" - ele diz rapidamente.

— "Obrigada, Dante!" - eu finalizo e desligo a chamada, não depois de ouvir "É um prazer, senhora!".

Não consigo ficar distante dos problemas, ou os problemas não conseguem ficar distantes de mim?


Não consigo ficar distante dos problemas, ou os problemas não conseguem ficar distantes de mim?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



• Yey, agora vai começar, tuts tuts!
Alguém já ouviu esse nome em algum capítulo? 🙊

¹ = traduzindo para o português: "Eu gostaria de não me preocupar!"

SAVE US - Segunda Temporada de "Save You"Onde histórias criam vida. Descubra agora